Protected in Paradise - Capítulo 26 - It's hard to know

❝ E agora, quando me perguntam o que eu mais gosto numa pessoa, digo que são os olhos. Já reparou como se dá a troca de olhares? Acontece uma sintonia, você escuta até música, lê a outra pessoa, ainda que nada seja dito."

Justin P.O.V - Para ler esse capítulo no anime clique (aqui)

Já eram onze horas da manhã e a Emma estava enrolando pra irmos pra Agência. Ela tinha ficado a manhã inteira sentada no tapete da sala brincando com a Olly. Elas realmente pareciam mãe e filha, tinham uma conexão inacreditável. Emma se recusava a deixa-la com o porteiro do prédio até nos voltarmos da agência, mas Joshua tinha exigido a presença dela lá.

- Emma vamos logo! – pedi pela milésima vez – Emma Morley eu estou falando sério! Chaz já me ligou umas quinhentas vezes.

- Mas Bieber ela não pode ficar sozinha, ela é tão inocente e princesinha! – falou manhosa sem desviar os olhos de Olly que se divertia com um jogo no tablete.

- Charlie disse que vai ficar com ela, para de pirar e vamos logo!

- Ham? – ela nem estava prestando atenção – Justin entenda, o Charlie é um homem, ele não sabe cuidar de criança, me deixa cuidar dela!

- Para de ser feminista! – falei irritado – Homens também sabem cuidar de crianças!

Ela resmungou alguma coisa ignorando as minhas palavras e então ouvi a campainha tocar. Me virei em direção a porta e me surpreendi ao ver Candice e Stacy paradas com uma torta de morango nas mãos.

- Candi! – sorri correndo para abraça-la quase esmagando o bolo que a Stacy rapidamente tirou das mãos de sua prima – Amor você tá aqui!

- Vim fazer uma visitinha surpresa! – ela selou nossos lábios – Estava com saudades, você não atendeu o celular ontem.

- Eu estava na faculdade e descarregou, só encontrei a porra do corredor hoje de manhã! E essa torta?

- QUEM É ESSA PRINCESA? – Stacy gritou histérica assim que passou pela porta impedindo a Candi de responder a minha pergunta – AI MEU DEUS, QUE LINDA!

- É a Olly! – Emma respondeu dando risada do drama de Stacy – Ela não é uma princesinha?

- É claro que sim! – Stacy colocou a torta em cima da mesa e agachou para pegar a Olly no colo – Que garotinha pesada!

- Quem é ela? – Candi me perguntou confusa.

- Ah, é filha da minha vizinha, ela teve que sair e nos deixou cuidando dela! – disse impressionado como a minha habilidade pra improvisar aquilo.

- Ah tá! – ela sorriu indo até Olly que estava no colo de Stacy – Ela é linda demais.

- Será que vocês podem cuidar dela? – Emma perguntou surpreendendo a todos nós – É que Justin e eu temos que ir à faculdade agora entregar essas pastas! – ela apontou para os arquivos do caso do Thomas que estavam em cima da mesa ao lado da torta, irônico não – Coisa rápida!

- Claro que podemos! – Stacy concordou empolgada se sentando no sofá e começando a mexer no cabelo da Olly – Vamos nos divertir muito!

- Amor você vai sair? – Candi perguntou manhosa – Deixa eu ir com você!

- Eles não vão te deixar entrar bebê, e além do mais você me desconcentraria!

- Por quê?

- Por que não dá pra prestar atenção no professor quando eu estou perdido nos seus olhos!

[...]

Todos os funcionários da Agência estavam todos sorrisos quando chegamos. E não é pra menos, nós finalmente chegamos ao fim do caso Mackenzie. Quase. Mas em todo o caso estava a apenas um trisque para tudo acabar. Pena que as piores consequências afetariam apenas a mim, e claro, a Candice. Fui repreendido por chegar atrasado assim que chegamos ao quinto andar.

- Culpa da Emma! – me defendi - Ela não queria largar a Olly por nada nesse mundo!

