Danger in Vegas - Último Capítulo

❝ Pareço de aço, mas sou tão frágil como as pétalas de uma flor. Não demonstro minhas dores, as escondo com sorrisos. Mas elas estão ali, estão dentro de mim, guardadas a sete chaves."

Justin P.O.V - Leia ouvindo a música 4 e 137 sz'

Dois meses depois.

Aqueles cabelos dourados eram jogados de um lado pro outro de forma sexy. Ela já tinha experimentado pelo menos umas trinta peças de roupa e ainda não tinha decidido qual usar. Estava deitado na cama de casal do seu velho quarto em Manhattan olhando as fotos de seu último desfile. Sim, estou falando da Jenny. Ela está loira agora. E eu que achava que era impossível ela ficar mais bonita do que já era. Os olhos verdes mais lindos que eu já vi. Tipo paraíso. Fechei o notebook assim que ela saiu do closet colocando um brinco na orelha se olhando no espelho. Ela colocou um salto e logo em seguida tirou o brinco fazendo uma cara feia.

Jen: Gostou dessa roupa?  - perguntou sem desviar os olhos do espelho.- Tô achando muito brilhosa.
Eu: Tá linda amor. - falei me sentando e colocando os pés no chão- Você emagreceu demais, tá na hora de parar não acha?
Jen: Você acha mesmo que eu emagreci? - ela sorriu lindamente admirando seu corpo em frente ao espelho- Eu tenho é que emagrecer mais.
Eu: Quer desaparecer então ?
Jen: É bom ser magra tá obeso?
Eu: Não é nada, vai dizer que não gosta da minha bundinha sexy?

Ela riu passando Blush nas bochechas.

Jen: Até que ela é boa sabe...
Eu: Você fica mais gostosa quando tá cheinha.
Jen: Então eu não sou mais gostosa?
Eu: Não, agora você é magrela. - ela gargalhou guardando as maquiagens de volta a caixinha - Sorte sua que eu gosto de magrelas.
Jen: Você é o melhor namorado do mundo.
Eu: Opa, melhor noivo. - corrigi.
Jen: Seu louco, isso é loucura.
Eu: Não é loucura, é amor e nós vamos ser a família mais linda do mundo.
Jen: E vamos ter muitos e muitos filhos não é?
Eu: Sim, e a Anne e o Ryan vão ser padrinhos do primeiro.
Jen: Claro, vai ser uma menina dos olhos verdes, vai ser modelo.
Eu: Nada disso, vai ser um menino dos olhos caramelados, branquelo e jogador de basquete.
Jen: Meu filho vai ser um empresário de sucesso, não um jogador.
Eu: Por que não? Homens jogam basquete.
Jen: E dai? Alguns viram empresários, tipo você.
Eu: Mas eu ainda jogo...
Jen: Pra se divertir, não é uma profissão.
Eu: Você é uma feminista. - resmunguei.
Jen: Feminista? - ela riu- Essa é nova.
Eu: Vamos logo? Parece que já é casamento, você demora demais amor.
Jen: Demoro nada, você que é exagerado. - ela pegou sua bolsa carteira- Vamos então.

Ela pegou minha mão e eu me levantei. Nós descemos as escadas conversando sobre o próximo desfile que ela faria em Los Angeles na semana que vem, ela se torna cada vez mais reconhecida na Agencia e em todo o mundo. Todos a apontam como a modelo que se perdeu mas deu a volta por cima. E nós estamos bem assim. Noivos, finalmente noivos. Eu dei um anel de brilhantes pra ela outro dia que fomos tomar um café num starbucks perto de casa. Ela arregalou os olhos e disse que eu era maluco mas quer saber? Eu era mesmo, maluco por ela. E ai ela gargalhou quando eu coloquei o anel no dedo dela, ela disse que é a aliança mais linda que ela já tinha visto. Eu falei que era a mesma que eu comprei a um ano atrás então ela sorriu, ela sempre soube que ninguém no mundo teria direito de usa-la além dela mesma.

