terça-feira, 30 de abril de 2013

Gangster Love - Capítulo 8 - Huge Mistake

“Você nunca vai valer muito pra quem não vale nada.”

Trailer da fanfic (aqui)
Leia esse capítulo no anime (aqui) + favoritem
Jessica P.O.V
Justin parou o carro em frente ao enorme prédio com o nome “Bieber’s Business UFC” destacado na cor azul escuro. Ele devia estar sentindo a mesma sensação que eu sinto quando entro em uma loja da Apple ou quando vejo pessoas falando sobre seus produtos. Mas na real, ele não parecia ligar nenhum pouco pra isso. Ele segurou minha mão e entramos na recepção. Uma garota loira e linda estava sentada em um balcão. Ela parecia ser muito jovem até mesmo para ser apenas uma recepcionista. O enorme relógio na parede marcava duas horas da tarde.
Ao ver Justin  a moça sorriu tanto que me perguntei como não rasgou os cantos da boca. Por que todas as garotas têm que ser loucas por ele?
- E ai Hailey! – ele beijou a bochecha dela. Nada profissional.
- Sr. Bieber! – a sua voz de anjo me fazia lembrar a Victoria, que de anjo não tem nada.
- Meu pai está? Fiquei de me encontrar com ele aqui.
- Ele está em reunião.
- É mesmo, acabei me esquecendo! – Justin bufou crucificando a si mesmo.
- Se quiser esperar no escritório dele! – sugeriu – Ele sai daqui à meia hora e vai ter exatos vinte minutos antes da próxima reunião.
- Você é a melhor Hailey!  - ele sussurrou no ouvido dela após pegar a chave em suas mãos - Vem comigo amorzinho! – ele puxou meu braço em direção ao escritório de seu pai.
Havia um sofá branco de couro enorme que formava uma pequena sala com uma televisão de cinquenta polegadas. Ao lado uma estante repleta de livros e troféus. Nas paredes alguns quadros de pinturas indistintas. Será que tinha um cofre atrás deles? Acho que ando assistindo muitos filmes de ação. Na frente da estante havia uma mesa média de madeira, uma cadeira grande de couro de um lado e uma do mesmo tecido das almofadas do outro lado. Justin se jogou lá se sentindo o rei do pedaço.
- Sabe, quando eu tomar o lugar do Trevor eu quero um lugar assim. Nada de salas subterrâneas!
- Ele se esconde em salas subterrânea? – questionei colocando minha bolsa em cima da mesa.
- Eu adoraria te contar essa história. Mas quanto menos você souber melhor.
- Olha lá, é uma foto de você com o Jeremy! – disse apontando para um porta-retrato na estante – Olha só o seu cabelo.
- Qual é, eu só tinha doze anos.
- Hilário! – exclamei.
- Você acha mesmo? – nem percebi como, mas de repente ele estava bem atrás de mim com suas mãos envolta da minha cintura.
- Acho! – respondi garantindo que minha voz sussurrante soasse sexy.
- Ótimo! – ele me virou para frente apertando as laterais do meu corpo com força. Senti seus lábios encostarem no meu pescoço, aquele era definitivamente o meu ponto fraco. Cada pelo do meu corpo se eriçou de desejo. Eu sabia que era errado especialmente pelo lugar em que estávamos mas eu não podia controlar os gemidos abafados em meio ao seu toque viciante nas bases do meu corpo.
- Nós não podemos fazer isso! – disse sem ao menos lutar contra o que estava acontecendo ali e agora.
- Sério? – ele riu puxando minha blusa desesperadamente, era notável o seu total descontrole, como se ele estivesse possuído ou algo assim. Exatamente como eu me sentia. Eu queria aquilo. E na verdade acho que desde a primeira vez que o vi. Desejo carnal? Talvez. Definitivamente.
- Você não vale nada! – dei risada e comecei a desabotoar os botões de seu terno, ele estava realmente empenhado em sua missão de impressionar o seu pai tentando parecer “civilizado”. Mas essa é uma palavra que não combina nenhum pouco com ele.
- Você também não! – ele jogou minha blusa no chão e fez o mesmo com a minha saia. Eu não sei como mas de repente até as calças dele estavam no chão. Era algo sobrenatural e insano que os segundos pareciam meio segundos. Senti meu corpo se chocar contra a mesa e os papeis, os porta-retratos, as canetas, as pastas e até o mesmo tablet se espalharem pelo chão.
Justin estava em cima de mim sem dar a mínima para o fato de que nós dois estávamos no escritório do pai dele que poderia chegar a qualquer momento. E por mais ridículo que fosse nenhum de nós podia controlar a fúria de desejo sexual que corria eminentemente dentro de nós naquele momento. Eu me sentia completamente fora do meu mundo quando seus lábios tocavam as partes mais sensíveis do meu corpo, como se ele soubesse exatamente os meus pontos de fraqueza. Está ficando clichê demais. Vamos logo para a parte em que ele riu alto e encostou nossos lábios impedindo que eu soltasse o maior grito de toda a minha vida quando seu pênis “enorme” diga-se de passagem entrou dentro de mim sem nenhuma preliminar. Honestamente, se o inferno fosse daquele jeito eu poderia apodrecer nele para sempre e não me preocuparia. Mas no momento só conseguia pensar em descreve-lo como “Paraíso”.
Ele ia cada vez mais rápido. Sabia que não tínhamos muito tempo. Oh céus, ele é muito bom nisso. Eu conseguia finalmente entender por que todas as mulheres ficam molhadinhas simplesmente ao ouvir seu nome.  O cara é um putão, ele consegue te deixar louca, te levar para outro mundo, te faz viajar nas fantasias sexuais mais insanas e pervertidas que você já imaginou que pudesse realizar. Suas entocadas ficavam cada vez mais rápidas e profundas, era quase como se eu pudesse senti-lo encostar no meu útero. Eu queria gritar, por que aquilo doía. Mas era o tipo de dor que eu suportaria até o último segundo da minha vida. Algo viciante e prazeroso. Como droga. Sem cura.
- Awnnn Awnnn Justin! – gemi em seu ouvido enquanto ele continuava entocando seu pênis com seu corpo em cima de mim.
- Isso vadia! Geme! – as sensações que ele causava dentro de mim eram inexplicáveis, nossos corpos se mexiam ritmados, aquela transa selvagem me mostrava de uma maneira estranha que nós nos completávamos como nunca. Cada uma dava o que o outro precisava.
Minha respiração estava ofegante, os gemidos eram mais baixos pois as forças estavam esgotadas. Justin colocou meu cabelo para trás desgrudando alguns fios presos a  minha testa suada. E ainda entocando dentro de mim por um momento seus olhos encontraram os meus, minha garganta estava seca e aquele momento me pareceu importante demais, era exatamente do que eu estava tentando fugir. De sentir algo por ele além de prazer. Por que por mais diferente que ele me olhasse naquele momento, daqui há duas semanas eu voltaria para a minha vida e ele talvez conquistasse tudo que sempre quis. Eu consigo fingir ser a garota que eu quero ser, mas não sei se sou forte o suficiente para lutar contra os sentimentos por alguém como ele. Como eu disse, um ser viciante.
Justin Bieber é uma droga!
Quando percebeu que estava ficando desconfortável ele desviou o olhar e eu senti seus lábios mordiscarem o bico de um dos meus seios. Logo ele chupava o mesmo como se estivesse mamando ou algo assim. A sensação era extraordinária, era êxtase puro. Seu membro dentro de mim, sua boca em meus seios, uma de suas mãos na minha cintura e a outra segurando minha coxa com força. Minhas mãos arranhando suas costas e minha cabeça do lado esquerdo de seu ombro, mordendo os lábios com força para não gritar de prazer.  Era desse jeito que ambos nos encontrávamos. Finalmente senti minha vagina mastigar seu membro e ele saiu de dentro de mim antes que seu jato de porra caísse ali e ganhássemos um pequeno Little Bieber para cuidar. Ele ficou de pé na minha frente. Seus olhos corriam por todo o meu corpo nu estendido pela mesa. Eu mal podia sentir as minhas pernas e ainda tentava controlar a minha respiração.
