sábado, 29 de junho de 2013

Gangster Love - Capítulo 33 - Better than i know myself


Leia esse capítulo no anime (aqui)
Leia Behind The Lights (aqui)
Leia a NOVA fanfic Revenge Game (aqui)

Eu sentia como se minha cabeça fosse explodir, demorei alguns segundos para conseguir me sentar e muito mais que isso para me dar conta de que eu não estava na minha casa, no meu quarto e muito menos na minha cama.
Justin dormia profundamente vestido apenas com uma boxer.
Eu queria dar um chute naquele idiota mas me contive apenas em me levantar, eu estava sem a minha calça e não me lembrava de porra nenhuma. Que raios aconteceu?
Estava meio tonta, minha cabeça realmente parecia querer saltar.
Só repetia pra mim mesma que não tinha acontecido nada entre eu e aquele babaca, não, isso estava fora de cogitação.
Sai cambaleando sem ao menos me vestir, não me importava com quem estivesse ali, eu preciso de um bom copo de água.
- EDUARDA! – gritei histérica ao me deparar com ela na cozinha, ela estava bem pior que eu, só de calcinha e sutiã.
- Porra Jessie! – ela tinha cuspido todo o seu leite.
- Que diabos você tá fazendo aqui?
- Ela está comigo! – indagou Lil aparecendo do nada e a abraçando pela cintura – E você já deve saber o que estamos fazendo.
Punheteiro do caralho, até a minha amiga, era só o que faltava.
- Por que você não me disse?
- Eu estou tentando falar com você desde a aula de educação física de ontem, mas você nunca atende o celular.
- Não queria falar com ninguém, por isso desliguei a merda.
- Então não reclama! – ela riu e selou os lábios do punheteiro.
- Vou vomitar! – murmurei torcendo o nariz e dando as costas para aquela cena nojenta da qual eu não queria me lembrar jamais.
Abri o banheiro e mais um grito estridente ecoou pelo apartamento.
- CARALHO VICTORIA, ATÉ VOCÊ?
Meus olhos não conseguiam acreditar no que viam, ela estava enrolada na toalha e só depois que ela saiu pude ver que Ryan estava bem atrás dela.
- Calma né linda! – ela riu espremendo a água de seu cabelo – Foi só um banho inofensivo.
- Economizar água, sabe como é. – Ryan usava o seu tom malicioso de sempre enquanto a seguia para o quarto sem ao menos me dar uma explicação.
Recuperei o fôlego e olhei para o relógio na parede, faltava apenas vinte minutos para a aula começar e eu precisava andar logo por que não podia faltar de jeito nenhum.
Tentei ignorar tudo que estava acontecendo e voltei para o quarto.
Justin não estava mais lá mas eu podia ouvir o barulho da ducha ligada.
Vesti a calça e tentei dar um jeito no meu cabelo, tava uma merda.
Ainda bem que meus materiais tinham ficado na escola.
- Saindo sem mim? – sua voz rouca e sexy me interrompeu quando eu estava prestes a abrir a porta, ele sempre faz isso.
- O que você acha?
- Que deveria me esperar pra irmos juntos até por que eu sou o seu professor e a primeira aula é comigo, de novo.
- É mesmo? – sorri cínica.
O idiota deixou a toalha cair no chão como se ele estivesse sozinho ali, foi impossível não olhar para... vocês sabem. Meus olhos pareciam dois blocos de neve de tão chocada que eu estava.
Ele apenas riu e foi procurar por uma cueca enquanto eu permanecia estática.
- Nada que você nunca tenha visto, tocado ou...
- Cala a boca! – grunhi incrédula.
Ele riu.
- Não vai demorar muito.
Cruzei os braços me virando pro outro lado e ele não provocou mais, porém demorou séculos para se vestir, arrumar o cabelo e passar perfume. Confesso, vez ou outra dei uma espiadinha, mas foi sem querer, juro.
- Eu não disse.
- Que ia demorar um ano? – falei sarcástica – Sim, você disse.
Graças a Deus não tinha ninguém na sala, fomos direto pro elevador e não trocamos nenhuma palavra durante todo o caminho. No estacionamento vi o porteiro me olhar e em seguida rir lançando olhares sarcásticos para o Justin.
Não entendi porra nenhuma mas não me importei, simplesmente abri a porta da Range Rover e me joguei no assento de passageiro.
- Qual é a daquele cara? – perguntei depois que saímos do prédio.
Justin riu.
- Digamos que ele tenha visto o seu estado ontem a noite.
- Nossa, e você consegue se lembrar?
Ele riu, de novo.
- Quem você acha que veio dirigindo?
- Você também bebeu. – retruquei.
- Duas cervejas?
- Mas...
- Eu salvei vocês dois.
- Não, você não...
- Sim e agora cala a boca por que eu tenho razão.
- Você nem devia ter ido, é um intrometido.
- É, mas se não fosse o intrometido aqui você teria sido abusada ontem a noite, por que você é muito burra e resolve sair logo com o babaca do Chaz que não consegue ficar de pé depois da terceira dose!
- Ele é melhor que você! – minha voz saiu ríspida como granizo.
- Pode ser – ao contrário de mim ele se mantinha calmo – Mas eu continuo sendo o cara que trouxe você pra casa e te colocou pra dormir.
Eu não falei mais nada. 
O que eu poderia dizer? Ele tinha toda a razão. Eu estava errada dessa vez.
Como nunca pensei que estaria.
- Obrigada então. – murmurei baixinho.
- Como é que é? – seus olhos se mantinham presos na estrada.
- Eu disse obrigada! – repeti um pouco mais alto.
- Por eu ter te salvado de um monte de caras ontem e também por eu não ter bebido só pra ficar sóbrio e trazer dois irresponsáveis pra casa? Por isso? Ah, tudo bem, de nada.
Idiota.
