Protected in Paradise - Capítulo 37 - Nightmare

Quando tudo estiver dando certo, desconfie.

Candi P.O.V - Para ler esse capítulo no anime clique (aqui)

Dois meses depois.

Abri os olhos com a luz do sol atravessando a janela do quarto e batendo diretamente no meu rosto. Peguei o travesseiro para me proteger pois meus olhos se negavam a permanecer abertos por causa da luz. Me escorei na cabeceira da cama começando a me acostumar com a claridade, eu me sentia a pessoa mais obesa do mundo inteiro. Eu queria me levantar mas a preguiça era maior do que qualquer coisa, olhei para o relógio na mesinha ao lado da cama e ele marcava sete horas da manhã. Que vontade de matar o Justin! E por falar nele, saiu do banheiro com o cabelo molhado, vestido socialmente e todo cheiroso. Por que ele tem que ir trabalhar tão lindo assim? Quando notou que eu estava acordada ele abriu um largo sorriso, eu revirei os olhos e olhei pro outro lado. Logo senti o peso dele sobre a cama, ele cheirou meu pescoço, aquele perfume inebriando tudo, oh céus.

- Bom dia pra princesa mais linda do mundo!

- Por que você abriu a janela? – reclamei – Eu só queria dormir até você voltar do serviço, isso não é justo!

- Relaxa amor, a Emma vai ficar com você.

- E ela não vai trabalhar mais? Parece até que você contratou ela pra ser minha babá! – fiz bico.

- Pode se dizer que sim! Eu não vou deixar você sozinha de jeito nenhum.

- Eu vou ficar bem Justin, a Emma não precisa ficar no meu pé o dia inteiro, além do mais ela tem uma vida também.

- Vai por mim, ela tá adorando essa vida de ficar em casa o dia inteiro.

- Pois eu acho um saco! – bufei – Será que eu nunca mais vou poder sair pra dançar?

- Assim como você me trocou pelo travesseiro, você vai ter que trocar as festas por essas coisinhas lindas aqui ó ! – ele puxou minha blusa e beijou minha barriga que parecia um elefante que acabou de comer um caminhão cheio de mamutes – Mamãe vai ficar cuidando de vocês enquanto o papai come umas na balada.

- Vai sonhando! – dei um tapinha nele – Por que você tem que ir trabalhar?

- Alguém tem que ganhar dinheiro pra comprar comida pra você né!

- Tá querendo apanhar a essa hora da manhã? – ele riu.

- Tudo bem, se quiser posso tirar licença paternidade!

- Licença paternidade? – gargalhei – E como pretende fazer isso?

- Sei lá! – deu de ombros – Por você eu invento qualquer coisa.

Sorri de canto e dei um beijo na bochecha dele.

- Candi eu tenho uma surpresa pra você!

- O que é? – perguntei curiosa.

- Sua mãe chega de Los Angeles hoje, ela vai vir te ver!

- Não acredito! – puxei ele pra mim e o abracei forte – Já tem mais de um mês que não a vejo, como sabe que ela vem?

- Ela me ligou ontem a noite.

- E o meu pai?

- Bom! – ele abaixou a cabeça – Ele ainda está preso, você sabe, eu não acho que ele vá sair inocentado, isso é fato, ele fez coisas horríveis e está todo mundo chocado, quer dizer, a cidade inteira.

- Quando vai ser o julgamento?

- Semana que vem.

- Collin vai ser solto? Pelo menos ele...

- Não Candi, ele também participou disso, ele vai ficar pelo menos uns três anos na cadeira, com a pena reduzida, pelo menos dois anos é certo que ele fique.

- Eu quero ver ele, quero ver o meu irmão e o meu pai.

- Não acho que seja o melhor momento pra você ver eles amor, espera os bebês nascerem, eu acho melhor, só faltam dois meses.

- Mas Justin eu... – gaguejei – Eu tô com saudades.

- Eu sei meu amor, eu sei! – ele me abraçou, afundei meu rosto em seu peitoral e ele acariciou minhas costas em forma de consolo – Você vai vê-los logo, seu pai está com saudades também, ele também te ama, te ama muito.

- Por que ele fez isso? Eu pensei que ele era uma boa pessoa.