- Uau! – foi tudo o que eu consegui dizer ainda ofegante.
Justin riu e puxou minhas pernas até chegar ao final da mesa. Então ele puxou meus braços me fazendo sentar, se prostrou entre minhas pernas e roçou seu pau na minha vagina. Suas mãos seguraram meu rosto com pegada e ele beijou meus lábios certificando-se de que sua língua percorre-se todos os cantos da minha boca ferozmente procurando cada vez mais por um território que ainda  não tivesse sido explorado. Pousei minhas mãos na sua bunda carnuda por entre o beijo e apertei aquele local com força. Logo nós paramos o beijo, olho no olho nós demos risada e eu tirei as minhas mãos daquele lugar abençoado pelos céus. Eu queria realmente saber o que teríamos dito um pro outro a seguir mas um barulho do lado de fora nos fez acordar para a realidade. Aquela voz era indiscutivelmente de Jeremy!
- Meu pai! – Justin gritou desesperado procurando por sua cueca.
- Aqui! – joguei pra ele a cueca que estava na cadeira de seu pai e vesti a minha calcinha.
Eu estava tremendo de tão desesperada que estava. Mesmo depois de todo o cansaço a adrenalina fazia questão de continuar a pulsar em todas as minhas veias.  Vesti minha saia enquanto Justin abotoava sua calça. A alça do meu sutiã estava arrebentada então eu fiz a mesma coisa com a outra deixando-o tomara que caia, depois vesti minha blusa. Tinha ficado tudo desengonçado mas não importa. Creio que a secretária já estava costumada com isso por que parecia que ela estava enrolando Jeremy de propósito.
- Eu te ajudo! – disse enquanto Justin que se enrolava para abotoar sua camisa.
- Deixa que eu termino isso, coloca as coisas de volta a mesa! – sua voz demonstrava-se tão desesperada quando a minha, aliás nós tínhamos todos os motivos pra isso.
Ao me virar percebi o estrago que tínhamos feito. E não tinha mais como mudar as coisas. Jeremy adentrou ao escritório com um sorriso nos lábios. Justin que abotoava o último botão de sua camisa correu até ele forçando um sorriso e o abraçou. O homem cujas tatuagens eram escondidas por seu terno impecável lançou até mim o pior dos olhares ao notar o estado em que sua sala se encontrava. Acho que não vamos ser tão bem recebidos assim.
- Que diabos aconteceu aqui? – ele se afastou de Justin correndo os olhos por todas as suas coisas espalhadas pelo chão.
- Pai eu posso explicar! – Justin disse colocando seu palitó.
- Não precisa me explicar nada tá? Vocês dois, fora daqui!
- Por favor pai, eu preciso conversar com o senhor, eu...
- AGORA JUSTIN!
- Mas pai... – os olhos de Justin estavam marejados. E eu? Eu me sentia uma vadia destruídora de sonhos. Aquilo tinha sido uma besteira. Nós agimos como dois idiotas, não devia ter sido assim.
-  Eu realmente achei que você tinha mudado! – Jeremy não conseguia esconder a decepção que sentia do filho.
- Ok! – Justin pegou sua carteira que estava de baixo de uma das pastas caídas no chão e engoliu em seco tudo que estava sentindo, controlando-se para não desabar ali na frente de alguém que era tão importante pra ele.
Justin surprendentemente segurou minha mão e fomos em direção a porta. Assim que ele segurou a maçaneta uma lágrima escorreu pelo canto de seus olhos. E eu juro que se não estivesse ali não acreditaria no que estava vendo. Justin Drew Bieber chorando?
Definitivamente épico.
- Jessica! – o homem disse com um tom decepcionante – Você vestiu a blusa do avesso!
Ouch.
Fechei os olhos por breves segundos tentando me controlar. Após limpar a lágrima que não deveria ter caído Justin se virou para o seu pai que nos encarava indignado e demonstrou ser um ser humano.
- Eu sinto muito! – ele finalmente abriu a porta e deu passagem para que eu fosse na frente.
Após fechar a porta foi como se eu me sentisse aliviada. Mesmo que as coisas ainda estivessem completamente arruinadas eu meio que me sentia em paz por não estar sobre tanta tensão como naquela sala. Hailey, a secretária, nos olhou com pena deixando claro que ela também sentia muito. Eu não sei como mas graças a ela, ele não tinha nos visto pelados, isso seria bem pior. Não consigo nem imaginar onde esconderia minha cara se isso tivesse acontecido.
- Eu ouvi pela secretária eletrônica! – ela disse respondendo as perguntas que nós faziamos a nós mesmos – Faltava apenas alguns minutos para o Jeremy sair da reunião, eu ia avisar vocês mas tudo que ouvi pelo telefone foi os gemidos então eu deduzi que... bom, vocês sabem.
- Obrigada Hailey! – agradeci por nós dois já que o garoto mal conseguia abrir a boca.
Ele segurou minha mão de novo e eu lancei um pequeno sorriso para a jovem garota antes de ser arrastada para fora do prédio. Ele destravou as portas da Ferrari alguns segundos antes de chegar até ela. Quando eu me sentei no assento de passageiro Justin já estava dando ré no carro.
- Coloca o cinto! – ele disse sério.
Antes que eu tivesse tempo para fazer isso ele deu uma arrancada para trás que fez com que todo o meu corpo fosse lançado nessa direção e em seguida com toda a brutalidade para frente.  Senti minha cabeça atingir o vidro com força, era como se um martelo tivesse sido socado naquele local. Acho que fiz a pior careta de todos os tempos mas me controlei para não gemer de dor. Justin se quer olhou para ver se eu estava bem. Ok, ele se ferrou com o pai dele mas tentar me matar não parecia uma ótima opção naquele momento. Mas obedecendo os meus desejos de viver até os cem anos coloquei o cinto. Ele dirigia tão rápido que os meus cabelos voavam mesmo com as janelas fechadas. Ele estava ultrapassando todos os sinais vermelhos e pior ainda, o limite de quilometragem. Mas se tem uma coisa que eu aprendi nesse pouco tempo de convivência é que não se pode desafiar Justin Bieber. Então apenas encostei minha cabeça no banco e rezei para que chegássemos vivos em casa.
Chegamos na mansão em um tempo recorde de onze minutos e meio. Suspirei alto fechando os olhos e me sentindo aliviada quando percebi que finalmente estávamos na garagem de sua casa. Sã e salvos. Deus é tão bom pra mim quando eu só faço besteiras. Ele saiu do carro sem dizer uma palavra e já foi entrando em casa. Fiquei ali algum tempo tentando assimilar as coisas. O que eu estava fazendo ali afinal? Eu não pertencia aquele lugar. Estava tudo errado. Desci do carro e ao entrar na sala de estar encontrei Pattie sentada com um homem, eles riam enquanto assistiam a algum programa de TV muito chato na minha opinião.
- Jessie, querida! – Pattie me chamou com um belo sorriso.
- Oi Pattie! – tentei sorrir mas foi inúltil, claro.
- Esse aqui é Daniel, Dan na verdade. Ele é um amigo.
- Prazer Dan! – estendi a mão pra ele meio inquieta, eu precisava falar com o Justin, ele podia até cometer uma loucura de tão irritado que estava.
- Ele é o padeiro que a Leleca te falou. Nós estávamos aqui rindo do que as pessoas estão comentando,  só por que somos amigos não quer dizer que... – a interrompi de maneira indelicada.
- Desculpa Pattie, será que podemos conversar depois? – franzi o cenho – É que eu não estou em um bom dia.