Os últimos dois meses foram calmos, nós estamos tendo uma vida normal, as coisas voltaram a ser como eram antes, na verdade estão melhores do que nunca. Ouvi uma conversa por ai de que o Chaz e a Bianca estão juntos, acho que é verdade por que ela está trabalhando em uma das empresas do pai dele, achei isso interessante, eles merecem ser felizes. Nem vão acreditar do que vou dizer mas a Anne está grávida, tudo culpa do Ryan, eles são muito selvagens, dá até medo. Ela tá de dois meses, acho que foi em uma rapidinha antes de saírem de Las Vegas. Ryan está ficando maluco, ele é muito novo pra ser pai mas eu sei que eles vão conseguir enfrentar essa e eu sei que vai ser um bom garotinho, ou garotinha. Chris está namorando mas eu não conheço a felizarda ainda. Bom, que ele está apaixonado, ah mas isso está.

Semana passada nós fomos ao Canadá, só ficamos dois dias mas foi muito divertido, tirando a parte que vimos os pais da Mariana, eles até hoje não entendem por que mandaram uma caixa com o corpo esquartejado de sua filha para a porta de sua casa. Dizem que ela desmaiou e ficou dias internada depois disso. Eu entendo como ela se sente e acho que Malik foi muito cruel em mandar o corpo dela assim. Mamãe já sabe que Jason está vivo, tudo que me contaram é que antes de nós voltarmos pra Nova Iorque ele apareceu lá em casa e conversou com a minha mãe, ela quase deu um infarto, quase morreu de susto mas ficou feliz, é claro. Ele disse a ela que iria sumir no mundo e não voltaria tão cedo ou talvez nunca voltaria, ele estava completamente bêbado, ela falou. Ah, meu pai disse que Jason o procurou também, e surpreendentemente ou não, eles fizeram as pazes. Eu nunca mais o vi desde aquele dia no Galpão e demorei algum tempo até aceitar que ele tinha feito isso comigo, com todos nós.

Jenny bem que tenta esconder mas toda vez que eu olho em seus olhos percebo o quanto ela sente falta dele, assim como eu sinto, assim como todo mundo que o conheceu sente. Ver uma pessoa que você gosta seguindo um caminho errado não é fácil, ainda mais quando essa pessoa destrói tantas coisas e pessoas pra fazer isso. Doí saber que alguém que você tanto ama simplesmente te enganou, trapaceou e vacilou. Partiu o seu coração de olhos fechados.  Mas eu não o odeio, aquelas coisas que eu disse foram coisas de momento. Eu jamais o odiaria até por que independente de suas atitudes ele ainda é e sempre será o meu irmão gêmeo criminoso. Sangue do meu Sangue. Ás vezes me pego tentando imaginar por que ele fez tudo isso. Por que ele fingiu estar morto, por que ele deixou que o Malik fizesse todos aqueles atentados contra nós, por que ele matou a Mari e por que ele me impediu de matar aquele bandido do caralho. Mas eu nunca, nunca encontro respostas para nenhuma dessas perguntas e então tudo que resta é um vazio deixado por ele. Algo impreenchível e doloroso. A marca que ele deixou em mim, em nós, é algo que nunca poderá cicatrizar.

Jen: Eu acho essas reuniões do meu pai muito chatas sabia? - falou quando estávamos passando pelo Central Park.
Eu: Serio? - ri pelo nariz- Eu também acho, mas você é filha dele, tem que ir.
Jen: Mas eu sempre vou e é um tédio.
Eu: Que horas são?
Jen: Oito horas.
Eu: Quanto é o coquetel?
Jen: Lá pra meia noite, essas reuniões demoram séculos.
Eu: O que acha de chegarmos atrasados dessa vez?
Jen: Eu acho ótimo. - ela sorriu maliciosa entendendo o recado.

Parei o carro e nós descemos adentrando ao Central Park que ficava ainda mais lindo durante a noite. Nós entrelaçamos nossas mãos, haviam dezenas de casais ali. Isso me lembra muito cenas de filmes, e é bom saber que é real, que está tudo bem e que estamos juntos. Ao passarmos por uma banquinha de algodão doce comprei um azul e foi difícil fazer essa magrela comer mas eu consegui, pelo menos um pouquinho, e é um milagre, até por que tem muito açúcar. Essas coisas de modelo são chatas principalmente por que eu sou um cara que gosta muito de comida sabe, muito mesmo. E ás vezes nós saímos para um restaurante e ela só quer comer salada, antes pelo menos ela gostava de hambúrguer. Isso me irrita, isso realmente me irrita. Mas se tem uma coisa que eu aprendi nos últimos tempos é que as diferenças nos completam. Clichê, pode até ser. Mas é a verdade.