- Ás vezes fazemos coisas que não são certas, e geralmente nos arrependemos, isso não faz com que o tempo volte, mas pelo menos aprendemos uma lição para nunca mais repetirmos o mesmo erro.

- Ele vai passar a vida toda na cadeia, não vai ter tempo pra viver, ele não vai ter uma segunda chance Justin!

- Não pensa assim, eu acho que ele fica uns dez anos na cadeia, tudo bem, eu sei que é muita coisa, mas em vista do tempo que eu achei que ele fosse ficar já é um bom começo, além do mais ele tem ótimos advogados, eles podem conseguir reduzir ainda mais, só fica calma amor, você não pode ficar assim.

- Você vai me ajudar não vai? – olhei pra ele – Você vai me ajudar a superar isso não é? Ás vezes eu fecho os olhos e sinto saudades de como as coisas eram.

- Candi meu amor, você não é feliz comigo? – é claro que eu sou, como esse idiota pode me fazer uma pergunta dessas? É com ele, só com ele que eu passo os melhores momentos da minha vida, ele é tudo, ele é tudo pra mim – O que falta, me diz o que você quer que eu vou buscar nem que seja do outro lado do oceano.

- Eu tenho você bobão! – beijei a bochecha dele – Então não me falta nada.

[...]

Eu já tinha comido tudo de besteira que tinha na cozinha. Mas naquele dia em especial eu estava com mais fome ainda. Era algo inexplicável, como se eu fosse morrer se não comece mais e mais. Abri a geladeira procurando por alguma coisa mas não tinha nada de interessante, só as saladas que o médico tanto recomendou e umas vitaminas. Aonde é que eles esconderam as delicias dessa cozinha? Me agachei com cuidado para abrir a porta de um dos armários e então ouvi a voz chata da Emma reclamando por eu estar fazendo esforço.

- Me deixa! – reclamei – Sabe aonde está o Sucrilhos? Eu tenho certeza que a Stacy colou aqui.

- Então é ela que anda trazendo besteiras pra você? O Justin escondeu.

- Eu sabia! – resmunguei – Por que vocês fazem isso?

- Por que você precisa comer comida saudável Candice.

- Nada disso, eu to morrendo de fome poxa, me dá só uma barra de chocolate vai Emma, sua linda, sabe que eu te amo não sabe? – ela riu.

- Não posso fazer isso e mesmo que eu quisesse não poderia por que eu não sei onde ele escondeu.

- Acho que ele ficou com medo de você comer também! – ela segurou minha mão me ajudando a levantar – Mas deixa, eu vou lá no Mc Donald’s comer um Mc Lanche Feliz!

- Você não vai coisa nenhuma, vai ficar aqui até ele chegar! Se ele quiser te levar depois tudo bem, mas agora você fica.

- Porra eu só saio pra ir na casa da Stacy e do Zach, será que eu não mereço comer uma sanduíche? Qual é.

- Ótimo, vou pegar a minha bolsa então.

- Não precisa Em, eu posso ir sozinha! – ela riu.

- Ai que você se engana Candi, você não pode dirigir com essa barriga desse tamanho, sem contar que você é uma péssima motorista!

- Eu juro que não vi o poste daquela vez, e além do mais eu só confundi o acelerador com o freio, isso não vai mais acontecer!

- Eu tenho certeza que não! – ela entrou no quarto dela e voltou com a sua bolsa e chave do carro em mãos – Agora vamos, se ainda quiser ir.

- E eu tenho outra escolha? – bufei e ela riu.

- Boa mocinha!

Durante o caminho até a lanchonete eu parecia uma criancinha ansiosa para saber qual seria o brinde que viria com o sanduíche. Aliás é uma criança que eu tenho me sentido ultimamente. Justin é tão cauteloso, parece que sempre tem uma pessoa ao meu redor me ajudando a fazer isso e aquilo, só falta alguém querer dar banho em mim por que o resto. Emma parecia inquieta olhando a todo momento para o retrovisor. Quando chegamos ela abriu o porta-luvas e pegou uma arma lá dentro.

- Pra que isso? – arregalei os olhos.

- Nada. – disse colocando a arma na cintura.