- Aconteceu alguma coisa entre você e o Justin? Achei que ele estivesse mal humorado só por causa do Dan... – a interrompi mais uma vez.
- Não tem nada a ver com o Dan! – dei as costas correndo para as escadas – Mas vai ficar tudo bem, eu prometo.
Balancei a cabeça incrédula quando abri a porta do quarto e me deparei com uma fileira de pó branco em cima da pequena mesa de mármore ao lado da cama.
- Então é isso, você vai se entupir de droga? – cuspi demonstrando fúria.
- E se eu for? – ele me olhou – O que você tem a ver com isso?
- Justin não é assim que você vai fazer os problemas desaparecerem.
- Que problemas Jessie? – ele riu amargo – Acabou.
- Você desiste assim tão fácil?
- Me diz o nome de uma pessoa no mundo que poderia colocar um milhão de dólares na minha mão a não ser o meu pai.
Eu poderia dar esse dinheiro a ele mesmo sabendo para o que era. Porém a minha relação com os meus pais estava meio “abalada” por causa dessa “pequena” fuga para outro país com um desconhecido.
- Nós vamos encontrar um jeito! – disse baixo.
- Acabou Jessie. – ele abaixou a cabeça começando a cheirar o pó espalhado pela mesa. Aquilo me deu náuseas.
- Para com isso merda! – puxei sua camisa no ombro empurrando ele para trás.
- O que você pensa que está fazendo? – ele gritou irritado segurando meu pulso com força – Você não é nada pra mim porra! Para de se meter!
- Eu não tenho culpa se você não consegue segurar o seu pinto dentro da sua cueca! – disse irritada, eu realmente tinha a intenção de machuca-lo.
Ele soltou meu pulso e chutou a mesa com força.
- Você não pareceu se preocupar com isso quando gemia o meu nome!
Observei ele bater a porta com toda a força que tinha após passar por ela.
Algumas lágrimas sorrateiras começavam a brotar nos meus olhos escorrendo por toda a extensão do meu rosto.
Era tudo culpa minha, exclusivamente minha.
Eu nunca deveria ter saído de Nova Iorque. Eu sou uma louca. E agora nem os meus pais estão preocupados comigo. Eu consegui afastar até  mesmo a minha família com os meus surtos de adolescente imatura.
Eu precisava consertar as coisas pelo menos uma vez na minha vida.
Peguei o celular e liguei pra única pessoa que sempre me ajudava a sair das piores encrencas.
Victoria.
Em Manhattan é assim: Duda e eu fazemos besteiras. Victoria as desfaz sem deixar rastros. É claro que ela sempre conta com a ajuda do Bob.
- Alô? Jessie é você?
- Oi Vick! – minha voz estava chorosa.
- O que aconteceu? Por que está chorando?
- Eu preciso da sua ajuda.
- O que ele fez com você? – perguntou furiosa – Eu juro que vou até o Canadá e corto o pinto daquele maníaco.
Sorri sem humor, só ela conseguia isso.
- Não Vick, na verdade, nós fizemos.
- Como assim?
- Justin precisava de um investimento para uma empresa que ele vai montar ai em Nova Iorque! – menti, na verdade eu apenas “omiti” os fatos reais – Só que a única pessoa que poderia ajuda-lo era o seu pai, eu fui com ele no escritório do pai dele hoje mas ai nós transamos e o pai dele chegou e foi tudo por água abaixo!
Ou my god! – murmurou incrédula.
- Eu não sei o que fazer Vick! – disse desabando de novo.
- O que o Justin disse sobre isso?
- Nós brigamos feio. Ele saiu batendo porta, ele pode cometer uma loucura, ele estava muito nervoso.
- Jessica isso é muito simples de resolver! – ela disse calma.
- Você acha? – foi impossível não dar uma risada sem vida.
- Sim! – reafirmou – Você só precisa falar com o pai dele.
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Continua *-*

 Falem comigo (aqui)  ;)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Gangster Love - Capítulo 7 - I am a gangster

O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão.

Trailer da fanfic (aqui)
Leia esse capítulo no anime (aqui)


Jessica P.O.V
Abri os olhos e naquele momento eles pareciam pesar toneladas. Lembrar-me do que tinha acontecido na noite passada me fazia querer enfiar a cara em um bueiro e não sair de lá nunca mais. O Justin tinha me dado a chance de ter a noite perfeita e eu tinha agido como uma americana idiota que nunca foi a uma festa antes. Sentia-me uma estúpida. Olhei por debaixo dos lençóis ainda meio em transe e notei que estava apenas de calcinha e sutiã. Por que eu estava dormindo enquanto aquele garoto tirava as minhas roupas e me colocava na cama? Isso é tão injusto. Será que ele se aproveitou de mim? Ele é tão misterioso, não dá pra saber. Mas bem que eu queria. E falando nele, ao levantar a cabeça e escora-la na cabeceira da cama notei que ele estava parado olhando para as gotas de água gelada que escorriam pela janela do quarto. Ele estava apenas com uma bermuda, uma de suas mãos estava no bolso e a outra pendia um cigarro aceso entre os dois dedos. 
Sua pele estava arrepiada por causa da baixa temperatura. Observei ele soltar a fumaça pela boca vagarosamente e em seguida tentar empurrar um pouco de ar puro para dentro de seus pulmões. Seu nariz ardeu por causa do frio. A chuva que parecia ter sido forte agora se transformava apenas em um chuvisco. Eu tenho que admitir, aquela visão que eu tinha era bem próxima ao que eu sempre pensei ser o Paraíso. Apesar de surpresa por ele estar fumando não podia deixar de achar aquilo extremamente sexy.
- Eu não sabia que você fumava! – disse baixo.
- Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim! – murmurou continuando a olhar para as gotas de água escorrendo do lado de fora da janela de vidro.
- Como por exemplo que o seu pai não comprou equipamento nenhum? – me levantei da cama sem me preocupar com os poucos trajes afinal foi ele mesmo quem me deixou assim
- Não pira Jessie! – algumas cinzas do cigarro caíram no chão e ele se virou na minha direção, eu já estava quase chegando ao banheiro – Eram pro meu pai sim, só que ele só vai vê-las hoje. Era uma surpresa entende? Eu só queria que ele ficasse feliz.
- Por que eu deveria acreditar nisso mesmo? – abri a porta e percebi que o lugar não estava mais destruído como na noite passada. Alguém já tinha limpado tudo.
- Por que é a verdade! – peguei minha escova de dente e ao olhar para a porta o vi parado me olhando como um babaca – Por que eu mentiria pra você?
- É exatamente isso que eu estou tentando entender!
Comecei a escovar os dentes e alguns segundos depois ele não estava mais na porta. Tomei um banho de meia hora. Eu estava precisando disso. Eu me sentia a pessoa mais suja do mundo. Quando sai do banheiro Justin estava estendido sobre a cama. Abri a minha mala procurando por alguma roupa decente para usar e optei por um short e uma blusinha. Segurei a toalha nas costas e me virei para vestir a minha calcinha com total desconforto. Ouvi Justin dar uma risada.
- Eu não estou olhando, se é o que você está pensando!
- Claro que não! Tem uma garota de 18 anos se trocando na frente de Justin Drew Bieber e ele não está olhando! – disse sarcasticamente.
- Decorou meu nome rápido! – olhei pra ele abotoando o sutiã de propósito.
- É difícil esquecer quando as pessoas dizem o tempo inteiro.
- Sou muito amado por todos. – vesti o short sem me preocupar com aqueles olhos famintos, na verdade era até meio engraçado.
- Ontem foi a melhor noite de toda a minha vida! – ele riu.
- E você se lembra alguma coisa dessa noite Jessie?
- Engraçadinho! – mostrei a língua pra ele e joguei o cabelo para trás após vestir a minha blusa.
- Sério, você estava hilária!
- Obrigada por ter me ajudado super homem!
