Protected in Paradise - Capítulo 36 - Hey Twins

Mas eu amo, é o que importa. Amo demais. Sem discursos, sem frase de efeito, sem irresponsabilidades. Eu sei porque se não fosse tão forte eu não ficaria sem palavras.

Candi P.O.V - Para ler esse capítulo no anime clique (aqui)

Três meses depois.

- MERDA! – resmunguei chateada quando o pote de sorvete acabou, me diz, por que eles duram tão pouco? Não tinha nem meia hora que eu tinha começado a tomar e já tinha acabado, isso é um absurdo.

Eu já estava pronta esperando o Justin vir me buscar para a gente ir no consultório do Dr. Andrew fazer o ultrassom. Acontece que ele estava demorando demais e eu estava morrendo de fome por que eu não consigo parar de comer um segundo se quer, isso definitivamente não é normal. Eu estou tão chata e impaciente esses dias que sério, eu seria capaz de matar o primeiro que aparecesse na minha frente. Erguer o braço por cima do balcão para pegar o meu celular foi quase como travar a terceira Guerra Mundial.

É, eu também estou bem preguiçosa.

Disquei o número do Justin enquanto lambia o resto do sorvete que tinha ficado no pote. Eu sei que isso é totalmente anti higiênico porém isso é ser Candice, certo? Certo. O retardado anda tão preocupado comigo que atendeu no primeiro toque, parecia até que o celular dele estava nas mãos e ele estava vidrado na tela esperando que eu ligasse desesperada ou algo assim. Ele é tão protetor que ás vezes eu até me assusto. Ele é perfeito demais pra mim, isso é fato.

- Alô? Amor tá tudo bem com você? E o nosso bebê? O que aconteceu? – sua voz soou apressada demais.

- Calma amor, eu tô bem, quer dizer,mais ou menos né, o sorvete acabou! – ele riu.

- Deixa eu adivinhar,você quer que eu compre e leve pra você?

- Olha você deveria virar vidente, ia ganhar uma grana boa! – me levantei com cuidado do balcão, eu me sentia uma obesa. – Traz de abacaxi e de banana, por favor amorzinho!

- Eu já estava chegando ai mas tudo bem! Eu passo na sorveteria.

- E traz um pacote de amendoim também?

- O mercado tá longe gorda.

- Poxa, você não quer que o seu filho nasça com cara de amendoim, quer? – fiz uma vozinha manhosa.

- Você é uma espertinha! – nós rimos – Eu tô dirigindo, depois nos falamos, já já chego em casa tá, eu te amo, é eu te amo muito, se cuida.

Fiquei sorrindo feito uma boba quando ele desligou, tanto é que nem tive tempo de ficar emburrada por ele ter feito isso. Caminhei até o sofá onde estava a minha bolsa cheia de guloseimas e então a Emma saiu do quarto dela com uma cara de sono daquelas. Ela estava só com uma blusa que batia nas suas coxas, eu sempre quis pegar essa blusa dela por que ela é simplesmente perfeita, é amarela e é do Bob Sponja.

- Ah meu Deus Candi, você não para de comer! – ela riu assim que eu abri uma barra de chocolate – Que horas são?

- Ainda são dez horas, eu acho.

- E a consulta?

- Justin está a caminho! – falei mastigando.

- Não conta pra ele que eu acordei agora, ele me deixou ficar sem trabalhar pra cuidar de você e olha só o que eu faço!

- Depois eu que sou preguiçosa!

- Mas vem cá, me dá uma barra ai vai! – ela se jogou ao meu lado do sofá e eu coloquei a bolsa na mão dela dando risada.

- Eu me sinto a pessoa mais gorda do mundo! – reclamei.

- É assim mesmo, depois piora! – ela pegou um sonho de valsa – Sabe Candi, eu estava conversando com a Spencer e...

- Spencer? – arregalei os olhos.

- Sim, em fim, nós achamos que a sua barriga está muito grande.

- Não diga! – disse irônica – Descobriram isso sozinha?

- É sério, eu quero dizer, você só está com cinco meses e sua barriga está tão grande que parece que você está de dez!

- Vai se lascar! – resmunguei tacando a almofada nela – Isso é completamente normal sabia?

- Não sabia não! – ela riu – Quando eu estava grávida minha barriga era pequenininha, quase não existia.

- Isso é por que você não se alimentava bem, aposto que você quase passava fome.

- É óbvio que não, é sério Candi, eu comia tanto ou mais que você, é muito estranho sua barriga estar desse tamanho, sério.

- Hoje eu vou fazer o ultrassom, e vai dar pra ver o bebê, da última vez nós só vimos um risco e o Justin ainda ficou zoando, dessa vez vai dar certo, vamos até saber se é homem ou mulher.

- Tomara que seja homem, se não o Justin vai pirar! – eu ri.

- Eu quero que seja homem então! – mordi a língua – Quero ver ele pirar!

Emma gargalhou e tacou a almofada em mim.

- É né sua safada!