- Como assim nada? Emma você está com uma Calibre!

- Eu sou uma agente do FBI, é normal andar armada.

- Mas Em você não precisa disso, é um sanduíche!

- Candi esquece beleza? – ela saiu do carro e eu fui obrigada a fazer o mesmo.

- O que está acontecendo? – perguntei ao notar que ela estava olhando para todos os lados, como se estivesse alguém ali nos observando.

- Não está acontecendo nada! – ela sorriu fraco e abraçou minha cintura me conduzindo para dentro da lanchonete. Nos sentamos em uma das mesas perto da enorme janela de vidro que nos dava a visão do trânsito – Você quer sentar em outro lugar? O sol está quente.

- Tudo bem! – falei seca.

- Eu quero um Mc Lanche Feliz, um Sprite de limão e um suco de Laranja! – ela pediu a garçonete que assentiu com um sorriso e anotou o pedido – Não se preocupe, o suco é pra mim.

- Por que você estava tão estranha? E por que você está armada?

- Fala baixo Candi!

- Não vai responder? – cruzei os braços.

- É que eu tive a sensação que nós estávamos sendo seguidas, não é nada demais.

- Seguidas? Como assim?

- Eu não sei Candi, foi só um mal pressentimento, meu faro de agente pode falhar ás vezes sabia?

- Essa coisa de super proteção do Justin já está pegando em você também?

- Não é paranoia  – se defendeu – Eu realmente achei que tinha um carro seguindo a gente, mas esquece, talvez seja só besteira.

- É claro que é! – dei risada.

- Sabe Candi, eu estava pensando, você não acha um absurdo me deixar de fora?

- De que? – perguntei confusa.

- Ontem a Spencer Bitch disse que vai ser madrinha da garotinha, isso é um absurdo!

- É por que o Ryan vai ser padrinho então como ele está com ela é natural que ela seja a madrinha!

- Eu protesto! Sou eu quem está com você desde o começo, eu merecia ser madrinha de um deles.

- A Stacy e o Chaz vão ser padrinhos do James!

- O nome vai ser James? Vadia! Você nem me contou.

- Sim, foi o Justin que escolheu, não é lindo?

- Claro que sim, é o nome mais lindo de todos.

- James Bieber Mackenzie!

- E a garotinha, qual vai ser o nome dela?

- Eu escolhi Juliet, o Justin gostou. O que você acha?

- Juliet? Esse nome é lindo, é muito lindo.

- Emma sabe de uma coisa?

- O que?

- Você vai ser madrinha da Juliet.

- Ah meu Deus, sério? – ela levou a mão até a boca.

- Sério, você merece, a Spencer que me perdoe mas eu escolho você!

- Ah sua linda, é por isso que você é a fura olho mais fofa de todas! – ela esbarrou o quadril na mesa quando veio me abraçar e me apertar.

- Tá, tá! Agora me solta por que o meu bebê está vindo!

- A bolsa estourou? Mas você só tem sete meses.

- Não bobinha! – comecei a rir – Eu tô falando do sanduíche.

- Ufa! – ela suspirou aliviada quando a garçonete colocou minha bandeja na mesa e serviu o suco dela.

- Em, eu estava me lembrando ontem, você não contou para o Justin sobre o filho que você perdeu, eu não vou parar de te encher o saco até você contar viu?

- Esquece isso sua chata! – ela fez bico – Eu já falei que não vou contar, isso é passado.

- Ele merece saber.

- Se o bebê pelo menos estivesse vivo, desculpa Candi, mas isso é pessoal, desnecessário e eu não vou contar.

- Não vai contar? Minha boca é grande, eu posso fazer isso! – falei abocanhando o sanduíche.

- Você é uma pirralha! – fez cara feia – Não vai contar coisa nenhuma comilona!

- Comilona nada! – falei de boca cheia.

- CARALHO! – Emma gritou do nada, eu quase me engasguei com o susto – CANDI ABAIXA, ABAIXA, TODO MUNDO AQUI SE ABAIXA!

- Do que você está falando? – perguntei assustada indo pra de baixo da mesa com a bandeja na mão. Emma tirou a arma da cintura e começou a atirar em direção a porta. Todos que estavam na lanchonete se esconderam em algum lugar. Eu fiquei desesperada, ela estava certa, alguém tinha seguido nós duas até ali. Mil coisas se passaram pela minha cabeça. Justin. Meus filhos.