- Acha que é assim? – ele se levantou de repente e puxou minha cintura contra seu corpo. Esse cara tem uma pegada dos deuses – Você me deve uma! – sussurrou bem perto do meu ouvido fazendo cada pelo do meu corpo se arrepiar.
Fechei os olhos procurando por fôlego.
- Qualquer hora! – sorri fraco e soltei o ar saindo cuidadosamente de seus braços.
- Você é esperta Jessie! – ele passou pela porta logo depois de mim – Eu gosto disso.
Saindo do corredor coloquei os pés na escada, antes que pudesse dar mais um passo Justin passou correndo por mim, tão rápido que parecia até um vulto.
- Mãe, aonde você vai? – ele perguntou ao descer o último degrau.
- Só vou comprar lanche! – respondou Pattie que foi pega de surpresa quando estava prestes a girar a maçaneta da porta.
- Na padaria da esquina? – Justin a encarou furioso.
- Aonde mais eu poderia comprar? – disse como se fosse óbvio.
- Esquece tá mãe? A senhora não vai comprar lanche nenhum.
- Com licença? – agora ela estava definitivamente confusa.
- Eu vou! – ele pegou a bolsa carteira das mãos dela e saiu fazendo todas as caretas possíveis.
Levei a minha mão até a boca tentando conter a risada.
- Me ajuda a entender isso? – ela me olhou ainda confusa e de repente nós duas estávamos rindo.
- Alguma coisa a ver com o padeiro com certeza!
- Acho que você tem uma boa história pra me contar enquanto eu termino de lavar a louça!
- Se quiser eu posso ajudar! – sugeri seguindo-a até a cozinha.
- Não precisa honey! – ela recolheu alguns talheres da mesa e colocou na pia.
- Tem certeza? – ela assentiu e eu me sentei em uma das cadeiras da mesa.
- Por que diabos o Justin estava tão estranho? 
- É que a Leticia, sabe? – ela revirou os olhos balançando a cabeça.
- Claro, só podia ser a Leleca! - eu ri.
- Você também a chama assim?
- Melhor do que chama-la de outras coisas, se é que você me entende!
- Pattie você é uma das minhas!
- Mas ela é legal, ela é uma boa garota, só precisa de um pouco de juízo!
- E de controlar aquela boca, por que honestamente...
- O que ela disse?
- Ela disse que você está saindo com o padeiro! – ela começou a rir , é claro que eu não ia contar as exatas palavras que Leticia tinha usado – Justin quase surtou, por isso ele está tão bravo.
Oh my god, as pessoas inventam cada coisa! – ela colocou no escorredor o prato que tinha acabado de lavar – Na verdade eu estou saindo com o açougueiro! – dei risada – Nunca dão a informação certa!
- Jesus! – exclamei por entre as risadas que eram incontroláveis – Você é demais, você é demais!
- Eu estou brincando tá! – ela também ria – Só pra descontrair! – ela enxugou sua mão e se sentou de frente pra mim – Mas é que sério, as pessoas inventam umas histórias que só me faz querer rir.
- Entendo perfeitamente! – comecei a brincar com o guardanapo em cima da mesa – Você arruma essa casa sozinha? É tão... Grande.
- Sim! – afirmou – Justin sempre quis contratar uma empregada. Mas a verdade é que ele sempre contratou garotas entre 16 e 20 anos. Pode crer, elas não faziam serviço nenhum. – ela franziu o cenho – Na verdade até faziam, mas com o meu filho.
Oh gosh! – mordi os lábios para não gritar  - Esse garoto é um Lord!
- Você gostou do jantar ontem? – perguntou depois que conseguiu parar de rir – Eu estou impressionada. Justin nunca levou uma garota para uma jantar, isso é romântico demais para o tipo dele. Aliás, você é a primeira namorada dele, vocês estão juntos a dois meses não é?  - assenti – Então, isso é um recorde querida. Teve um dia que eu simplesmente cheguei nele e disse “Justin, você tem 19 anos, dá pra trazer uma garota que vá ficar mais de uma noite?” Acho que ele acabou me ouvindo.
- Ele é um babaca!
- Definitivamente! – concordou – Mas a pior parte foi quando ele começou a vender drogas! – arregalei os olhos ao ouvir aquilo – Você sabe disso, com certeza, com esse tempo de namoro já devem ter conversado sobre isso.
- Claro! – gaguejei ainda meio chocada.
- Quando eu encontrei aqueles quilos de drogas no carro dele assim que fui pegar meu CD que ele tinha pegado emprestado eu juro que meu mundo desabou. Só faz um ano, mas mesmo assim foi difícil. Imagina só, ter um filho viciado em drogas realmente não estava nos meus planos.
- Óbvio. – sussurrei quase sem voz.
- Então quando ele me disse que na verdade ele não usava aquelas drogas, que ele vendia para o pessoal da escola eu fiquei chocada. Ele disse que ia parar, ele se formou no ensino médio, entrou pra faculdade e não ficou nem um período. Sei lá, eu vi meu filho mudar e não pude fazer nada. Até que – ela olhou pra mim e sorriu lindamente mostrando sua fileira de dentes impecavelmente brancos – Até que você apareceu.
- Há dois meses! – disse entendendo tudo.
- Isso! – ela sorriu – Ele foi pra Nova Iorque pra ficar uma semana, mas quando essa semana passou, ele disse que tinha encontrado uma garota incrível, que estava perdidamente apaixonado e que tinha mudado. Eu fiquei feliz por ele, apesar de sentir falta. Mas os pais já criam seus filhos sabendo que um dia ele vai nos deixar.
Como ele pode ter sido tão estúpido? Essa garota nem existia e ele simplesmente inventou isso pra mãe dele. Essa garota ainda não existe e eu estou aqui mentindo para uma pessoa tão incrível como a Pattie. O que ele estava fazendo no Canadá? Por que o pai dele me disse que não tinha equipamentos nenhum pra receber? Por que as palavras dele são tão convincentes apesar de não fazerem o menor sentido? Por que todos aqueles homens tatuados colocando aquelas pilhas de “equipamentos” dentro do avião? Por que no meio do mato? Por que a Polícia não podia saber? E por que diabos ele manda nesse lugar? Por que a boate tem o sobrenome do Trevor? Acho que algumas coisas estão começando a fazer sentindo pra mim. E eu não estou gostando nenhum pouco disso.
- Mas agora está tudo bem, ele encontrou você, acho que as coisas vão ficar bem por agora!
- Eu tenho certeza que sim! – disse me certificando de não transparecer o sacarsmo de minhas palavras.
- Comprei quase a padaria inteira! – Justin chegou todo sorridente com um monte de sacolas na mão. Eu podia até sentir o cheiro dos doces e salgados que estavam lá dentro.
Só que eu tinha perdido a fome.
Sentia-me uma idiota que tinha se metido em encrenca.
- Sabe, eu estou com sono, nós chegamos tarde ontem por que fomos ver o pôr do sol naquela praça linda e romântica que você me mostrou não é mesmo? – sorri cinicamente pra ele que ficou sem entender uma palavra – Depois eu como, na verdade nem estou com fome.
- Jessie espera! – ele se virou para mim, mas eu corri as escadas tão rápido que nem podia mais ouvir suas palavras.
Tranquei a porta do quarto e suspirei fundo.  Após tomar um pouco de ar corri para as gavetas do guarda-roupa de Justin. Eu tinha que encontrar alguma coisa ali, eu tinha que entender o verdadeiro motivo de ele estar em Nova Iorque. Não levei mais que alguns minutos até encontrar o que eu certamente não estava esperando. Uma arma no meio de suas cuecas. Drogas? Tudo bem. Agora armas? Eu não sabia qual tipo, aliás, não entendo nada sobre isso. Mas sim, era uma arma e estava na gaveta dele. Aonde foi que eu me meti?