Filho da puta.
Imbecil.
Vagabundo.
- Se lembra quando eu disse que te odiava? – questionei revirando os olhos – Eu não estava mentindo.
- É mesmo? – ele riu – E quando você disse que me amava, quando você chorou e implorou pelo meu amor, também era mentira?
- Eu...
- Você não tem argumentos, não importa o quanto eu seja a pior pessoa do mundo, não importa o que eu te faça, você sempre vai me amar, por que isso está dentro de você.
Frio como gelo
E mais amargo do que uma noite fria de dezembro
É assim que eu te tratei
E eu sei que eu
Eu às vezes tendo a perder o meu temperamento
E eu passo dos limites
Sim essa é a verdade
Suas palavras pareciam cortar cada órgão do meu corpo.
- Parece que sim. – admiti rindo sem humor.
- Eu sei Jessica!
Eu sei que fica difícil às vezes
Mas eu nunca poderia
Sair do seu lado
Não importa o que eu digo
Justin parou o carro do nada no acostamento, ele foi tão rápido que o meu corpo foi jogado para frente e voltado para trás quando ele freou.
- Que porra você está fazendo garoto?
- Isso... – ele arrancou o cinto de mim as pressas e me puxou para o seu assento, suas mãos foram ágeis em impulsionar meu corpo contra o seu, nossos lábios logo se encontraram, no começo eu queria impedir, eu queria tirar seus braços do meu corpo, mas eu não conseguia, de repente eu me vi afundando meus dedos em seu cabelo dourado, ajudando-o a diminuir ao máximo a distância entre nossos corpos.
Porque se eu quisesse ir, eu já teria ido,
Mas eu realmente preciso de você perto de mim
Para manter minha mente longe do limite
Se eu quisesse deixar eu já teria deixado
Mas você é a única que me conhece
Melhor do que eu me conheço.
Nossas línguas não dançavam em sintonia. Pelo contrário, elas pareciam completamente perdidas, sem saber onde realmente agir. Era uma explosão de desejo e paixão, o mais perto que eu cheguei do paraíso.
Por que Justin estava certo, não interessa o quão crápula e babaca ele seja, eu sempre vou ama-lo, por que antes de conhecer a parte ruim dele, eu conheci a boa, e eu me apaixonei por ela.
Ele tinha arrancado minha blusa e agora sua boca roçava entre os meus dois seios que ele apertava com as mãos, mas ele não conseguiu isso por muito tempo, meus gemidos o deixaram louco e ele rapidamente arrancou aquela peça e jogou em qualquer lugar do carro.
Todo tempo
Eu tentei fingir que não importava
Se eu estava sozinho
No fundo eu sei
Que se você se fosse
Até mesmo por um dia eu não saberia para onde ir
Porque eu estou perdido sem você.

Ele mamou um dos seios com vontade, como se nada pudesse ser melhor do que aquilo, sua boca era ágil e eu me sentia nas nuvens. É inacreditável como seu toque é capaz de me deixar tão louca, tão alucinada.
- Justin... – gemi mordendo o lábio inferior enquanto sua língua contornava o bico rígido de um dos meus seios, oh céus, ele é muito bom nisso.
- Eu quero você! – ele sussurrou no meu ouvido passando a dar beijinhos arrepiantes no meu pescoço, aquilo era um sonho, só podia ser um sonho.
Eu sei que fica difícil às vezes
Mas eu nunca poderia
Sair do seu lado
Não importa o que eu digo

Ele me empurrou de volta pro banco de passageiro e abriu o botão da minha calça, começou a puxa-la com rapidez e depois que conseguiu fez o mesmo com a sua, minhas pernas foram entrelaçadas em sua cintura e ele nem esperou nada, já meteu com tudo.
Até por que seu membro já estava duro e ereto a muito tempo.
Naquele momento percebi o quanto tinha sentido saudades de sentir ele dentro de mim, é de longe a melhor sensação do universo, é como se ele deixasse de ser aquele idiota e se transformasse no meu homem.
Aquele que consegue me satisfazer muito mais do que qualquer outro cara.
É como se ele soubesse exatamente onde tocar, como e quando.
Nossos corpos tinham sido feitos para se moverem juntos, como uma música sem ritmo, que ainda assim você não consegue parar de ouvir.
Suas mãos estavam presas na minha cintura para facilitar as intocadas, ele investia mais rápido agora, era impossível conter os gemidos, esgueirava minha cabeça para trás, mordia os lábios, tampava a boca, mas nada impedia com que eu liberasse os gemidos, a prova viva do quanto eu era submissa a ele. Justin Bieber.
- Não dá m... – ele foi mais fundo me fazendo dar um grito estridente, pude ouvir sua risada satisfatória, eu já tinha perdido o fôlego que me restava. Justin sabia muito bem disso pois era cada vez mais cruel, jamais pensei que isso seria possível.
Você está cada vez melhor! – ele riu e finalmente saiu de dentro de mim, sua voz estava entrecortada e o suor era evidente em sua testa assim como na minha, porra ele é o homem mais gostoso do mundo.
- Porra... – eu não tinha palavras para expressar o que tinha acabado de acontecer.
Justin se vestiu novamente, eu demorei algum tempo pra fazer isso mas fiz.
E ele então voltou pra estrada.
O que aquilo significava? Caralho, eu só conseguia pensar no quanto tinha sido bom.
Você é minha Jessica Baker. – sussurrou ele selando nossos lábios e me pegando totalmente de surpresa, de novo.
- Eu sou? – minha voz ainda parecia um fiapo.
- Sempre será.
Ao virar a esquina avistamos a escola.
Ele parou na vaga reservada para os professores e nós dois descemos.
Eu estava confusa.
E ao mesmo tempo sentia borboletas no meu estômago, aquela sensação de friozinho na barriga, aquela felicidade brincando dentro de você.