Jen: Lembra quando viemos aqui logo depois que nos conhecemos? - ela sorriu enquanto admirávamos o céu repleto de estrelas. Meu braço em sua cintura, ela apontava o dedo pro céu.- Eu gostava de falar das estrelas.
Eu: E eu te pedi em namoro, se lembra?
Jen: Eu me lembro, claro que me lembro, foi romântico.
Eu: Eu sou romântico né baby. - falei convencido.
Jen: Ah, você nem é metido hein.
Eu: Nenhum pouco amor.

Colei nossos corpos e segurei seu queixo beijando levemente seus lábios. A minha língua rapidamente invadiu sua boca explorando cada canto da mesma com uma intensidade insana. Não era a terceira guerra mundial e nem mesmo uma batalha. Era apenas duas pessoas que se amam se beijando, demonstrando em forma de carinho o quanto são apaixonadas e provando a cada gesto o quanto elas foram feitas uma pra outra. Pessoas normais como qualquer outra, pessoas querendo viver a vida em paz, querendo apenas amar, deixar o tempo passar, aproveitar cada instante e esquecer dar dor, das lágrimas. São apenas pessoas que merecem ser feliz. Jamais seriam o casal perfeito, diferente dos filmes, a vida real nos prega peças, nos deixa irritados, nos tira do chão, nos fazem perder a cabeça. Nós vamos brigar, é claro que vamos, e muito. Mas todas as nossas brigas vão terminar na cama. E sempre será assim.

Nós regamos as nossas vidas com amor, regamos as nossas vidas com o que aprendemos e cada dia continuamos a aprender mais e mais. Algumas vezes na vida estamos tão tristes que desejamos morrer e então depois que toda a dor vai embora acontece aquela coisa de você ficar tão feliz que tem até medo de ir dormir e acordar pensando que foi apenas um sonho. E então tem aquele momento em que você realmente se dá conta que está amando, quando você está em uma reunião no seu trabalho falando sobre um próximo projeto importante e então você se lembra do sorriso dessa pessoa e acaba perdendo se totalmente de seu propósito, quando você olha pra um desenho e começa a rir sozinho por que acabou se lembrando dela ou então quando você simplesmente começa a contar carneirinhos até vê-la de novo. Tem também aquele momento em que você fica puto de ciúmes por que a sua garota é muito linda, é tão linda que você certamente não vai ser o único a deseja-la, e você perde a cabeça, você briga com ela, você resmunga e faz birra, mas você sabe que ela não tem culpa de ser assim, e então ela te mima, te abraça, te beija, ri da sua cara e te mostra que não importa quantos garotos a cerquem, ela é a sua garota e demais ninguém.

Jen: Aonde você foi ontem a noite?
Eu: Olhar uns apartamentos, mas não gostei de nenhum...
Jen: Vamos lá de novo, eu gostei daquele, vamos comprar ele.
Eu Não amor, aquele lá é laranjado, é horrível.
Jen: Só por que você gosta de lilás? Isso não é justo.
Eu: Agorinha você vai querer que o quarto do nosso filho seja rosa.
Jen: Que foi, acha que homem só pode usar azul? Machista.
Eu: Se eu sou machista você é feminista por que nunca vi gostar de...
Jen: Justin feminista é podre, é horrível serio!
Eu: Deixa eu falar feminista, eu acho legal, deixa eu falar ué.
Jen: Então fala, você é um empresário com um péssimo vocabulário sabia?
Eu: Serio? Então nem vou comentar sobre você ser um modelo super obesa...
Jen: Obesa? - ela arregalou os olhos- Mas você disse que eu estava magra...
Eu: Só não queria te magoar né, você tá uma baleia Jenny!
Jen: JUSTIN! - resmungou batendo pé.
Eu: Brincadeira coisa chata. - falei rindo.- Vem cá vem, deixa eu te amar um pouquinho...
Jen: Só se for pra levar um soco na cara, você é muito chato.
Eu: É por isso que a gente dá tão certo, nós dois somos chatos.
Jen: Um casal chato?
Eu: Um casal muito, muito chato.
Jen: Mas a gente é único.
Eu: Com certeza, ninguém consegue ser mais chato.
Jen: E somos obesos e feios e loucos...
Eu: É, você tem razão.
Jen: E já fomos bandidos, matamos pessoas, e sobrevivemos...
Eu: Isso realmente aconteceu. - concordei soltando seu coque e deixando seus lindos cabelos louros caírem lindamente em suas costas nuas. - Mas você esqueceu do principal...
Jen: Ah é, e o que é?  - ela sorriu curiosa mordendo os lábios.
Eu: Que a gente se ama amor, que a gente se ama muito.