- Quem é Olly mesmo? – Chaz levantou a sobrancelha.

- A filha do Cooper seu insensível! – Emma resmungou nos fazendo rir.

- Falando nisso, cadê ele?

- Está no quarto andar, na sala de interrogatório!

- E por que ainda não o interrogaram?

- Joshua quer que você faça isso Justin!

- Eu? – dei de ombros – Mas por quê? Achei que já tinham...

 - Por que sim, agora vai lá e mostra do que você é capaz Bieber!

- E anda logo por que nós temos que voltar pra casa. – Emma quase gritou – Eu sabia que não iam precisar de mim aqui.

- Hmmmmm – Ryan murmurou malicioso – O que andam fazendo em casa?

- Se liga Ry, ela tá falando da Olly, deixamos ela com a Candice e a Stacy!

- Ah meu Deus! – Chaz tampou a boca prestes a fazer uma piada – A garotinha vai sair do céu ao inferno!

- Credo! – Emma repugnou.

- Posso até imaginar o que essas duas estão ensinando pra essa menina! – completou.

- Não fala besteiras! – ri me direcionando até o corredor.

- Ah Bieber! – Chaz estava logo atrás de mim – Não fale sobre você e a Candi perto do Sr.Walker, não se esqueça de que ele acha que você terminou com ela.

[...]

O cômodo repleto de paredes pretas era divido em duas pequenas salas que eram separadas apenas por uma parede de vidro e uma porta também de vidro. Do lado de cá haviam várias pessoas conectadas há alguns computadores, com fones de ouvido que poderiam escutar tudo que seria dito na outra sala. Joshua analisava o equipamento enquanto um dos agentes explicava a ele as mudanças que ocorreram nos últimos dois meses desde que ele esteve aqui pela última vez. John Cooper estava sentado em uma cadeira com os braços apoiados em cima de uma mesa do outro lado da parede de vidro. Ele estava de cabeça baixa e batia os pés freneticamente. Fixei os olhos nele e depois voltei os olhos para Joshua que arqueou a sobrancelha e maneou com a cabeça indicando que eu deveria entrar lá. Suspirei e girei a maçaneta da porta me deparando com um ambiente completamente gélido. Tentei me esquecer disso e então me sentei na cadeira de frente para Cooper que levantou a cabeça assim percebeu que tinha alguém ali.

- Vocês não vão me dizer aonde está minha filha? – seus olhos estavam umedecidos, ele parecia realmente desesperado – O que fizeram com ela? Me diz !

- Você é um desgraçado porra! – bati as mãos na mesa – Está tão preocupado com a sua filha mas não se importava nenhum pouco em tirar outras garotas de suas famílias para viverem como prostitutas enquanto você ganhava dinheiro as custas dela não é?

- O Olly não tem nada haver com isso mano, por favor, deixa a minha filha com a minha tia em Los Angeles, eu te peço, ela não merece ficar com essa porra de Governo, eu te imploro!

- Posso pensar no seu caso mas – fiz uma pausa e ri debochado – Primeiro preciso que você me diga um nome, só um nome e as coisas podem melhorar pra você!

- E-eu não posso! – gaguejou desviando os olhos de mim – Eu não posso, não posso!

- Para de ser veado porra! – me inclinei esbarrando minha cintura na mesa e empurrei-o pra trás fazendo sua cadeira quase se virar – Fala logo o nome desse filho da puta por que eu não tenho o dia todo!

- Mano eu não posso dizer, eu não posso, me deixa em paz, eu não tenho nada haver com isso, eu não tenho! – ele balançava a cabeça de um lado pro outro angustiado.

- PARA SEU VERME! – gritei o fazendo ficar estático – Escuta aqui eu só vou perguntar mais uma vez, ou você me diz nesse exato momento quem exportava as mulheres pra sua boate ou eu saio daqui e sua filha vai passar doze anos da vida dela em um orfanato sem poder sair e ter uma vida normal.