- Eu vou dar aula pra você. – disse ele, meio tímido eu diria.
- Eu sei. – eu não estava muito diferente.
- Então a gente pode ir junto, né?
- É, acho que sim.
- Tá, então vamos.
- Será que todo mundo vai ficar olhando assim pra mim? – questionei intrigada quando me dei conta de que todos os alunos mantinham os olhos fixos em nós dois.
- Eles estão com inveja por que eu escolhi você.
Meu mundo parou naquele exato momento.
Por que diabos tudo muda assim do nada? Isso não está certo.
Ele é um babaca, lembra?
E além do mais ele não gosta de você, ele só quer ter comer porra.
- Dá pra parar de sorrir assim?
Ele riu das minhas palavras desconcertantes e começamos a andar em direção ao corredor que nos levaria até a sala dele.
E por dentro eu queria entender que porra estava acontecendo. Será que ele estava zoando com a minha cara? O que tudo aquilo significava? Por que ele não parava de sorrir como um bobo? Por que ele é tão gostoso? Por que?
- Meu rubi precioso ainda bem que eu te achei! – Bob nos interrompeu no meio do caminho pulando em cima de mim – Ah, oi homofóbico.
Justin riu e revirou os olhos parando junto comigo.
- O que foi Bob?
- Eu preciso falar com você, é urgente.
- Tá, pode falar.
Ele alternou o olhar entre Justin e eu.
- Em particular sabe.
- Justin será que...
- Já sei! – ele deu um rápido beijo na minha bochecha – Vê se não demora.
Uau, o que o sexo não faz com as pessoas não é mesmo?
- Anda, diz logo, o que aconteceu? – só consegui dizer isso depois de Justin desaparecer completamente no meio dos alunos.
- O Chris, ele quer falar a com a diretora, você sabe o que aconteceu? Eu nunca vi ele daquele jeito, ele nunca me tratou mal, e ele resmungou alguma coisa sobre você, eu não...
- Merda! – grunhi – Você sabe onde ele está?
- Na sala de espera, a bruxa ainda não chegou mas baby...
- Vem comigo Bob! – puxei ele pelo braço, a diretoria não ficava muito longe dali – Ele não pode falar com ela.
- Ai amiga o que tá acontecendo? Ai sua pele tá tão estranha, tá precisando daquele creme escândalo que saiu na nova edição da...
- Bob agora não! – o repreendi andando um pouco mais depressa, ele fez uma careta mas não reclamou.
Christian estava sentado impaciente batendo os pés no chão.
- Idiota! – gritei chamando sua atenção.
- O que você quer? – ele estava irritado com a minha presença.
- Nós precisamos conversar.
- Não, nós não precisamos.
- Levanta a porra do seu traseiro daí e vem comigo! – nunca pensei que pudesse parecer tão séria como naquele momento.
Bob estava confuso e acabou ficando no meio do caminho ao se deparar com uma típica patricinha e com a sua bolsa, é a única da nova coleção da porra que eu não faço ideia de qual seja o nome.
- Onde você tá indo? – Chris estava definitivamente sendo puxado por mim.
- Vestiário, entra ai! – empurrei ele sem pensar duas vezes.
- Jessica sexo não vai me fazer mudar de ideia! – disse ele, ajeitando sua camisa impecável.
- Vai se foder! – resmunguei irritada – Não te trouxe aqui pra transar idiota, eu só quero conversar.
- Eu já disse que...
- Cala a boca, você não tem que dizer merda nenhuma. Isso não tem nada a ver com você, só tem a ver com ele eu.
- A partir do momento que você sabe quem matou o nosso professor então já tem a ver comigo sim.
- Você não sabe se ele fez isso! – retruquei – E além do mais eu confiei em você caramba, por que vai fazer isso comigo?
- Jessie ele precisa pagar pelo que fez.
- Por favor Chris, qualquer coisa menos isso.
- Jessie a diretora precisa saber, ele precisa ser preso, ele matou o Sr. Robbinson, ele nunca fez nada de mal pra ninguém, ele é um inocente, não é justo isso sair impune.
- Eu estou te implorando...
- Eu não posso. – ele abaixou a cabeça angustiado.
- Você é uma das pessoas mais importantes pra mim, eu não quero ter que odiar você Chris, não quero mesmo.
Ele suspirou e pegou minha mão.
- Tá legal. – ele se levantou – Vamos pra aula, nós precisamos ficar juntos, precisamos mostrar pra ele que não estamos nem ai e que não temos medo.
- É-é... – gaguejei sem graça, sem ter coragem de tirar minha mão da dele.
Nós saímos do vestiário de mãos dadas e em menos de um minuto todos já estavam comentando sobre isso, e até mesmo enviando mensagens em seus celulares, é sempre assim, todo mundo um bando de fofoqueiros.
Quando chegamos na sala de aula Justin parecia não acreditar no que estava vendo. Ele parecia incrédulo.
O brilho que antes havia em seus olhos tinha desaparecido.
Eu fico meio 'escuro'
Deixo isso chegar longe demais
Eu posso ser desagradável, às vezes
Mas tente ver o meu coração
Porque eu preciso de você agora
Então, não me decepcione
Você é a única coisa neste mundo
Que eu morreria sem
- Desculpa o atraso! – murmurou Chris que ainda tinha no nariz vestígios do soco que tinha levado ontem – Vida de namorados é assim mesmo.
Ele tinha acabado de insinuar que rolou uma rapidinha e eu não sabia onde esconder a minha cara.
- Sem problemas. – sua voz parecia um fiapo, era como se todos os seus ossos tivessem se quebrado enquanto ele pronunciava essas palavras.
A aula foi teórica e ele ficou falando sobre vários tipo de esportes. Tentava evitar cruzar os nossos olhares e quando isso acontecia era como se ele me fuzilasse, como se ele quisesse dar um tiro na minha cabeça mas não conseguisse.