[...]

Jason McCann P.O.V

Meu corpo estava cansado, minhas pálpebras pesavam toneladas, eu estava com aquela roupa a dias e o meu cabelo estava horrível. Comer? Eu nem sabia mais o que era isso. Comida é somente Álcool, é disso que eu me alimento. Pedi um cigarro da Broadway enquanto me ajeitava naquela cadeira alta encostando meu cotovelo no balcão daquele PUB no Brooklyn. Tinha acabado de tomar uma garrafa de uísque em apenas alguns goles, eu estava bêbado e não tinha noção do tempo e de nada. Uma loira peituda com rosto de princesa se sentou ao meu lado, ela estava me olhando a algum tempo. Sua beleza era admirável, mas eu estava acabado demais pra ir mais além.

Xx: Uma tequila bem gelada por favor. - pediu gentilmente com um sorriso.

Xx²: É pra já. - murmurou o garçom fitando seus seios.

Ri daquilo, é tão natural você ver uma mulher gostosa e imediatamente mirar seus olhos nas tetas dela.

Xx: E ai garoto! - exclamou a mulher me pegando de surpresa- Já tomou quantas hoje?

Eu: Só o necessário. - falei dando uma tragada no cigarro.

Xx: Cigarro é coisa seria viu, meu tio morreu por causa disso.

Eu: Meus pêsames.

Xx: Ah não. - ela riu- Eu nem gostava dele.

Eu: Você é engraçada. - comentei conseguindo dar uma risada.

Xx: Me chame de Star.

Eu: Seu nome é Star? - foi impossível não demonstrar surpresa.- Eu sou Jason.

Star: Minha mãe acha que eu brilho como as estrelas.

Eu: Talvez ela tem razão, o que você faz?

Star: Eu ajudo o meu pai nos negócios da empresa e faço curso de Teatro, nada importante.

Eu: Entendo, meu pai também queria que eu seguisse os negócios.

Star: E você seguiu?

Eu: Meu irmão gêmeo sim.

Star: Você parece deprimido.

Eu: Só estou um pouco perdido.

Star: Amor? - o garçom serviu um copo de tequila pra ela.

Eu: Tá tão na cara assim?

Ela riu.

Star: Me conta a sua história vai.

Eu: Você gosta de ouvir histórias?

Star: Eu sempre aprendo um pouco com elas.

Eu: A minha história é bem triste.

Star: Não deve ser tão ruim, me diz aê Jason.

Eu: Eu me apaixonei pela garota do meu irmão.

Star: Uau, isso é terrível.

Eu: Sim, é. E ela mudou a minha vida, eu juro que mudei da água pro vinho.

Star: Como, o que aconteceu?

Eu: Já ouviu falar em Jason McCann?

Star: Meu irmãozinho tem medo dele. - disse me fazendo rir.

Eu: E você, tem medo dele?

Star: Acho que não, por que?

Eu: Ele está bem na sua frente.

Ela gargalhou.

Star: Eu devo ter medo?

Eu: Talvez.

Star: Não vai continuar a história?

Eu: Tá... nós ficamos juntos. Mas eu inventei que meu irmão tinha traído ela bem no dia que ele ia pedi-la em casamento, ela me beijou, nós dançamos, pulamos de um penhasco, ela me deu conselhos, eu me apaixonei por cada detalhe dela, e antes eu juro que achava que o amor não existia. Ela me mostrou que sim, ele realmente existe.