Ele permaneceu parado sem dizer uma palavra se quer. Seus olhos me encaravam com ferocidade, eles mostravam a fraqueza de seu corpo e o quanto seu emocional estava abalado. Ele estava totalmente dividido entre sua honra e sua filha. Entre as poucas chances que ele teria de sair dali e o futuro da sua pequena Olly. Contei até três e me levantei da cadeira em direção à porta. Eu queria regaçar a cara dele por ele ter escolhido acobertar um mané que ia se foder de qualquer jeito a dar a liberdade a sua filha, a garota que tinha o sangue dele e pior ainda, a garota que era  a única lembrança da única melhor que ele amou em toda a sua vida.

- Espera! – ouvi a voz dele me chamar assim que coloquei a mão na maçaneta da porta. Todos do outro lado da parede estavam ansiosos alternando seus olhares entre mim e Cooper várias vezes seguidas. Me virei aguardando pelas palavras dele, e então me deparei com uma cena que eu já mais imaginei ver, especialmente vindo de um traficante como o Cooper. Havia uma lágrima filha da puta escorrendo pelo canto de seus olhos e mais uma vez Deus nos mostrou que o amor é maior que qualquer coisa. – Thomas Mackenzie! – ele gritou – Thomas Mackenzie! – gritou mais uma vez.

- Bom garoto Cooper! – sorri malicioso e abri a porta para receber os elogios aos quais eu já estava acostumado a receber. Sabe como é! Melhor a gente e tudo o mais.

[...]

Emma, Candi e Stacy brincavam com a Olly no tapete da sala. Aquela menininha tinha mesmo encantado a todos, elas pareciam não conseguir desgrudar os olhos dela. Emma penteava os seus cabelos castanhos e Stacy pintava as pequenas unhas de rosa. Candi resmungava algum palavrão por que queria que o esmalte fosse amarelo. Logo Emma a repreendeu dizendo para não xingar perto da Olly. O mais irônico é que Emma xingou enquanto pedia para Candi não xingar. Mas em poucos segundos eles já estavam rindo umas das outras de novo. Eu estava sentado no sofá tomando uma cerveja e assistindo TV. Era um momento calmo apesar da gritaria, eu estava tentando assistir o jogo, mas não conseguia desviar os olhos da Candi que naquele momento ria como uma criança mostrando alguns joguinhos novos que ela tinha baixo no tablete enquanto as outras garotas continuavam seu trabalho de cabelereiras e manicures. A risada da Candi era sem dúvidas a mais contagiante do ambiente, não por que ela era a minha namorada ou por que eu a amava. Mas por que antes de tudo, antes de me apaixonar por ela ou por que me fascinar com sua beleza. Antes de todos os sentimentos corpóreos e maliciosos, sim, antes de tudo isso eu me apaixonei pelo sorriso dela. Por que pra mim ele é e sempre vai ser uma das sete maravilhas do mundo. De repente ela direcionou seu olhar até mim me pegando no flagra. Ela sorriu e se levantou deixando a Olly com o tablete.

- Como vai o meu bebê? – ela se sentou no meu colo colocando uma perna de cada lado e segurou o colarinho da minha camisa, então ela se inclinou um pouco e selou rapidamente nossos lábios.

- Candi você tá sujando o meu sofá! – reclamei puxando o salto dela que além de tudo estava me machucando – Não sei pra que usar salto de dia!

- Viu como as mulheres sofrem! – ela riu esfregando-se em mim só pra provocar – Vocês homens são uns folgados!

- Ah, claro! – fingi concordar dando uma risada irônica – Até por que vocês conseguem viver perfeitamente sem a gente.

- Isso é moleza! – ela riu se afastando um pouco até ficar na ponta dos meus joelhos – Agora eu duvido que algum homem consiga passar mais que uma semana sem nenhuma mulher, isso mesmo, nenhuma.

- Isso é impossível baby! – revirei os olhos – Nós precisamos de sexo!

+120 comentários

ei obrigada pelos comentários, obrigada por todo mundo que tá divulgando a fanfic, obrigada pelo carinho, em fim, vocês são as melhores, amo vocês de verdade >33 

Falem comigo (aqui) beijos princesas