- EU SOU DO FBI, PAREM DE ATIRAR OU VOCÊS VÃO TODOS PRESOS! – ela mantinha a arma posicionada na direção da porta, por de baixo da mesa podia ver vários homens vestidos em capuz pretos, as armas deles eram de longe melhores que a da Emma, sem contar que ela estava sozinha. Eles estavam se aproximando cada vez mais dela que recuava um pouco tentando me esconder. – EU MANDEI VOCÊS PARAREM DE ATIRAR E JOGAR A ARMA NO CHÃO PORRA!

- Você acha que eu tenho medo de você vadiazinha? – um dos bandidos riu se aproximando dela sem medo algum, ela fez menção de apertar o gatilho mas o homem segurou o pulso dela com força – Se você atirar em mim aqueles homens ali atrás atiram em você e na sua amiguinha que está de baixo da mesa. Você quem sabe! – ele soltou o pulso dela – E ai gata, te dou a chance de atirar em mim.

- Quem é você idiota? – ela perguntou abaixando a arma.

- Isso ai, boa garota! – ele riu debochado – Eu não tenho que falar quem eu sou, você é a Candi certo? – ele olhou pra mim, meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- O que você quer com ela? – Emma se prostrou na frente dele – Eu não vou deixar você fazer nada com ela.

- Olha aqui gata eu não tenho o dia todo! – ele empurrou Emma contra o balcão com força e ela gritou de dor – Patrão tá ali fora esperando a encomenda.

O homem segurou meu braço e me levantou. A bandeja caiu no chão, eu estava a beira das lágrimas. Eu não conseguia gritar, nem protestar. Eu estava em transe, estava chocada, eu tentava entender. Quem era o patrão? Por que estavam me sequestrando? Não faz sentido. Ele estava me levando para fora quando Emma o empurrou com força e deu uma coronhada na cabeça dele. Ele estalou os dedos  com muita raiva e me jogou no chão sem cuidado algum, acho que ele só queria acabar com a Emma.

- FOGE CANDI, FOGE AGORA! – gritou histérica.

Eu queria protestar, dizer que eu não ia sair dali sem ela. Mas eu me lembrei que não era a minha vida, era a vida de duas crianças que também estavam em jogo. As lágrimas quentes desciam descontroladas pela minha face, me levantei com dificuldade e comecei a correr. Mas lá fora os homens que esperavam pelo outro bandido me seguraram com força. Me debati tentando me soltar mas foi em vão. Eu podia ouvir o barulho da sirene da polícia, mas o trânsito estava uma merda, eles não iam chegar a tempo. Emma foi arrastada lá pra fora pelos cabelos. O bandido deu um soco na cara dela e chutou o estômago. Ela estava sangrando e isso só me fez chorar mais ainda.

- NÃO LEVA ELA! DEIXA ELA EM PAZ! – ela implorava se contorcendo de dor – ELA ESTA GRÁVIDA PORRA, DEIXA ELA EM PAZ POR FAVOR!

Suas palavras foram em vão. Os brutamontes me jogaram no banco de trás de um carro luxuoso cuja marca não pude identificar. Eu estava no banco do meio entre dois homens e no banco da frente haviam mais dois caras encapuzados. Tinham outros carros ao nosso redor, eles protegiam o carro em que eu estava. O motorista deu partida ultrapassando o limite de quilometragem. Eu estava em estado de choque. Os homens amarraram um pano na minha boca. Eu me sentia sufocada. Eu só queria saber por que diabos aquilo estava acontecendo comigo. Eu só queria que o Justin estivesse ali. Só queria que não acontecesse nada com os meus bebês, meus anjinhos lindos. Eu precisava que alguém me dissesse que era apenas um pesadelo.

Mas não era.

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Ai socorro, PIP tá na reta final, faltam apenas CINCO capítulos :( e a nova fanfic vai se chamar "Gangster Love" haha to muito animada com ela, espero que vocês gostem mt hahah amo vcs ok? se quiserem flar comigo (aqui)