Por algum motivo desconhecido.
Eu me sentia o pior ser humano da face da terra.
E ele devia estar pensando que eu tinha feito tudo isso pra me vingar.
Mas se eu dissesse a verdade o Chris poderia contar tudo e o Justin estaria ferrado, eu não queria que ele fosse preso.
Não, ele não podia e nem ia ser preso.
O sinal tocou e todos começaram a sair da sala.
- Nossas aulas são diferentes agora, nos vemos no intervalo?
- Claro linda! – Chris sorriu e veio pra me dar um selinho mas eu me virei e isso resultou em um beijo estalado na minha bochecha.
- Desculpa, não sei se quero fazer isso agora.
- Você tem todo o tempo do mundo. – ele sorriu e saiu.
Me levantei para falar com Justin que terminava de apagar o quadro, só restava nós dois ali.
- Justin... – chamei meio receosa.
Ele se virou de frente pra mim com uma expressão séria.
- Você pode fazer o favor de nunca mais falar comigo?
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 Sim, eu não ia postar hoje por que tava na casa da minha tia e o arquivo tava no pc de casa mas eu fiz só por que sou muito legal haha em fim, amo vocês <33 Qualquer coisa 
http://ask.fm/JBieberHorny <333
Leiam o blog perfeito da Alice (aqui) RECOMENDO, MUITO.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Gangster Love - Capítulo 32 - Did you know i like you?

E eles sabem o quanto sentem falta, mas entre eles, existe o orgulho.

Leia esse capítulo no anime (aqui)
LEIA A NOVA FANFIC REVENGE GAME (aqui)
Leia Behind The Lights (aqui)

Chaz estava estático, havia um misto de confusão e susto no seu rosto, ele mal correspondeu o beijo de tão em choque que ele se encontrava.
Que merda essa garota está fazendo? Ele devia estar pensando.
Nem eu mesmo sabia por que tinha feito aquilo, foi por impulso, um ato impensado do qual eu não conseguia me arrepender de jeito nenhum.
- Que porra foi essa? – ele conseguiu se desviar de mim procurando por espaço ou mais especificamente por fôlego – Uau Jessica!
Ao me virar de frente pra ele notei que Justin não estava mais ali, ele tinha desaparecido e eu nem vi quando.
- Eu não sei o que deu em mim. – murmurei balançando a cabeça – Me desculpa Chaz.
- Por me beijar? – ele riu agora mais lívido – Eu sou homem, é bem legal quando garotas lindas como você me beijam inesperadamente.
- Você acabou de escovar os dentes, eu sou apaixonada por homens de hálito fresco, você não faz ideia! – assim como eu não fazia ideia de que porra eu estava falando.
- Eu sei por que você fez isso. – disse ele rindo e abrindo seu closet de onde tirou uma harem pants que começou a vestir – Só pro Justin ficar com ciúmes.
- Nada a ver! – falei depressa – Eu não tô nem ai pra ele.
- É, e eu sou virgem.
- Não acho que você seja virgem. – me sentei na cama começando a me sentir entediada, eu vim procurar o Chaz por que precisava da ajuda dele e não pra ficar o ouvindo falar do Justin – Até por que ouvi dizer que ontem rolou a orgia do século nesse apartamento.
Ele riu alto enquanto abotoava a calça.
- Bem na onde você tá sentada.
- Fala sério! – fiz uma careta de quem estava prestes a vomitar e me levantei batendo as mãos pelo corpo como se estivesse me limpando – Vocês são um bando de nojentos!
- É brincadeira sua bobona! – agora ele procurava uma camisa – Nós nunca trazemos nenhuma garota pra cama, só que as que nós gostamos.
- E vocês costumam gostar de alguém?
- Ás vezes sim, ás vezes não! – ele me encarou de repente, após escolher uma camisa branca da Calvin Klein – Acho que é só uma vez na vida.
Desviei os olhos me sentindo incomodada.
- Hum, sei.
- É sério! – disse convicto – O Justin, por exemplo, ele está todo apaixonado, por isso está tão idiota.
- Ele é idiota desde que eu o conheço. – ele riu.
- Mas agora é diferente, ele gosta de você.
- Não, ele não gosta.
- Sim, ele gosta. – insistiu.
- Chaz você sabe o que o Justin fez comigo não sabe? Ele me deixou esperando e foi lá foder com aquela vagabunda, depois eu resolvi seguir a minha vida e ele fez questão de ir estragar o nosso jantar, agora sabe qual é a última? – ele me olhava fixo aguardando pelas minhas palavras – Ele matou o meu professor de educação física só pra se infiltrar na minha escola e acabar com a minha vida de vez.
- O que? – sua voz soou quase risonha de tão inacreditável que era o que eu havia acabado de lhe contar – Ele não faria isso.
Ele fez isso. – corrigi – E ele me disse olhando nos meus olhos.
- Jessica, ele nunca...
- Nunca faria isso? O Justin? – gargalhei – Não seja hipócrita! Ele é só um otário que sai matando pessoas só por que eu dei um fora nele.
- Caramba quantas vezes vou ter que dizer que ele gosta de você garota?
- E quantas vezes eu vou ter que dizer que ele não gosta porra nenhuma garoto? – eu parecia uma criancinha querendo ganhar uma briga – Você não tem vergonha de chamá-lo de amigo? Olha só o que ele está fazendo comigo.
- Desculpa, mas eu nunca vou deixar de se referir ao Justin como amigo, nós crescemos juntos, eu sei quem ele é e se ele fez isso é por que ele é birrento, você não pode esquecer que está lidando com um Gangster, e me beijar não vai deixar tudo mais fácil, agora sim você o irritou.
- Achei que você era meu amigo!
- E eu sou, mas eu também sou amigo dele.
- Mas ele está errado! – retruquei indignada.
