Protected in Paradise - Último Capítulo - Happily Ever After

“Uns querem um final feliz. Eu só quero a parte do feliz, do final eu não quero nem saber.”

Candice P.O.V - Para ler esse capítulo no anime clique (aqui)

Esse capítulo é dedicado a "Lorena" que fez aniversário ontem \o/

Dois anos depois.

- James saí de cima da mesa! – gritei enfurecida – James eu mandei você descer daí agora! – o pestinha insistia em andar sobre a mesa para alcançar o balcão, tive que largar as panelas para tira-lo dali antes que ele caísse no chão e batesse a cabeça pela quarta vez só esse mês – Se você fizer isso de novo você vai levar uns tapas ouviu?

- Mãmã êu quelu peiga o colate lá i cima! – gaguejou fazendo beicinho, é assim que ele sempre consegue amolecer o meu coraçãozinho.

- Você tá se intupindo de chocolate, eu vou ter que confiscar o Chaz toda vez que ele vir aqui.

- Puiquê a vovó não vei?

- A vovó está em Los Angeles com a sua bisavó, e não adianta por que o seu carrinho personalisado só fica pronto semana que vem.

- YEEEAH! – Juliet berrou pulando feito uma louca mexendo o controle do vídeo-game, eu estava realmente impressionada em como ela conseguia vencer aqueles jogos com apenas dois anos de idade.

- Princesinha vai lavar as mãos pra almoçar, anda logo! – falei ainda com James escancarado na minha cintura, ele me olhou com os olhinhos brilhando – Só depois de comer James, ai você come chocolate tá bom?

- Puiquê mãmã, puiquê? – ele estava começando a chorar escondendo o rosto no meu ombro.

- Tá bom chatinho, não precisa chorar! – logo ele abriu um sorriso, por que ele sempre vence? É muito Justin pro meu gosto.

Justin.

Isso fez o meu estômago se revirar.

Suspirei e abri uma barra de chocolate branco, tirei apenas um pedacinho e ele ainda fez bico. Mas é folgado mesmo.

- Você não vai desligar essa coisa não Juliet? – ela estava com os olhos vidrados na tela, nem se a casa caísse aos pedaços ela notaria – Juliet! – chamei mais uma vez e ela se quer ouviu – Juliet tô falando com você! – coloquei James no chão e caminhei até a sala – Juliet? – fiquei na frente dela e estalei os dedos várias vezes – Terra chamando Juliet Bieber Mackenzie!

- Sai da fenti mamãe! – resmungou me empurrando com suas mãozinhas fracas, ela tinha sido a primeira a começar a falar. Ela é tão esperta que isso ás vezes me assusta.

- Você não vai mais mexer nisso hoje, você foi dormir onze horas da noite ontem Juliet, eu tenho que trabalhar esqueceu? – ela continuou me ignorando e eu tirei o vídeo-game da tomada e a peguei no colo – Quando eu falar com você, você tem que prestar atenção tá bom?

- Dicupa mamãe! – disse encolhendo os ombrinhos da forma mais fofa possível.

- Tá legal Juliet, só não faz mais isso, tá bom? – ela assentiu com sua melhor cara de inocente e me abraçou forte – Eu amo você princesinha, amo muito você.

- Também mô voicê mamãe!

- Puiquê sá fotu ta na minha caça de binquedo? – James quis saber, ele tinha pegado um porta-retrato junto com seus brinquedos que ficava em uma caixa perto do sofá – É o papa não é mãmã?

Um pequeno sorriso brotou em meus lábios.

- É sim meu anjo, é o seu papai! – ele sorriu fitando a foto com curiosidade – Vem aqui, senta aqui com a mamãe.

- Só eu que posso sentar no seu colo mamãe! – Juliet reclamou colocando suas pernas sobre as minhas para que James não pudesse se sentar.

- Para com isso sua feiosa! – dei risada tirando as pernas dela de cima das minhas e ajudei James a se sentar ali com uma das mãos, ela cruzou os braços fazendo uma careta fofa.

- O papai é buito! – James disse encantado com a foto minha e do Justin que tiramos em uma das inúmeras festas em que fomos.

- Que dia ele vem pra casa mamãe? – Juliet perguntou deixando seu mal humor de lado, ela vira e mexe pergunta do seu papai – Você disse que ele ia vir logo, ele não vem mais?