Star: Que lindo. - falou tomando um gole.

Eu: Ah esquece, não tem nada de lindo, pra falar a verdade fodeu com a minha vida, agora eu simplesmente não consigo seguir a minha razão, o meu coração tomou conta de tudo, tá vendo o resultado? Um bêbado perdido no mundo.

Star: Por que não estão mais juntos?

Eu: Quando ela descobriu a verdade terminou comigo, eu me revoltei e mandei espancar o meu irmão, ele foi internado, e sabe a Miley Cyrus? Ela mandou me prender. Até então a minha garota não tinha voltado com meu irmão mas eu a amava tanto que odiava só imaginar isso, quando ele saiu do hospital ele me tirou da cadeia e no mesmo dia nós fizemos coisas legais, foi incrível. Eu queria acabar com ele mas eu não conseguia, a sua bondade me deixava tonto. Ele foi sequestrado por um cara e a culpa era toda minha, eu tinha matado o irmão dele.

Star: E mataram o seu irmão?

Eu: Não, que isso, eu escrevi uma carta pra menina, eu juro que coloquei todo o meu coração naquela carta, então eu e um grupo de pessoas fomos atrás do meu irmão. Ele se chama Justin e é mais forte que eu, também é de longe bem melhor, sempre será assim. Quando chegamos lá eu consegui tira-lo de dentro do galpão aonde ele tinha sido aprisionado, ele estava todo machucado, torturaram ele, mas estava vivo, isso que importa.

Star: Isso é bom.

Eu: É, mas eu precisava voltar para ajudar os meus amigos e nisso uma bomba explodiu, o galpão começou a pegar fogo, muitas pessoas estavam morrendo, meus amigos conseguiram fugir mas eu fiquei preso nos destroços. Eu sabia que ia morrer. Mas ai o cara, ele se chama Malik, ele me puxou dali, ele tinha uma arma apontada pra minha cabeça, ele disse 'Se você se juntar a minha equipe eu polpo sua vida', ele falou isso por que sabia que seria um desperdício matar um cara tão eficiente no mundo do crime como eu. 

Star: E você aceitou, claro.

Eu: Não, eu falei pra ele atirar, mas ele insistiu, "O que você quiser Jason, qualquer coisa". 

Star: E então? - ela parecia curiosa.

Eu: Fui esperto, falei que só faria isso se ele deixasse os meus amigos, minha garota e meu irmão em paz.

Star: Deu certo?

Eu: Deu sim, ele me salvou mas todos pensavam que eu tinha morrido. 

Star: E foi assim que você veio parar aqui?

Eu: Não, depois disso aconteceu algo que estragou tudo.

Star: O que?

Eu: Tinha me esquecido que eles são bons, muito bons. Eles quiseram vingar a minha morte, e eu coloquei o nome do cara na carta por que achei que ia morrer. Acredita que os idiotas resolveram se mudar pras Las Vegas pra procurar o Malik e matar ele pra vingarem?

Star: Eles te amavam muito então. - ela sorriu.

Eu: É, mas eles deveriam seguir em frente e não querer se vingar, foi isso que eu pensava. Essa atitude estragou tudo, tudo. Por que eles tomaram as coisas do Malik e ele ficou furioso, mas ele tinha um trato comigo e não podia violar, ele não podia tocar em nenhum fio de cabelo deles. Então decidimos que eles íamos  assusta-los pra ver se desistiam disso e voltavam pra cá. Nós provocamos atentados falsos, nós até mesmo acertamos de raspão um de meus amigos e eu fiquei irritado quando um cara passou a faca em uma das garotas da equipe mas soube que ela arrancou o pinto dele antes de matar, boa garota.

Ela riu.

Eu: Tinha uma menina muito gostosa que era apaixonada por mim, ela foi o primeiro amor do meu irmão, ela estava na equipe, é uma vadiazinha, se chamava Mari, eu gostava muito dela. Eu tentei convence-la a nos ajudar mas ela se recusou, estava apaixonada. Mas quando Justin voltou com a minha garota ela se revoltou e me ligou. Ela achava que a gente queria matar eles, iludida. - ri debochado- O plano mesmo era descobrir quando eles iam atacar pra pegarmos eles, no caso o Malik, sem a minha presença, e conversarem serio, mandarem eles cascarem fora da parada por que se não iam morrer.