- Ele teve motivos.
- Que motivos? – cruzei os braços incrédula.
- Cara, ele acha que nós transamos.
- E nós fizemos isso?
- É claro que não! – ele quase gritou.
- Então porra, cadê os motivos?
- Ah Jessie, você é muito complicada...
- Os homens são todos iguais mesmo! – fechei a cara lhe lançando um olhar de repreensão.
- Homens são capazes de fazer loucuras quando estão putos da vida.
- Chaz você pode tentar me convencer de qualquer coisa, mas eu nunca vou acreditar que o Justin já sentiu ou sente algo por mim! – franzi a sobrancelha dando alguns passos pelo quarto – Ah, espera, ele sente sim... tesão! Nada mais do que isso.
- Isso até eu sinto! – ele falou sem pensar – Mas eu não mataria alguém simplesmente por sentir excitação, se não quer acreditar beleza, você tem os seus direitos, porém não diga que eu não avisei.
- Tá, tá! – bufei.
- Agora diz ai, o que você queria comigo? Era só isso mesmo?
- Precisava de um amigo, é que aconteceram algumas coisas, mas deixa.
- Cala a boca marrentinha! – ele se aproximou segurando meus dois braços e me guiando até a cama onde nós dois nos sentamos – O que aconteceu?
- Eu descobri quem é o pai da Julie.
- Sério? E quem é?
- Meu irmão.
Ele ia dizer algo, mas parou assim que se deu conta do que eu havia dito.
- Como é que é? Seu irmão? – ele fechou os olhos pressionando suas pálpebras com força, ainda tentando assimilar aquilo.
- O viciado em sexo. – respondi – Eu só me dei conta hoje de manhã quando fui levá-la ao médico, olha eu juro que nunca poderia imaginar isso.
- Porra Jessica! – ele mal conseguia acreditar.
- Eu sei! – abri um pequeno sorriso – Só tem uma coisa capaz de me colocar pra cima nesse momento.
- Isso faria você dar outro sorriso? – ele pegou minha mão, daquele mesmo jeito carinhoso daquela noite em que ele cuidou de mim.
- Com certeza! – me virei de costas e encostei minha cabeça em seu peitoral, de alguma forma eu sempre me sentia protegida em seus braços.
- Então me diz que eu vou até o fim do mundo buscar pra você.
- Deve estar ai em algum lugar.
- Aqui? – ele me fitou surpreso.
- E depois podemos sair pra dançar.
- Não podemos dar bobeira, a maioria das boates daqui são do Trevor e nós mudamos de lado, se eu for em alguma boate dele corro risco de vida.
- Eu conheço umas boates muito boas em Manhattan.
- Já é! – ele concordou, me apertando contra seu corpo, mas não havia malícia, apesar de eu saber que ele morre de vontade de me pegar, ainda assim ele consegue agir normalmente, isso tudo por causa daquele idiota do Justin, como alguém pode ser tão fiel a um canalha? – Mas agora me diz uma coisa, o que você quer que tenha aqui em casa?
- Vai mesmo me dar? – fiz carinha de anjo.
- Ah depende do que é.
- Primeiro tem que dizer que vai me dar, caso contrário eu não falo.
- Espertinha você né! – ele riu sarcástico e abaixou sua cabeça para dar um beijo demorado e estalado na minha testa, eu podia sentir seu perfume delicioso inebriando as minhas narinas e todo o ambiente – Eu prometo que vou te dar marrentinha, pode falar. – sua voz saiu cortada por que seus lábios ainda estavam sendo pressionados contra minha testa.
- Chaz o... – Justin tinha aberto a porta para dizer algo, mas ele parou de falar quando viu aquela cena que ele certamente interpretou errado – Esquece!
- Biebs? – Chaz se virou, mas ele já tinha sumido – Merda!
- Toma bonitinho, toma! – murmurei com uma risada diabólica – Bem feito pra ele, acha que pode pegar quem quiser que pode fazer tudo, agora se ferrou por que eu prefiro você que ele.
- Você tá viajando cara! – Chaz estava com uma carinha de culpado que me fazia sentir uma puta dó – Você não entende que ele gosta de você né.
Ele calçou sua chinela de dedo e saiu do quarto provavelmente para procurar pelo retardado do Bieber. Apenas balancei a cabeça tentando entender por que ele insistia tanto em dizer que o Justin gosta de mim, isso nunca vai acontecer.
Justin é frio como gelo e mais amargo do que uma noite fria de dezembro.
Ele tinha me dado todas as provas de que não sentia nada além de despeito.
Levantei-me da cama e fui procurar por eles.
Justin estava assistindo televisão e o Chaz tentava conversar com ele, mas ele simplesmente não dizia nada, era como se o garoto nem existisse ali.
- Charles! – indaguei conseguindo despertar apenas sua atenção – Nós vamos sair, não é?
Ele alternou o olhar entre Justin e eu e então finalmente assentiu.
- Só que ainda está cedo.
- Eu sei. – me aproximei – Ainda vai me dar aquele negócio?
Justin arregalou os olhos e sua expressão ficou mais furiosa, porém ele não ousou abrir a boca.
- Se você me falar o que é.
- Cocaína! – murmurei de uma vez só.
- Coca Jessie? – Chaz gargalhou – Pra que você quer isso?
- Pra cheirar horas, pra quê mais seria?
- Eu nem sabia que você usava drogas! – ele parecia relaxar sem acreditar que eu em sã consciência faria isso – Você tá falando sério?
- Drogas é super a minha praia! – esbravejei soando irônica – Antes eu não curtia muito, mas ai um amigo meu me deixou experimentar de todos os tipos e agora eu meio que viciei.
- Não pode viciar em drogas! – disse ríspido – Pode ir parando com isso.
- Eu não sou viciada, só uso de vez em quando, eu sei que vocês tem isso aqui, pode conseguir pra mim? Eu quero muito, por favor.