- O seu pai ainda está dormindo lá naquela cama, se lembra de quando levei vocês lá? – disse firme tentando ser forte, aquele assunto sempre me fazia querer desabar em lágrimas – Então, ele vai ficar um tempo lá, mas logo logo ele voltar pra casa.

- Madinha Stacy disse que o papa é chato! – James olhou novamente para a foto tentando entender por que a Stacy tinha falado aquilo. Essa vadia fica colocando minhocas na cabeça das crianças, eu quase morro de rir quando ela começa a imitar o Justin no dia do jantar no restaurante, o dia em que na verdade não teve jantar por que fomos expulsos. E tudo sempre acaba em ela dizendo que ele é a pessoa mais incrível que ela já conheceu. E eu sorrio mesmo morrendo por dentro.

- Se ela te disser isso de novo você diz pra ela que o bicho papão vai puxar o pé dela de noite tá bom?

Ele assentiu sorrindo e isso me fez lembrar o Justin de todas as maneiras possíveis. É difícil segurar as lágrimas em momentos como esses, momentos que deveriam ser compartilhados com outra pessoa, momentos em que você precisa ser forte mesmo estando completamente quebrada por dentro. Antes que eu deixasse me levar pela dor a campainha começou a tocar sem parar. Sempre que isso acontece eu já sei que é o Chaz por que ele SEMPRE toca a campainha umas vinte vezes seguidas. Juliet pulou do meu colo e saiu correndo para abrir a porta que ela não alcançava. Eu costumava rir por horas quando ela fazia isso, coloquei James no sofá e fui abrir a porta. O idiota nem se quer olhou na minha cara e já foi correndo pegar a Juliet que estava rindo sapeca.

- Tio Chaz, tio Chaz! – ela murmurou – Caidê minha buneca?

- Ah sua interesseira! – Stacy disse rindo e entrando logo atrás de Chaz.

- Essa aqui puxou mesmo o pai! – Chaz deu um tapinha na bunda dela.

- Não chame o meu namorado de interesseiro! – fiz cara feia e eles riram – Agora me diz, ao que devo a honra da visita de vocês? Achei que iam viajar hoje.

- A gente ia! – Stacy disse agora na cozinha, ela estava comendo a barra de chocolate e ainda dando pro James, revirei os olhos tentando ignorar aquilo – Mas ai o Ryan ligou pro Chaz agora a pouco e ele ficou maluco, disse que vinha pra cá.

- O que? – dei risada – O que aconteceu Chaz?

- Eu tenho um comunicado pra fazer! – disse animado jogando Juliet pra cima o que a fazia dar altas gargalhadas – Você gosta disso princesa? – ele a jogou mais uma vez e ela riu mais alto – Eu posso fazer você alcansar o céu!

- Cuidado com ela! – pedi inutilmente – Não quer fazer ela quebrar os dentes que nem o James não é?

- Mas ela nem tem dentes ainda! – ele disse fazendo uma cara estranha.

- Tanto faz! – dei de ombros.

O celular dele começou a tocar no som irritante de uma música que eu odeio, aliás eu acho que ele tem esse toque desde que comprou o celular. Juliet tentou pegar da mão dele mas ele levou as mãos pra longe e ela fez biquinho, a diferença é que ele não se comove nenhum pouco, pelo contrário ele acha é bom. Veado.

- Eu vou atender essa ligação e ai eu levo você no shopping pra comprar uma coisa pra uma pessoa tá bom?

- Pa quem? – ela perguntou desconfiada.

- Depois você vai ver interesseira, espera ai! – ele andou em direção ao corredor e logo não podia mais ouvir sua voz, peguei o porta-retrato em cima do sofá e coloquei em cima da estante. Juliet já tinha ligado o vídeo-game de novo e disputava o controle com James.

- Da Baibi não, da baibi não! – resmungou James.

- Puiquê? Eu quero da barbie! – Juliet insistiu.

- Padinho falou que é de veado! – Stacy e eu não conseguimos segurar a risada quando ele disse isso.

- Esses meninos são uma graça mesmo!

- Vocês não vão mesmo viajar? – perguntei realmente surpresa – Vocês planejaram essa viagem por seis meses.

- O voo já deve ter saído e o idiota do Chaz não me diz por que desistiu, vai entender né.

- Estranho! – murmurei.