Estremeci todas as bases quando ele girou a maçaneta da porta que estava trancada. Graças a Deus estava trancada. Mas eu não ia fugir. Aquilo seria tolice. Eu não tenho medo dele. Não tenho medo de nada. Abri a porta para que ele entrasse e então ele olhou para a pilha de roupas no chão e em seguida para a arma em minhas mãos. Fechou os olhos com força amaldiçoando aquele momento e eu fiquei ali parada sem saber o que dizer.
- Senta! – disse baixo apontando para a cama.
- Eu não quero sentar porra nenhuma Justin!
- Jessie essa arma não é minha, é de um amigo meu, ele me pediu pra guardá-la aqui, o que tem demais nisso?
- MENTIROSO! DESGRAÇADO! – fui pra cima dele começando a socar seu peitoral com todas as forças que eu não tinha.
- Você é louca ou o que? – ele segurou meus braços com força me impedindo de agredi-lo de novo.
- EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊ NÃO QUER ME CONHECER BIEBER! – cuspi furiosa tentando me soltar dele.
- Jessie se controla! – ele me sacudiu me forçando a olhar pra ele – Por que você está fazendo essa cena?
- Justin primeiro foi os equipamentos, depois o nome da boate que nós fomos. Agorinha sua mãe me contou sobre você vender drogas e mentir que tinha uma namorada em Nova Iorque, agora eu encontro uma arma na sua gaveta. O que mais me falta descobrir? Você agride mulheres também?
- Damn! – grunhiu – Você é insuportável.
- Você acha? – dei de ombros sorrindo fraco.
- Não interessa quem eu sou. Você concordou em vir comigo, eu estou cumprindo com o nosso trato então tudo que você tem que fazer é calar a boca e ficar na sua!
- É ai que você se engana Bieber! Você nunca me disse sobre estar metido com o Trevor, nunca me disse sobre drogas e muito menos sobre armas. Eu sei que aquelas coisas no avião eram drogas. Você é um traficante! Você é um Gangster!
- E o que isso muda pra você? Se eu quisesse te fazer mal já teria feito.
- Por que você é muito esperto não é? – ri sem humor – Eu não sei onde estava com a cabeça quando vim parar aqui. Droga Jessie, por que você nunca escuta as pessoas que te amam? – peguei minha mala no chão e comecei a colocar as roupas sujas lá dentro.
- O que você está fazendo? – ele segurou meu braço com força.
- Tira a porra das suas mãos de mim! – gritei empurrando ele.
- Você acha que pode fazer isso? Você não sabe com quem está se metendo garota!
- Ah, acredite, eu sei exatamente com quem estou me metendo! – procurei pela minha bota em baixo da cama.
- Você não vai passar por aquela porta! – disse sério.
- Tente me impedir! – encontrei a bota e coloquei dentro da mala que eu fechei logo em seguida.
- Não duvide disso!
- Aposto que sua mãe vai me deixar sair depois que eu começar a gritar que o filho dela é o maior babaca de todos os tempos!
- Você não faria isso!
- Não me subestime – disse sarcasticamente e ele riu – Ah meu Deus, você é pior do que eu pensava!
- Bem pior! – disse colocando minha mala no banheiro e trancando a porta.
- O que você está fazendo imbecil?
- Jessie senta na cama! – cruzei os braços negando com a cabeça – AGORA! – ele grunhiu perdendo a paciência.
- Diga senhor rei do pedaço! – bufei e me sentei na cama.
- Eu preciso de você.
- Ah não diga! – ri debochada – Achei não precisava de ninguém além de si mesmo.
- É sério tá? Você não entende Jessie.
- Vai por mim, eu entendo melhor do que nunca!
- Para de ser irônica! – disse irritado – Me escuta porra!
- Nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia.
- Ontem não foi legal? Você mesmo disse que foi o melhor dia da sua vida.
- Nada do que eu disse antes de saber a verdade vale alguma coisa.
- Jessie você não percebe? – ele fez uma cara de sofrido e agachou-se de frente pra mim pousando suas mãos em meus joelhos desnudos – Nós somos perfeitos juntos.
Ri sem humor.
- Tem noção do que acabou de dizer?
- Sim e isso faz todo sentido pra mim. Tá legal, talvez eu esteja exagerando, mas porra eu não sou a pior pessoa do mundo.
- Você engana. Você mente.
- Você é perfeita? Eu acho que não, então você não pode me julgar. Você não sabe o que eu passei, não sabe de nada.
- Então me faça entender Justin. Por que mesmo eu não sendo perfeita eu não saio por ai enganando os próprios pais e vendendo drogas para um Gangster, o pior de todos, diga-se de passagem. – ele riu.
- É você mesmo que está me falando sobre enganar os pais? Jessie você está em outro país com um cara que você conhece há três dias. Quer mesmo falar sobre enganar?
- Acho que já posso ir embora não é! – me levantei, mas ele me empurrou de volta me fazendo revirar os olhos de raiva.
- O Lil trabalha pra ele há dois anos. Ano passado ele conseguiu me convencer a entrar pra Gangue, eu juro que tentei fugir, mas era tentador demais, você sabe grana fácil e tudo o mais.
- Justin você tem tudo que você precisa. Olha só pra essa casa.
- E como você acha que o meu pai conseguiu comprar ela?
- O que? – arregalei os olhos.
- Meu pai era o Gangster mais temido antes do Trevor. Já ouviu falar do “Fear”?
É claro que sim, todos estremeciam só de ouvir o nome dele há alguns anos atrás. Eu ainda era muito nova, mas me lembro exatamente de como as pessoas o temiam.
- Ele era seu pai? – gaguejei.
- Sim. Só que ele não usava seu nome verdadeiro. Ele se arrependeu da vida que levava, das coisas ruins que fez, ele se tornou um homem digno, parou com aquelas coisas e usou o dinheiro que tinha pra montar essa empresa. Agora ele tem dois filhos, uma mulher bacana e uma vida perfeita. Eu acho isso um saco, por que se ele era daquele jeito ele devia ser assim sempre.
- Você não faz ideia do que está dizendo Justin!
- Algum problema Jessica, em eu querer ser um Gangster também?
- Eu vou fingir que não estou ouvindo isso.
- Eu quero tomar o lugar do Trevor. Eu quero ser o dono de tudo que pertence a ele, eu preciso estar no comando, eu quero viver tudo o que o meu pai viveu, e no fim se não valer a pena eu posso simplesmente esquecer isso e se tornar um pai de família babaca.
- Você quer tomar o lugar do Trevor Justin? – perguntei num tom debochado – Pelo amor de Deus anjinho, acorda pra vida! Você tem moral por essas bandas? Tudo bem, isso é legal. Mas acontece que quando você e o Trevor estão na mesma equação é ele quem sai ganhando. Sempre vai ser ele.
- Eu vou conseguir Jessie! – disse convicto de suas palavras – Ele tinha um homem que ele confiava muito, ele morreu. E agora ele procura por outra pessoa de confiança, ele chamou esses dias e disse que se eu conseguisse um milhão de dólares eu seria essa pessoa.
Balancei a cabeça e fechei os olhos sem acreditar no que ouvia.
- Meu pai é a única pessoa que poderia me dar todo esse dinheiro. Como eu disse que tinha uma namorada em Nova Iorque eu precisava de alguém pra trazer. Se eu dissesse que terminamos então eles teriam um motivo pra pensar que eu ainda sou o mesmo irresponsável. Mas com você, tudo muda, eles confiam em mim de novo. Eu não vejo minha mãe sorrindo assim a anos, e eu tenho certeza que quando eu disser para o meu pai que o seu pai é o dono da Apple, que sua mãe é uma conceituada estilista e que eles vão assinar um contrato comigo em Nova Iorque ele vai me dar o dinheiro. – sorri desacreditada.
- Então esse é o seu grande plano?
- Sim Jessie, é o meu plano! – ele segurou meu rosto com as mãos, seus olhos cor de mel me encaravam perdidos – E sem você ele não vai dar certo.