Star: Caramba, e deu certo?

Eu: Eu tive que matar a tal Mari por que se não ela ia querer matar de verdade um dos dois, vai por mim ela faria isso sem problemas. Ela é inútil. Mas ainda assim foi doloroso atirar nela. Ela fazia parte da equipe apesar de ter traído eles tão facilmente. Só que deu tudo errado por que eles conseguiram entrar no galpão e pegar o Malik, eles iam matar ele, e ai sim tudo estaria perdido.

Star: Ué mas se ele morresse não ia mais correr perigo...

Eu: Vai por mim, os capangas dele nos matariam imediatamente, isso é coisa certa. Eu tive que intervir, eu o impedi de atirar no Malik. E agora eles me odeiam, provavelmente sou a pior pessoa que já conheceram. Essa é a minha história.

Star: Você é um bom irmão Jason.

Eu: Obrigada.

Star: Não trabalha mais pro Malik?

Eu: Sai do mundo do crime, agora vivo a vida gastando o meu dinheiro com bebidas e mulheres que raramente satisfazem a minha vontade, acho que penso muito na minha garota. 

Star: Deve ser difícil.

Eu: É um pouco, mas é passageiro. Já já isso passa e eu tô pronto pra outra.

Star: Você não se arrepende de deixa-la assim tão fácil?

Eu: Se arrepender? - sorri verdadeiramente- Como eu posso me arrepender de ver um sorriso nos lábios dela? Como eu posso me arrepender se ele a faz feliz de um jeito que eu nunca faria? Sabe Star, se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que quando amamos devemos deixar as pessoas partirem, deixar elas serem felizes mesmo que não seja ao nosso lado.

Star: Belas palavras.

Eu: Mas eu sempre vou me lembrar dela, sempre vou me lembrar do que eu me tornei graças a ela. Eu quase posso sentir orgulho de mim mesmo.

Star: Você deveria dizer a verdade a ela.

Eu: Não, ela nunca vai saber. Deixa ela me odiar, eu sei que lá no fundo ela ainda se lembra do quanto fomos felizes um dia. 

Star: E o que vai fazer da sua vida agora?

Eu: Eu não sei. - ri pelo nariz- Ontem eu fui em um desfile dela, sabe ela é modelo, meu irmão estava na primeira fila e ela sorria pra ele enquanto desfilava, eu senti inveja. Ela é a pessoa mais incrível do mundo e pensar que ela se afastou das passarelas quando estava comigo. E sabe o que é mais engraçado, quando sai de lá eu acabei indo a igreja, eu nunca vou a igreja, isso foi realmente um milagre.

Star: Eu gosto de ir a igreja.

Eu: Eu entrei lá e então o padre me perguntou se eu queria confessar, eu achava isso meio estranho mas estava bêbado e decidi contar tudo, tim tim por tim tim.

Star: Muitos pecados?

Eu: Daria pra escrever um livro. - ri pelo nariz- Mas aconteceu uma coisa surpreendente que me fez sorrir e perceber que eu nunca me arrependeria de nada do que fiz. 

Star: O que aconteceu?

Eu: Depois de confessar todos os meus pecados o padre com lágrimas nos olhos me disse "Jason McCann você é uma raridade!"

When you're caught in a lie

Quando você é pego em uma mentira

And you've got nothing to hide

E você não tem nada a esconder

When you've got nowhere to run

E quando você não tem para onde correr

And you've got nothing inside

E você não tem nada por dentro

It tears right through me

Isso soa correto pra mim

You thought that you knew me

Você pensou que você me conhecia

You thought that you knew

Você pensava que conhecia ♪

Ai meu corassaum, ACABOU :(  Comentem o que acharam, TIPO TODO MUNDO, por favor, é muito importante pra mim sz, amanhã eu posto o primeiro capítulos da próxima fanfic ok?MUAHAHA 

Falem comigo (aqui)