- Eu não vou te levar pra sair se você estiver drogada.
- Achei que você fosse meu amigo Chaz! – era a segunda vez que eu dizia aquilo em apenas meia hora.
- Você está confundindo as coisas.
- Só um pouco bebê, por favor... – pedi manhosa, sou ótima nisso, sempre fui.
Ele suspirou vencido pelo cansaço.
- Tá legal! Mas só um pouquinho tá bom?
- AH, EU TE AMO! – pulei em seu pescoço e acabei dando um selinho nele, era um selinho inocente, eu juro.
- Você tem que parar de me pegar de surpresa! – ele ria divertido enquanto me segurava firme.
- Chaz escute bem o que eu vou dizer por que eu não vou repetir. – Justin chamou nossa atenção fazendo com que parássemos de rir para encarar aqueles olhos furiosos que pareciam querer fuzilar o Chaz – Se você ousar dar qualquer tipo de droga para essa tapada eu vou estourar a sua cabeça e vai chover miolos para todos os lados.
- Você foi o primeiro a me oferecer drogas seu idiota! – apontei o dedo pra cara dele indignada.
- Só estou avisando! – ele riu e sumiu pelo corredor após dar o última gole da cerveja que estava bebendo.
- Babaca! – resmunguei me voltando para Chaz – Você não vai dar ouvidos a ele né?
- Eu tenho amor a minha vida!
- Fala sério, não acredito que tô ouvindo isso.
- Se você quiser ir pra balada tudo bem, mas nada de drogas.
- PORRA CHAZ! – eu estava tão histérica que parecia uma adolescente mimada que não suporta ouvir um não, na verdade é exatamente o que eu sou.
- Você vai querer ir ou não?
- Não vai me impedir de beber nada, tudo bem?
- Tá.
- Então vambora! – peguei a chave do meu carro em cima da mesa onde eu tinha deixado quando cheguei – Vai com essa roupa mesmo.
- Saindo sem mim? – Justin apareceu quando eu estava prestes a abrir a porra da merda da porta.
Ao me virar ele estava com sua jaqueta na mão e com aquele sorriso cínico.
- Exatamente! – devolvi o sorriso e passei pela porta puxando Chaz junto comigo – Nós vamos no meu carro.
- Carro que eu vou dirigir! – eu juro que não sei como aquele idiota conseguiu pegar a chave da minha mão, foi tão rápido e estranho – E não adianta protestar, sou eu quem mando nessa porra aqui.
- O que? – o olhei incrédula.
- É isso mesmo que você ouviu! – o que mais odiava era aquele sarcasmo, aquele ar de quem sempre ganha, aquela sensação filha da puta de que ele sempre vai sair vencendo.
- O carro é meu imbecil, você não tem o direito de dirigi-lo sem o meu consentimento, então é melhor me devolver a porra da chave e vazar daqui por que eu não quero que você estrague mais nenhuma noite da minha vida!
Ele riu.
- Hum, quê mais?
Chaz pousou a mão nos meus ombros me direcionando para dentro do elevador que também foi ocupado por Justin.
- Fica calma caramba, você se estressa atoa!
- Atoa? – Chaz tampou os ouvidos por causa do meu grito estridente – Como você pode ser manipulado por um hipócrita como o Justin?
- Eu não estou sendo...
- CALA A BOCA!
Ele arregalou os olhos.
- Qual o seu problema?
- Qual é o seu problema? – indaguei imitando sua voz – Esse idiota fala um monte de merda e você fica assim de boa? É como se ele mandasse em você, como se ele fosse o seu pai.
- Ele é meu melhor amigo! – murmurou ele após um suspiro.
- Você devia rever o seu conceito de amizades.
- Eu ainda estou aqui! – lembrou Justin sendo o insuportável de sempre.
- E dá pra esquecer? – resmunguei me virando rapidamente pra trás – Eu só digo uma coisa, se você tentar me impedir de fazer qualquer coisa hoje eu vou até a delegacia e te denuncio.  E eu não estou brincando Bieber.
Justin P.O.V
Eu não podia deixar ela fazer tanta merda, não podia lidar com o fato de que alguém além de mim estaria saindo e dando drogas pra ela. Não. Na minha cabeça isso é errado, na minha cabeça isso é injusto e não pode acontecer de jeito nenhum.
A Jessica é minha, independente do que aconteça. Ela é minha.
Mesmo que eu não consiga dizer a ela que a amo, ainda assim ela é minha por que sempre vai ser assim. SEMPRE.
Charles foi na frente junto comigo e ela foi lá atrás com aquela cara de quem comeu e não gostou que eu adoro. Sério, é o máximo ver a Jessica toda emburradinha quando na verdade eu sei que por dentro ela está adorando toda essa atenção.
Pelo menos eles tiveram a decência de escolher uma boate longe do Brooklyn. Nunca fui muito de ir nessas boates por que só tem filhinho de papai, as garotas são gostosas mas todas fúteis, todas exatamente iguais a Jessie.
- Eu também estava com saudades, não te via há tanto tempo! – era o décimo segundo menino que ela cumprimentava desde que chegamos a essa porra de boate do caralho.
- É que eu tenho explorado mais a área do Brooklyn esses tempos sabe...
- Ela tá acompanhada! – resmunguei um pouco irritado a puxando pelo braço até o balcão, esses babacas parece que nunca viram mulher.
- Tá me machucando porra! – nossa, não tem ninguém mais dramática do que essa garota, é incrível.
- Se o Chaz acha confortável ficar parado segurando vela enquanto você cumprimenta todos os homens que vê pela frente, eu não acho.
- Por que você sempre me coloca no meio? – ele reclamou se sentando na outra cadeira ao lado dela – Parece que eu sou um objeto pra vocês dois, tô cansado de ser usado caramba!