- Tá sabendo da novidade? – ela molhou os lábios.

- Que novidades? – arqueei a sobrancelha.

- Adivinha quem sai da cadeia hoje?

- OH NÃO! – falei incrédula arregalando os olhos – COLLIN?

- YEEEEEEES! – ela pulou em cima de mim sorrindo muito.

- AH QUE DEMAIS!

- Ele vai cumprir o resto da pena com trabalhos comunitários, em todo caso são apenas mais oito meses.

- E o papai, ainda faltam sete anos.

- Ah qual é, ele está na melhor sela da penitênciaria, comendo do bom e do melhor e todos nessa cidade inteira acreditam na inocência dele, o cara é um sortudo.

- Droga! – resmunguei assim que caiu uma foto minha e do Justin quando abri o armário – Elas estão por toda parte.

Stacy me lançou aquele olhar.

- Não adianta ficar com essa cara! – falei irritada – Eu não vou concordar com aquilo, não vou concordar em desligar os tubos, sabe por que? Por que isso é o mesmo que desligar a minha vida.

- Não vê que é pior assim? Já se passaram dois anos Candi, dois anos. Eu acho que você já sofreu o suficiente.

- Stacy para! – pedi – É sério, eu nunca vou desistir dele, nunca.

- Tá legal, se não quer desistir dele tudo bem! – ela gesticulou com as mãos – Mas Candi pelo menos sai dessa casa um pouco, sei lá, com o Zach por exemplo, ele é perdidamente apaixonado por você.

- Stacy ele está namorando, você está ficando louca!

- E daí? Ele te ama, se você piscar ele vem correndo.

- Acontece que eu não quero tá bom! – disse ríspida – Isso é algo pessoal, não adianta querer me arrumar ninguém por que é o Justin que eu amo, e então se um dia ele parar de respirar ai você pode vir aqui e me dizer essas coisas, mas por enquanto Stacy, por enquanto você não pode fazer isso.

- Eu não tenho culpa se você é tão iludida.

- Cala a boca! – gritei histérica – Você não acredita em Deus não? Porra você sabe como esse assunto é delicado pra mim e ainda assim você insiste em falar desse jeito! Desiste Stacy, eu não vou parar de ama-lo nunca, e eu sempre vou ter esperança de que um dia ele vai acordar e sorrir de novo.

- Acontece que eu amo você Candi, e eu me importo com você e é exatamente por isso que eu fico puta por ver você perdendo a sua vida dentro de um apartamento, saindo apenas pra trabalhar, você nunca foi assim, sei lá, tem um mundo lá fora esperando pelo seu brilho.

- Que brilho? – falei com a garganta seca – Aonde você está fazendo brilho aqui? – ela abaixou a cabeça – Em nenhum lugar não é?

- Candi...

- Não precisa falar nada, não precisa me chamar de iludida nem mesmo me dizer que o devo desligar a vida do meu namorado com o qual eu tenho dois filhos lindos. Eu realmente não me importo de sair pra trabalhar e voltar e ficar em casa com eles por que eles são as coisinhas mais importantes do mundo pra mim, eu troco qualquer festa balada de Jacksonville por um sorriso daqueles pestinhas. Você quer o meu bem? Ótimo. Começa aceitando a minha realidade agora, eu não sou mais aquela criança de três anos atrás Stacy! Eu cresci.

- Me desculpe! – pediu vindo até mim, ela suspirou demoradamente e estendeu os braços na minha direção, eu não pensei muito e logo retribui, apesar de tudo ela também é a minha família – Sinto muito.

- Eu sei que sente! – murmurei com o rosto escondido nos ombros dela.

- Que cena mais linda! – Chaz disse rindo ao aparecer na cozinha – Amor achei que você nem tinha sentimentos.

- Idiota! – ela deu um tapinha nele ao me soltar.

- Eu vou sair com a Juliet!

- Pra onde? – questionei.

- Nós vamos fazer umas compras! – respondeu – Pode vestir uma roupa nela? O James também vai comigo.

- Você está mimando demais esses meninos! – falei saindo da cozinha – Juliet desliga o vídeo-game pra você sair com o tio Chaz!

- Eba eba! – cantarolou e logo desligou.

- É né sua pestinha, agora desliga rapidinho! – ela riu.