- Eu não posso fazer isso Justin.
- Você não vai estar no meio. Eu só preciso que você finja, eu vou dar o que você quer. As duas melhores semanas da sua vida. E depois vou te levar de volta, você vai ter sua vida de volta e vai ser como se eu nunca tivesse existido.
Eu não quero que seja como se você nunca tivesse existido.
- Tudo bem Justin! – suspirei desviando o olhar e limpando uma mísera lágrima no canto do olho – Eu vou fazer o que você disser.
- É disso que o povo gosta! – ele sorriu me abraçando forte e apesar de querer matar aquele animal eu retribui o abraço.
As pessoas sempre me disseram que eu não tenho um pingo de juízo.
Agora eu entendia por que.
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CONTINUA *-* falem comigo (aqui) amo vcs >3

domingo, 28 de abril de 2013

Gangster Love - Capítulo 6 - Up All Night

"Vamos ficar loucos, loucos, loucos até vermos o sol.  Sei que acabamos de nos conhecer mas vamos fingir que é amor e nunca, nunca , nunca parar por ninguém. Está noite vamos entrar em ação e viver enquanto somos jovens"

Trailer da fanfic (aqui)
Leia esse capítulo no anime (aqui)

Jessica P.O.V
Honestamente? Eu sabia que ele tinha grana e tudo o mais. Agora uma mansão daquelas? Meu queixo realmente caiu. Era enorme, cada detalhe delicadamente bem planejado. Aos poucos eu percebia que existiam várias coisas sobre Justin que sempre seriam um mistério pra mim. A princípio achei que ele fosse um americano bad boy instalado no Brooklyn. Mas de repente ele me pareceu bem mais atraente do que qualquer um deles. Um dos segurança parados na entrada apertaram o botão de um controle remoto que fez com que o enorme portão de grades se abrisse. Uma pequena estrada de asfalto que daria a garagem e ao redor um jardim verde se estendia até o final do lote que era definitivamente maior do que o da minha casa. Justin parou o carro em uma das vagas que restavam, haviam outros três carros ali, me lembrei de quando ele me disse que tinha uns cinco carros. Esse garoto é cheio de surpresas. Ele desceu do carro e eu fiquei atônita por alguns segundos. Então eu deveria descer e conhecer a família dele? Fingir que eu sou a namorada dele por um motivo que eu ainda desconheço? Poderia ser errado. Mas era um preço que eu estava destinada a pagar em troca de diversão. De muita diversão.
- Sua casa é linda! – comentei enquanto ele tirava minha mala do bagageiro.
- Eu sei! – ele olhou pra mim e sorriu antes que eu o chamasse de idiota – Vem comigo “namorada”.
Ele pegou minha mão e saiu arrastando a mala com a outra. Eu tinha perguntado por que ele não tinha trazido roupas. Mas se ele está vindo pra casa dele é óbvio que ele tem roupas aqui. Porém se ele deixou roupas lá é por que ele tem planos de retornar aos Estados Unidos. Isso por algum motivo me deixou feliz, eu sei lá. Simplesmente gostei disso. Senti o calor de sua pele se afastar fazendo minha mão gelar. Assim que ele viu uma mulher incrivelmente linda e jovem ele soltou tudo que havia em suas mãos e correu para abraça-la. Ela fez o mesmo, estava quase chorando de tanta felicidade ao ver o garoto.
- FILHO! – ela gritou – Oh céus, como eu senti a sua falta!
Filho? Eu achei que ela fosse irmã dele. Ela é tipo muito muito muito jovem. E linda. Agora está realmente explicado toda a beleza desse menino. Sua mãe parece uma princesa, ela é mais baixa que eu, se é que isso é possível. Seus dentes são perfeitos, seu cabelo, seu corpo e até a sua voz é doce. Entendo até por que o padeiro se apaixonou por ela. Whatever.
- Mãe essa é Jessica, é a minha namorada! – ele disse ao conseguir se desfazer daquele abraço que o esmagava – Ela é de Nova Iorque.
- Jessica! – a mulher sorriu vindo me abraçar – Então era você que prendia o meu garoto em Nova Iorque? – ela me apertou forte, será que os Canadenses tem essa mania de abraço de urso? – Nada fazia esse garoto voltar pra cá.
- Pois é mãe, até que em fim consegui trazer ela comigo.
- Exatamente! – disse baixo – Eu estou com duas semanas de Férias.
- Spring Break! – ela ficou entre Justin e eu abraçando nós dois – Você é a garota mais linda que Justin já trouxe aqui em casa.
- Nossa! – falei surpresa – Obrigada!
- Eu já arrumei o quarto de vocês!
- Valeu mãe! – Justin começou a puxar a minha mala escada a cima.
- Foi um prazer conhecer a Senhora, quer dizer, nem sei se consigo te chamar de Senhora, eu acho que...
- Me chame de Pattie honey!
- Pattie! – repeti – Você é... encantadora!
Dei as costas e num suspiro subi as escadas. Uma das várias portas do corredor estavam abertas, caminhei até lá e Deus do céu. Justin já estava praticamente pelado jogando um monte de roupas de uma gaveta no chão procurando por algo pra vestir.
- Preciso fazer compras, essas roupas já estão fora de moda! – reclamou.
- Você parece o Bob falando! – dei risada e ele me olhou furioso.
- Cala a boca! – se levantou – Não me compare com aquela bichinha!
- Aquela “bichinha” é meu melhor amigo.
- Foda-se! – ele deu de ombros e começou a tirar sua cueca.
- JUSTIN! – gritei tapando os olhos.
- Que foi? – ele riu – Namorados podem ver o outro pelado não pode? Aliás você poderia vir tomar banho comigo!
- Idiota! – coloquei minhas mãos em suas costas e comecei a empurra-lo para o banheiro. Abri os olhos por um breve segundo e tive a bela visão de sua bunda branca e carnuda antes de fechar a porta.
O mais difícil dessas férias vai ser resistir a esse garoto. Espera, eu tenho mesmo que resistir a ele? Seria mais interessante podermos fazer “sexo” sem compromisso, apenas por diversão. Ele é um gato, ia ser tipo um vulcão em erupção, eu posso até imaginar. Mas calma. Ele provavelmente já me acha uma louca por atravessar o oceano com um cara que eu mal conheço. Se eu fizer isso ele vai ter certeza que eu sou uma vadia descontrolada e sem escrúpulos. Eu mesma estou pensando isso de mim ultimamente. Por que eu devo me preocupar em transar com ele se eu posso transar com o resto dos caras de Toronto? Exatamente. Não existe um porquê.
Aproveitei que ele estava no banho e peguei meu celular. Me joguei na cama e procurei o número da Duda na agenda. Precisava contar as novidades, claro.
- VADIA! – ela gritou ao atender.
- Oi pra você também!
- Me diz que você não pegou aquele avião! – pediu diminuindo o tom de voz.
- O Canadá é incrível!
BITCH! – ela voltou a gritar – Seu irmão acabou de me ligar sabia?
- O que ele queria?
- Adivinha! – ela bufou.
- Minha mãe também te ligou?
- Sim.
- E o que ela disse?
- Ela só queria me mostrar a nova coleção da Calvin Klein.
- O que?
- Isso mesmo Jessie, sua mãe não está nem ai pra você.
- Impossível! – disse entre dentes.
- Você achou que eles iam se importar pra sempre?
- Eu sou a filha deles! – grunhi.
- Você não pensou nisso quando saiu com um desconhecido.
- Eu só estou cansada daquela casa. Vai me dar lição de moral agora? Achei que estava falando com a Duda e não com a Victoria.
- Na verdade... – ela fez silêncio – Eu só estava pensando que você é uma vagabunda por ter me deixado fora dessa!
Gargalhei.
- Da próxima você está dentro.
- Ele tem amigos gostosos?