Ele fez uma cara de sofrido tão engraçada que acabei dando uma boa risada, até a marrenta riu, sim, até ela.
- Nós não usamos você! – protestou – Você é que se deixa ser usado.
- Valeu, isso me deixa bem menos infeliz.
- Ah meu bebê! – Jessica abriu os braços e os envolveu no pescoço dele sem precisar levantar-se da cadeira – Não fica assim não, sabe que eu te amo não é? Você é o tipo de homem perfeito e raro, já te falei isso.
- Me dá uma Stella Artois por favor! – revirei os olhos para aquela cena patética e completamente sem graça que se passava bem ao meu lado.
Eu mal conseguia esquecer aquele beijo que eu presenciei hoje mais cedo, puta que pariu, nunca senti tanta raiva em toda a minha vida. Eu acho que seria capaz de matar o Charles se eu não fosse tão orgulhoso. Eu jamais, em hipótese alguma admitiria que tenho ciúmes dela.
Assim como ela jamais saberia o quanto eu a amo.
E que ela é a única garota que já conseguiu despertar algum sentimento em mim.
- Eu quero Jack Daniels! – disse ela após o seu longo discurso de como o Chaz é a pessoa mais adorável, fofa e perfeita do mundo.
- Ok, mas você não vai beber muito.
- Desculpa gatinho. – ela riu se virando pra mim – Eu não estava falando com você, era com o garçom.
- Mas eu estou falando com você e é melhor você me obedecer.
- Você não é o meu pai, nem a minha mãe, você não é nada além de um estorvo na minha vida, então será que dá pra ficar na sua e me esquecer pelo menos por um um segundo?
Dei risada e olhei pro garçom.
- Só uma dose pra ela.
- Argh! – ela fez uma careta de quem está prestes  a explodir e bateu os pés no chão, apesar de ser baixinha ela conseguiu alcançar, muitas palmas por favor.
- Já disse pra você ficar calma. – Chaz abraçou-a pela cintura e deu um beijo na bochecha dela, aquilo me irritou pra caralho.
- Não dá, ele me irrita muito.
- É por que ele te ama.
- Nossa, estou quase transbordando de tanto amor. – deixei o sarcasmo evidente em cada palavra dita – Me dá outra cerveja por favor.
A Jessica bebeu sua dose de Whisky de uma vez só, depois pediu outra, eu não falei nada, fiquei só observando. 
Chaz começou a beber o mesmo que ela, mas ele bebia duas ou três doses por vez.
Aquele babaca fica insuportável quando está bêbado, sério, ele começa a chorar, dizer que a vida é injusta, começa a lembrar de quando era virgem e eu pegava as meninas que ele queria, nossa é uma chatice.
Depois da terceira cerveja comecei a maneirar, eu ia dirigir e precisava ficar de olho naqueles dois. Isso era tão estranho, eu nunca fui assim, eu nunca quis proteger ninguém, eu nunca fui o tipo de pessoa que pensa nas pessoas que eu amo, na verdade eu nunca cheguei nem mesmo a amar.
Não como agora, não como ela me faz sentir.
Ela me mantem longe do limite.
E isso é algo inacreditável, que eu nunca pensei ser possível.
E agora eu vejo o modo como estamos, é tão estúpido.
Eu tenho vontade de abraçar ela, beijar ela, essas coisas bem melosas e clichês, eu sinto vontade de fazer tudo isso com a Jessie, de ir no cinema, de dançar agarradinho, fazer amor devagarzinho, aproveitar cada segundinho.
Eu queria ser o motivo do sorriso dela, eu queria que ela me visse de outra maneira, queria começar tudo de novo, fazer melhor, ser diferente.
Mas ao mesmo tempo eu não conseguia fazer nada, por que o orgulho que eu sentia, isso parecia ser maior do que qualquer sentimento, o meu machismo falava bem mais alto do qualquer outra canção escrota em que dizem que o amor é a chave de tudo.
- Eu juro que eu cantava passarinhos coloridos, eles eram lindos, eu juro que eu cantava eles, eles são bem mais sensíveis do que os seres humanos, eles ficavam em cima da árvore lá de casa e eu abria a janela e ... – Chaz estava começando a chorar como eu disse que aconteceria, ele estava falando coisa com coisa.
E sabe o que eu fiz? Todas as vezes que a Jessica pedia um dose, eu tomava metade antes que ela bebesse, assim ela não ficaria tão bêbada.
Sei lá, eu simplesmente não queria que ela vomitasse, que ela passasse mal.
- Já está na hora de ir embora! – me levantei após deixar 500 dólares em cima do balcão, o idiota mal conseguia ficar de pé, eu tive que segurá-lo pelo ombro, merda – Jessica você consegue vir sozinha?
- Não. – ela esfregava os olhos, devia estar tontinha – Não.
- Espera ai que eu já volto.
- Por que não podemos dançar?
- Talvez por que vocês vieram aqui pra fazer outra coisa. – continuei andando levando Chaz comigo, foi quase impossível desviar de todos aqueles adolescente bêbados, especialmente quando passamos pela pista de dança que estava lotada – Quantas vezes eu vou ter que te levar pra casa Charles? Quantas vezes essa cena vai se repetir?
Eu te amo Justin! – as lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto, nós dois estávamos finalmente fora da boate, a caminho do carro da Jessie – Você sabe que eu não ficaria com a sua garota, não sabe?
Eu não respondi, acho que não precisava.
Chaz é meu amigo, nunca deixaria nenhuma garota acabar com isso.
- Ela gosta de você. – indagou ele tentando inutilmente manter os olhos abertos – Por que você é tão idiota?
- Deita ai! – abri a porta de trás e o joguei lá – Você nunca vai entender nada bro, ninguém vai.
- Mas ela gosta de você, ela gosta de você... – Chaz fechou os olhos de uma vez e eu sabia que ele não acordaria mais, não naquela noite.