Estava pronta para protestar quando o meu gostoso adentrou a sala com as mãos cobertas de sacolas, eu acho que ele tinha comprado pelo menos uns seis potes de sorvete e um monte de amendoins, e jujubas e trufas de chocolate. Me levantei do sofá e em um salto pulei no pescoço dele, ele quase deixou as coisas caírem com o susto. Será que ele nunca vai se acostumar comigo em cima dele? Se é que vocês me entendem.

- Como está o meu bebê? – ele disse manhoso colocando as sacolas na mesa do centro da sala.

- Eu estou ótima! – falei passando a língua nos lábios vidrada nos potes de sorvete.

- Não estou falando de você! Eu tô falando dessa coisinha linda aqui ó... – ele puxou a minha blusa e acariciou minha barriga, então ele roçou o nariz nela com uma carinha muito fofa, queria ficar com ciúmes, esse bebê ainda nem nasceu e já roubou o meu lugar. QUANTA INJUSTIÇA.

- Ah, é assim então? – fiz bico.

- É assim sim coisa linda! – ele levantou a cabeça e assim que encontrou meus lábios me deu um rápido selinho – Agora vamos logo por que estamos dez minutos atrasados.

- De jeito nenhum, eu quero tomar sorvete, só um zinho amor, por favor! – fiz beicinho abrindo a sacola e pegando o de banana, meu preferido sempre.

- Vai tomando no carro sua obesa, a gente tá atrasado! – ele disse pegando a minha bolsa no sofá ao lado da Emma que se desdobrava de rir.

- VAI SER MENINA LALALA! – ela gritou assim que passamos pela porta e Justin fez cara feia, a cara feia mais linda do mundo.

[...]

- Você não para de comer não? – Justin riu impressionado com a minha gula, em menos de vinte minutos eu já tinha comido quase o pote inteiro.

- Cala a boca! – resmunguei fazendo bico e ele desviou os olhos do volante por uns breves segundos e limpou o sorvete no canto da minha boca.

- Você parece uma criancinha amor! – ele começou a rir – Vai ser lindo uma criança cuidando de outra criança!

- Idiota!

-Você acha que vai ser menina ou menino?

- Eu já disse, é menina.

- Eu acho que é menino! – ele entrou no estacionamento do Consultório – Na verdade eu tenho certeza que é menino!

- Você está enganado Bieber! – ele desligou o carro e olhou para a minha barriga parecendo pensar um pouco – Que foi?

- Sei lá! – ele ergueu a sobrancelha – Só acho meio impossível uma menina ser tão grande quanto a sua barriga!

Ele gargalhou e saiu do carro antes que eu desse uma na cara dele. Idiota. Até pra sair do carro é uma dificuldade. Eu fico imaginando como vai ser os próximos quatro meses, caramba, minha barriga maior que isso? Vai ser horrível. Justin segurou minha mão me ajudando a sair e então travou as portas. Ele estava segurando minha bolsa e aquela cena era sem dúvidas a mais engraçada de todas. Entramos de mãos dadas e a moça que já era familiar sorriu ao nos ver.

- O Doutor já está esperando vocês! – falou apontando para a porta de vidro fumê que ficava bem ao lado da mesa dela.

- Obrigado! – Justin agradeceu e nós andamos em direção a sala do médico.

- Eu estou nervosa! – olhei nos olhos de Justin e ele sorriu pra mim.

- Nervosa por que? Eu vou ficar feliz de todo jeito, você sabe que eu falo isso brincando, se for menina vai ser mais lindo ainda, bom, desde que ela tenha mais juízo que você vai ser ótimo.

- Besta! – gargalhei e dei um tapa no tórax dele.

- Bom tarde né crianças! – o médico nos repreendeu olhando para o relógio de ouro em seu pulso, achei que ele estava bravo mas logo ele abriu um largo sorriso que me deixou mais aliviada – Sentem-se!

- Desculpe a demora, culpa dessa obesa aqui! – Justin se defendeu e nós nos sentamos nas duas cadeiras que tinham na mesa em frente ao médico.

- Mentira! – retruquei indignada – Ele que se atrasou!

- Está tudo bem! Vamos começar a consulta, você está se alimentando bem?

- É uma pergunta ou uma piada? – Justin questionou revirando os olhos como um retardado – Olha o tamanho da pança da garota!

- Eu vou te matar seu idiota! – dei um tapa forte no braço dele e ele só ficou rindo, assim como o médico. Tô sem moral mesmo.

- Eu já analisei alguns exames, está tudo bem com você e com o bebê.

- Acha vai dar pra ver o moleque hoje? – Justin perguntou ansioso.

- O bebê? – indagou o médico – Vai sim, das outras vezes não deu por que estava com pouco tempo de gestação, e por algum motivo esse pestinha sabe se esconder muito bem.

- Então vamos! – Justin levantou da cadeira me puxando – Eu quero ver logo, dessa vez não vai ser só risco não é? Eu quero ver direito. – o médico riu e também se levantou – Por que vamos combinar aquela coisa que você nos mostrou aquele dia é bem estranha.