- Olha, tem um que eu conheci hoje, o Chaz! Amiga do céu, ele é uma tentação!
Oh my god, eu preciso conhecer esses canadenses!
- E eu vou ter que desligar, o Biebs já tomou banho.
- Biebs? – perguntou confusa.
- É o apelido do meu “namoradinho” – ela riu alto – Qualquer coisa sobre os meus pais você me avisa, diz pro Kevin que eu odeio ele.
Desliguei o celular antes de ela responder, isso era pra me vingar das outras  vezes que ela desligou na minha cara. Ouvi a porta do banheiro ser aberta. Justin saiu de lá com uma toalha branca presa a sua cintura. Seu cabelo estava molhado assim como seu tórax. E só pra completar o meu momento de ovários explodindo ele fez questão de balançar a cabeça fazendo com que algumas gostas caíssem em cima de mim.
- Nós vamos sair.
- Ainda bem! – gaguejei desviando os olhos daquele corpo.
- Mas se você quiser ainda temos tempo pra... – ele se aproximou de mim com aqueles braços fortes.
- Eu vou tomar banho, tchau! – atropelei as palavras e sai correndo para o banheiro antes que eu perdesse o controle da situação. Ouvi a risada dele e me senti a pessoa mais idiota do mundo. Agora ele sabe o quanto ele é irresistível pra mim. Isso não é nada bom.
~*~
- Então, você acha que eu estou bonita? – perguntei colocando as mãos na cintura enquanto olhava atentamente para o espelho a minha frente.
Um vestido cinza tomara que caia, uma bota preta acima do joelho e uma jaqueta preta com mangas brancas. Um colar enorme e cinza com detalhes pretos para completar o look. O motivo de eu estar tão coberta é que eu nunca pensei que pudesse existir um lugar mais frio que Nova Iorque. Eu quase não sentia o meu corpo, era como se tudo estivesse congelado. Justin estava com calças pretas largas, uma blusa preta e uma corrente de ouro. Um óculos preto em seus olhos. Ele se aproximou de onde eu estava e suas mãos envolveram minha cintura. Senti seus lábios no meu pescoço, seu nariz roçando o mesmo local, aquilo me dava arrepios.
- Você está exageradamente gostosa! – murmurou mordendo o lóbulo da minha orelha – Eu tenho que fazer uma ligação mas eu já vou descer! – ele deu um tapa na minha bunda e se afastou.
Respirei fundo e em seguida soltei o ar. Justin já estava conversando com alguém quando eu sai do quarto e fechei a porta. As paredes do corredor enorme eram revestidas de azulejos brancos. Tudo que é branco pode deixar um lugar mais sofisticado, isso é incrível. Assim que coloquei os pés na escada avistei um homem parado no fim dela escorado no corrimão. Ele tinha cara de mau e várias tatuagens espalhadas por seus braços, assim como Justin. Não era difícil chegar a conclusão de que era o pai dele. Estava com uma blusa branca, capuz azul e calça Jeans. O que mais me chamou a atenção foi sua barba que era apenas uma covinha no queixo. Pensei em voltar para o quarto mas ele já tinha me visto e isso seria má educação da minha parte. Parei apenas dois degraus de onde ele estava e ele esfregou os olhos em forma de irritação.
- Você é o pai do Justin, não é? – sorri mostrando os dentes.
- Sim! – disse grosseiro.
- Huh, você gostou dos equipamentos que o Justin trouxe? – perguntei tentando parecer simpática. Não queria que o meu “sogrinho” me odiasse de primeira.
- Que equipamentos? – perguntou confuso arqueando uma das sobrancelhas.
- Pai! – Justin gritou começando as descer as escadas correndo.
- Ai está você! – ele sorriu pela primeira vez desde que o vi.
- Eu estava louco pra ver o senhor! – Justin abraçou o homem com imensa força, ele era de longe a pessoa mais feliz daquela sala de estar.
- E por que não foi lá em casa ainda?
- Nós acabamos de chegar! – explicou – Essa é a Jessica, a minha namorada.
- Namorada? – ele demonstrou surpresa.
- Sim pai! – Justin me puxou para ele e beijou minha testa. Ele atua muito bem.
- Bom, sendo assim, prazer em conhecê-la! – ele estendeu a mão para mim e eu a apertei forte com um sorriso maroto nos lábios.
Logo deduzi que quando eu desci as escadas ele deve ter pensado que eu era apenas mais uma das vadias que o Justin come. Pela surpresa com que todos ficam quando ele me apresenta como namorada ele deve ser o maior galinha de todos os tempos. E eu não duvido disso, faz bem o tipo dele. Além do mais todas elas devem implorar para ser dele nem que seja só por uma noite. Por mais idiota, misterioso e mentiroso que ele seja tenho que admitir. Ele é um Deus grego. Ele é a perfeição em pessoa. Feito na medida certa. Talvez ele não tenha caráter mas se formos colocar somente a beleza na mesa ele ganha todas. A verdade é que eu nunca vi nenhum cara mais bonito que ele.
- A gente vai sair agora, vou levar ela em um restaurante, mas prometo que amanhã passo na sua casa, estou morrendo de saudade das crianças! – era incrível a habilidade que Justin tinha para mentir. Bom, pelo menos eu espero que não estejamos indo para um restaurante.
- Eu vou estar na empresa. De manhã não posso falar com você, vou estar cheio de trabalho pra fazer. Ás duas tenho uma reunião então vou ter tempo entre ás três e meia e as cinco, certo?
- Tinha esquecido que preciso marcar horário pra falar com meu pai! – Justin sorriu amargo e se direcionou a porta da sala. Acenei para Jeremy antes de seguir Justin e ele deu um tchau com a mão.
Justin apenas me disse que íamos para uma balada e desde então não conversamos sobre mais nada. Ele estava estranho, a conversa com seu pai o deixou visivelmente abalado. Será que eles não costumam conversar muito? Isso explicaria muitas coisas. A cada segundo que se passa eu descubro e conheço um pouco mais sobre o garoto com quem eu estou vivendo as últimas 48 horas da minha vida. Ele parou o carro em uma boate cujo o nome era “Maddox Fire” escrito de vermelho e rodeado de luzes ofuscantes. Tentei ignorar o fato de que ela tinha o sobrenome do Gangster mais temido de todos os tempos mas ficava meio impossível quando se lembrava dos noticiários da TV, de todas as coisas ruins que ele faz todos os dias, de todas as vidas que ele já destruiu.
Quando descemos do carro Justin pareceu se esquecer do aborrecimento de alguns minutos atrás. Ele segurou minha mão, eu não queria pirar  e nem me achar a última coca-cola do deserto mas veja bem, eu tinha acabado de sair de uma Ferrari 158 Itália Branca com um puta de um gostoso, todas as pessoas ao nosso redor nos olhavam e sussurravam uns pros outros. Parece que cada uma daquelas pessoas queriam saber quem era a nova garota do Bieber. Sim, estava mais que claro que ele era o centro das atenções daquele lugar. Algumas garotas vestidas como prostitutas mastigavam seus chicletes de forma vulgar encarando Justin com um desejo fulminante de senti-lo dentro delas. Eu queria me acostumar com aquilo, com aquele ambiente, aquele tipo de pessoa, é tudo o que eu sempre quis.  Justin apenas riu do alvoroço que estava causando e segurou mais firme na minha mão enquanto caminhávamos para dentro da boate.
Ele já começava a se divertir. Eu percebi que a noite já tinha começado pra ele. A partir do momento em que ele saiu do carro. Então eu tinha que fazer o mesmo, certo? Sorri vitoriosa para as pessoas ao meu redor mostrando quem eu era e que eu tinha vindo pra ficar. Lá dentro tinha todo tipo de coisa. Não era muito diferente daquela balada no Brooklyn. Mas ali a concentração de drogas era bem maior e tinha mais adolescentes ainda. Eu poderia contar nos dedos os que tinham mais de vinte anos. E já tinha perdido as contas de quantas bundas Justin apertou até chegarmos ao mini bar. Posso afirmar com toda certeza de que todas as garotas daquele lugar se insinuaram pra ele. Elas pareciam que iam explodir de felicidade por ele estar de volta. Isso chegava a ser irritante.