Quando voltei pra boate senti os meus nervos subirem instantaneamente quando vi a Jessica se esfregando em um homem, ele não parecia nada com o perfil dos outros garotos que estavam ali, ele era sem dúvidas mais velho e estava se aproveitando da inocência dela.
Suas mãos estavam percorrendo todo o corpo dela.
Não pensei duas vezes antes de acertar um soco em cheio na cara dele.
- Qual é a sua rapá? – ele estava pronto para revidar quando eu repeti o soco acertando seu nariz dessa vez.
- Isso é pra você aprender a não mexer com mulher dos outros.
Fiquei atrás da Jessica e passei minhas mãos em sua cintura começando novamente o mesmo trajeto de alguns minutos atrás. Parece que os montes de gole que eu tinha bebido no lugar dela não tinha adiantado. Ela estava muito bêbada e cairia facilmente se eu a soltasse.
Imagina se eu tivesse deixado ela beber todo aquele uísque?
- Porra, você dá trabalho!
Ela se descontrolou quase destroncando o tornozelo, aquele salto devia ter uns cem centímetros, não tem lógica.
Pelo menos ela não estava de vestido.
Coloquei ela no meu colo, isso facilitou o trajeto para fora da boate que parecia estar cada vez mais cheia, será que esse bando de criança não tem pai não? Puta que pariu!
- Você vai ter que sentar aqui por que o Chaz ocupou o banco de trás e não vai ser nada legal se você se deitar junto com ele. – eu sabia que ela não estava ouvindo porra nenhuma mas ainda assim insistia em falar com ela, talvez por que eu também já estava meio tonto – Vai princesa, senta ai logo, nós precisamos ir pra casa.
- Nós não vamos dançar? – tive que colocar ela sentada e ainda o cinto de segurança, porra assim fica difícil né.
Dei a volta e me joguei no banco de motorista.
- Quem sabe outro dia.
Liguei a chave de ignição e dei ré para sair do pequeno estacionamento.
Durante o caminho todo os dois babacas dormiram. Eu nem queria pensar no que teria acontecido caso eu não tivesse vindo com eles, só Deus sabe se eles teriam voltado pra casa vivos ou se encontrariam o caminho de volta.
- Duke corre aqui, me ajuda! – gritei ao porteiro depois de descer do carro, ele ajudaria o Chaz e eu a Jessie, é claro – Anda logo, vem Duke!
Nós estávamos no estacionamento do prédio.
Abri a porta e peguei a Jessie no colo de novo. Ela dormia como um bebê e eu me sentia aliviado por não ter deixado o álcool tomar conta de mim e ter conseguido chegar sã e salvo.
- Esses dois tomaram quantos? – Duke, sempre brincalhão agora carregava Chaz passando o braço pelo ombro dele – Nossa senhora!
- Eu sou o único com juízo, pra você ver.
Ele riu e nós fomos pro elevador.
Saímos de lá e eu fui um super ninja por conseguir abrir a porta sem bater a cabeça da Jessica em algum lugar.
E demos de cara com o Lil comendo a...
- DUDA? – meus olhos não acreditavam no que viam.
- Opa! – Duke tentou fechar os olhos mas era tarde demais.
SHIT! – gritou ela se tampando com uma almofada.
- Caralho mano! – Lil pegou seu short e vestiu sem mesmo colocar uma cueca.
- Poderiam fazer isso no quarto, já está ficando chato ficar vendo seu pal toda vez que eu chego na minha casa! – revirei os olhos e continuei andando para o corredor, adorei o modo como me referi a Duda, como uma vadia qualquer, como qualquer outra que ele pega todos os dias – Deixa o Chaz naquele quarto ali, a esquerda. Obrigado Duke.
Ele assentiu sorrindo e eu segui mais alguns passos até o quarto do fim do corredor, que era o meu.
Coloquei a Jessica na cama e tirei seus sapatos.
Não precisava, mas eu fiz questão de tirar sua calça para que ela ficasse mais confortável. Sabe como é né.
E lá estava ela, só de blusa e roupas íntimas.
Aquelas pernas definidas e atrevidas.
Aqueles lábios provocantes, seios incríveis.
Comecei a acariciar sua pele sem me dar conta de que porra estava fazendo, não posso me culpar por isso, eu também estava sob efeito do álcool. Mesmo dormindo ela se arrepiava aos meus toques, eu estava perdendo a cabeça.
- Por que você faz isso comigo? – apertei sua coxa aproximando um pouco mais nossos corpos – Por que você age dessa maneira? Tão teimosa, tão marrenta, complicada, tão chata e tão petulante. – minhas mãos agora afagavam o cabelo dela com extrema delicadeza – Eu gosto de você, sabia? – suspirei abaixando os olhos – É claro que não sabe, eu nunca soube como demonstrar isso.
Ela agarrou o travesseiro e encolheu as pernas, ela sempre dorme assim.
- Será que um dia você vai me ouvir dizendo aquelas palavras ridículas que os seres humanos pronunciam somente pra afirmar algo? Como se dizer aquilo fosse a única maneria de demonstrar os nossos sentimentos... – dei uma longa risada – Nossa, eu estou sendo tão babaca.
Cobri e edredom por cima dela e involuntariamente encostei nossos lábios, ela pareceu abrir os olhos, por um breve segundo ela correspondeu, mas logo ela estava dormindo de novo, como se fosse apenas parte de um sonho.
Que bom que eu não faço parte apenas dos seus pesadelos.
Acho que você nunca vai me ouvir dizer isso Jessie! – meus lábios foram desviados para sua testa e após o rápido beijo me levantei para tomar banho antes de dormir – E eu sinto muito por isso.
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Fiz esse capítulo grande pra vocês hahaha ♥
Qualquer coisa falem comigo (aqui) s2