Tive que mandar o idiota parar de falar besteiras para que pudéssemos finalmente fazer o ultrassom. Eu já tinha feito várias vezes antes mas agora era diferente, agora nós íamos descobrir o sexo do bebê. Das outras vezes foi impossível enxergar, aliás eu não vi nada além de um monte de rabiscos pretos e cinzas se mexendo bem lentamente. Apesar de serem apenas rabiscos Justin eu olhávamos para aquilo como dois retardados. Me lembro de ele quase me matar de susto outro dia. Eu acordei com ele aos berros, daí fui pra sala e ele estava assistindo o DVD do ultrassom que estava em pause. Quando fui reclamar sobre o grito ele me pegou no colo ( e reclamou que eu estava pesada ) e apontou pra tela me dizendo que aquele ponto gigante na tela era o pênis do bebê e estava confirmado que era homem e mais que confirmado que era filho dele. Eu ri tanto aquele dia que nem deu pra matar ele por ter me acordado as três horas da manhã.

Minhas roupas foram substituídas por um vestido azul típicos de hospital. Me deitei na maca e o médico puxou o vestido para cima cobrindo apenas os meus seios. Justin fez uma cara feia e eu me lembrei de quando ele me disse que essa era a parte que ele menos gostava dos exames que eu fazia. Idiota. O Doutor então passou um gel na minha barriga e massageou espalhando-o bem sobre a minha pele. Justin estava tão ansioso, sério, ele estava tipo quase pulando pela janela de tanta ansiedade. Quando o médico finalmente colocou o aparelhinho sobre o gel para que pudéssemos ver o bebê no telão Justin tapou os meus olhos. Aquele imbecil! Tentei tirar as mãos dele dos meus olhos mas era impossível, só conseguia ouvir as risadas que ele dava.

- Justin eu vou te bater, deixa eu ver poxa! – consegui uma lebrechinha de luz mas ele logo tampou de novo, ah seu idiota! – Justin qual é, eu sou a mãe dele!

- Credo! – Justin murmurou assustado – Caramba doutor vai me dizer que ele tem quatro pernas? Amor vamos ter um multante!

- Que diabos você está falando? – agora quem estava assustada era eu.

- Olha só! – ele tirou as mãos dos meus olhos e apontou para a tela – Tá vendo amor, tem duas cabeças e quatro pernas, e olha tem quatro braços também!

- NÃO ACREDITO! – gritei histérica.

- Por que o meu filho é um mutante? – Justin estava confuso, como ele pode ser tão burro? O médico riu sem acreditar que duas pessoas tão idiotas iam ser pais.

- Ele não é um mutante, na verdade vocês vão ter gêmeos!

- O QUE? – Justin gritou e pulou – SOCORRO, NÓS VAMOS TER GÊMEOS?

- Sim! – o médico garantiu – É uma menino e uma menina, são um casal.

- ELES SÃO LINDOS PORRA! – Justin admirava as imagens que passavam na tela, realmente dava pra ver bem melhor dessa vez, e agora eu finalmente entendia por que minha barriga estava tão grande. Eu tentei não surtar, na verdade por mais louco e insano que isso parecesse eu estava tremendamente feliz, por que só de ver aquele idiota rindo loucamente meu coração se enxia de alegria, parecia que nada poderia destruir aquele momento. Era algo mágico e só nosso, eram os nosso filhos, nossos momentos, nossa vida.

[...]

O médico me fez um milhão de recomendações, eu não ouvi nem metade delas mas eu garanto que o Justin decorou uma por uma de traz pra frente. Quando saímos do consultório ele faltou me carregar no colo até o carro. Só não fez isso por que eu obviamente estou uma baleia. Assim que pisamos os pés lá fora ele soltou a minha mão e começou a gritar como um louco. Eu não sabia se ria, se explodia de felicidade ou se simplesmente escondia a minha cara no bueiro mais próximo dali.

- EU VOU TER GÊMEOS, EU VOU TER GÊMEOS! – as pessoas que passavam na rua o olhavam com os olhos arregalados e ele simplesmente não conseguia parar de rir alto e gritar com toda a força que ele tinha em sua voz – OLHA SÓ A MINHA GOSTOSA, ELA TÁ GRÁVIDA DE GÊMEOS, EU VOU SER PAI DE DOIS PESTINHAS! – Justin me olhou com aquele sorriso de arrasar quarteirões e eu involuntariamente abri um sorriso bobo e maroto – Que foi gatinha? – ele se aproximou de mim e segurou minha cintura me erguendo o mais alto que pode, ele começou a me rodar sem parar – EU TE AMO, EU TE AMO!

- ME SOLTA SEU IDIOTA, EU VOU VOMITAR! – batia nas costas dele rindo alto mas ele continuava a me rodar. Então ele beijou minha barriga, me colocou no chão, me abraçou pela cintura e selou nossos lábios.

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falem comigo (aqui) beijos *-*