- Billy! – ele chamou o barman – Eu quero que você sirva qualquer coisa que ela pedir, tudo bem? Qualquer coisa.
- Já é! – o garoto de cabelos escuros sorriu malicioso pra mim.
- Se liga doido! Essa ai não é pro teu bico não! – Justin o repreendeu com o olhar e eu sorri com aquilo. Então ele se virou pra mim – Vou resolver umas paradas.
- Em uma balada? – perguntei confusa. Mas é claro que estava indo comer umas vadias.
- É Jessie, numa balada! – ele bufou – A noite é sua gata, aproveita.
Se ele ia foder a noite inteira eu ia aproveitar também não é? Assim que ele deu as costas eu pedi uma dose de tequila. Fui tomando, tomando e tomando até perder as contas de quantas já tinha bebido. O barman é um amor de pessoa e com certeza tem uns braços enormes. Ele me divertia contando algumas coisas engraçados enquanto não estava atendendo ninguém. Mas era como se eu fosse apenas mais uma das garotas que ele estava acostumado a ver enchendo a cara e dizendo coisas idiotas e sem nexo. Mas era isso que eu queria não era? Ter uma vida diferente pelo menos por duas semanas. Ser rebelde, ser aquele tipo de garota que vai fazer todas as insanidades possíveis. Durante um gole e outro vários caras se aproximaram de mim com cantadas piores do que as do Justin. Mas por enquanto eu só queria ficar ali e curtir aquela tequila que aliás era uma das melhores. Acho que tinha se passado uma hora até que senti alguém segurar forte em meu ombro. Ao me virar vi Justin acompanhado de Chaz e um outro garoto que eu não pude reconhecer.
- Já está bêbada Jessie? Oh, como você é rápida! – ele riu no meu ouvido segurando minha cintura para que eu levantasse daquela cadeira grande sem apoio nas costas.
- Não tão rápido! – me escorei em seu peitoral.
- Ryan essa é a Miss Drunker! – ele disse me fazendo rir  - Mais conhecida como Jessie Barbie Girl!
- Que delicia Bieber! – o garoto mordeu os lábios – Bem que você disse que essa era a mais gostosa Chaz!
- Você disse isso? – Justin riu enquanto Ryan beijava minha bochecha. Ele estava com um perfume muito cheiroso, me arrepiei ao senti-lo tão próximo a mim. Vamos combinar aqueles três eram uns gostosos. Ryan é forte, tem cabelo castanho claro, usa brinco e tem os lábios carnudos. Chaz tem hair flip, uma fileira de dentes brancos impecáveis e apesar de ser um magrelo e ter um rosto de bebê é extremamente sexy. Justin... bom, acho que não preciso nem descrever esse garoto.
- Eu disse! – Chaz afirmou pegando o copo que antes estava em minhas mãos.
- E não estava mentindo! – Ryan finalmente se afastou.
- Obrigada meninos! – disse baixo.
- Quer dançar? – Chaz sugeriu apontando para a pista de dança com dezenas de pessoas dançando ao som de uma música eletrônica eletrizante.
- Agora! – me afastei de Justin pegando na mão do garoto.
Ryan também foi dançar. Aqueles garotos eram uns palhaços, de verdade, uma figura daquelas. O mais legal é que a Leticia Bitch não tinha aparecido por ali, ou se tinha estava fora do alcance dos meus olhos. Graças a Deus. Peguei ódio por aquela garota desde o instante em que a vi. Ela é muito chata, muito enjoada, muito intrometida e irritante. Além de palhaços eles me encheram de bebidas. Eu misturei vodca com tequila, com whisky... não deu muito certo. Aos poucos isso foi dando efeito. E o resultado? Eu estava dançando como uma louca. Eles divertiam com o meu estado de compulsão dançante. Todos as partes do meu corpo requebravam ao som da música, ou talvez um pouco mais exagerado. Eu me sentia em êxtase. Aquela era uma das noites das quais eu não ia esquecer.
A sensação de liberdade.
O calor no meu corpo, aqueles gostosos me encaixando entre eles enquanto descíamos até o chão e subíamos novamente. Eu não sei, só que parecia o lugar perfeito, parecia o mundo em que eu sempre viver e conhecer. E sei lá, talvez fosse me arrepender disso mais tarde, mas por enquanto ter saído de Nova Iorque nunca me pareceu mais conveniente.  Eu tinha ficado tão louca, tão pirada que já não conseguia mais me manter de pé. E só pra completar os dois garotos também tinham enchido a cara. Três pessoas de porre não era uma combinação muito inteligente. Ainda assim eles estavam bem mais sóbrios do que eu, mais acostumados com o efeito do Álcool, digamos assim. Eu estava prestes a subir no palco onde o DJ tocava as músicas e onde também algumas vadias rebolavam e faziam Strip quando o “meu” garoto dos olhos cor de mel me segurou impedindo-me de fazer tal ato.
-  Já chega mocinha, você já aprontou demais por hoje! – ele riu do estado em que eu me encontrava. Podia até imaginar como.
- Qual é Bieber! – Ryan reclamou – Deixa ela fazer uma festinha pra gente!
- Desculpa bro mas ela não é como essas garotas! – se eu estivesse sóbria teria ficado chocada com aquelas palavras, mas naquele momento eu apenas ri – Se ela for fazer strip pra alguém vai ser exclusivamente pra mim.
- Por que você sempre fica com a melhor parte? - Chaz estava indignado.
Por que eu sou Justin Bieber! – ele disse me pegando no colo e passando por entre as inúmeras pessoas procurando pela saída.
Acho que ele convenceria qualquer pessoa com essa resposta. Senti ele me soltar no banco de trás do carro e em seguida sentar no banco da frente. Logo o carro já estava em movimento. Senti meu estômago se revirar. Apoiei minhas mãos abaixo dos meus seios e adormeci. Quando chegamos a enorme mansão ele desceu do carro e abriu a porta de trás me pegando novamente no colo. Eu abri os olhos e senti uma pontada na cabeça, era como se ela pesasse duzentos quilos ou mais. Aquilo era horrível. Eu só estava rezando para que Pattie não estivesse acordada, caso contrário meu filme estaria queimado para sempre com os meus “sogros”.  Ele me colocou deitada na cama e tirou as minhas botas. Sua pele fria em contato com a minha era arrepiante. Mas o pior aconteceu naquele momento. Meu estômago se revirou novamente e eu estava prestes a vomitar. Com o resto das minhas forças me levantei da cama e corri para o banheiro. Vomitei todas as garrafas de tequila, eu tenho certeza. Justin segurava meu cabelo pra trás para que ele não caísse no vaso. Aposto que ele estava fazendo uma careta daquelas e tapando o nariz. O cheiro não era dos melhores. Eu me senti a pessoa mais carente do mundo. Quando percebi que não ia vomitar mais, fiz algo por impulso. Abracei Justin com a força que aprendi com os canadenses e enterrei minha cabeça em seu peitoral. Ele foi pego totalmente de surpresa mas depois de alguns segundos de confusão retribuiu o abraço percebendo que a Jessie babaca estava de volta.
Você é lindo! – eu disse e fechei os olhos.
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A partir de agora a história começa pra mim. Haha é que os primeiros capítulos são chatos por que eu tenho que introduzir a história pras coisas fazerem sentindo entende? haha Mas em fim, obrigada por TUDO, vocês são incríveis! Eu já tenho UM MONTE de capítulos prontos. Estarei postando sempre que der os comentários, depende de vocês haha eu amo vocês. Falem comigo (aqui) beijos.