- Vai cumpa carrim pa mim? – James perguntou encolhendo seus olhinhos azuis como o céu.

- Bem que eu disse que os filhos do Bieber são todos interesseiros!

- Cala a boca Stacy! – grunhi empurrando ela.

- Já que ele vai sair com as crianças nós podíamos sair não acha? – ela sugeriu ignorando o empurrão.

- Não vai sair coisa nenhuma! – Chaz falou sério antes que eu pudesse dar uma resposta a ela, de todo jeito eu diria não.

- Eu já disse que você não manda em mim Somers! – Stacy bufou.

- Vocês vão fazer outra coisa agora! – ele disse agora com um sorriso nos lábios.

- Melhor do que a nossa viagem pro Caribe? – Stacy revirou os olhos revoltada – Seu idiota!

- Bem melhor do que qualquer viagem do mundo! – garantiu me deixando curiosa. Será que ele ia pedir ela em casamento? Ou sei lá, fazer uma declaração daquelas? Não. Isso definitivamente não fazia o tipo desses dois.

- Então fala logo porra! – já tinha me esquecido em como a minha priminha é impaciente.

- Calma ai amorzinho! – Chaz tentou beija-la mas ela deu um tapa na cara dele e eu e as crianças rimos – Você é louca?

- Vou ficar se você não me disser essa porra!

- Você sempre estraga todo o clima! – reclamou – Esse é o problema!

- Somos nós quem fazemos o clima baby!

- Tá tá! – disse me metendo – Chega de discutir, diz logo, pra onde você quer que nós vamos? Se é melhor que o Caribe eu to dentro.

- Vocês vão pro hospital! – ele suspirou.

- Aconteceu alguma coisa com o Ryan? Emma? – fiquei assustada.

- Não, eles estão bem.

- Então o que foi?

- Quando eu estava indo pro aeroporto a Pattie me ligou.

- O que? – arregalei os olhos.

- Amor você disse que era o Ryan! – Stacy bufou.

- O que aconteceu? O Justin, desligaram ele? – estava falando rápido demais, meu coração estava acelerado, eu não sentia as minhas pernas, minhas mãos tremiam – Porra como assim? O que ela queria? Chaz fala comigo, diz alguma coisa.

- Candice... – ele olhou diretamente nos meus olhos – O seu namorado babaca que se joga na frente das pessoas pra levar tiro acordou do coma.

[...]

Justin P.O.V

Eu estava em uma cama de hospital. Haviam várias pessoas vestidas de branco ao meu redor, por um momento pensei que poderia ser o céu mas as vozes de cada um ecoando na minha cabeça me fazia pensar que o céu não poderia ser tão confuso. Eu tentava entender o que estava acontecendo mas não entendia nada do que eles diziam, como se eu ainda estivesse em outro mundo. Como eu vim parar aqui? É como se eu tivesse dormido uma vida inteira.

- Você tem que nos dizer! – sussurrou um dos médicos – Precisa nos dizer do que você se lembra, isso vai facilitar a sua reabilitação.

Do que eles estavam falando? Por que diabos eu estava ali? As coisas foram voltando aos poucos na minha mente, fui me lembrando de algumas coisas. A Candice. A minha Candi tinha sido sequestrada. Um desespero tomou conta de mim. Me senti agoniado, como se tivesse enfiado uma faca no meu coração. A Candice morreu? Eu não consegui salvar ela não foi? Eu queria sair dali e ir atrás dela. A Emma disse que ela foi sequestrada, eu sei que foi o Math, eu preciso ir buscar ela, preciso buscar elas e os meus filhos, ela não pode perder eles, não pode de jeito nenhum.

- Por favor, tente se lembrar! – a voz da enfermeira parecia um zumbido no meu ouvido, como se elas o queimassem. Balancei a cabeça e ergui o corpo tentando me levantar, um dos médicos me segurou com cautela assustado com os movimentos repentinos, consegui encostar-me na cabeceira da cama, meus olhos estavam ficando mais claros, haviam flores e porta-retratos por todos os lados. Um em especial chamou a minha atenção. Candice estava fazendo uma careta e havia um garotinho em suas costas do mesmo jeito, ao lado uma garotinha dando língua. Quem eram aquelas crianças? Por que a Candice estava com elas? Quando essa foto foi tirada? – Você sabe qual é o seu nome?

- Mas é claro que eu sei qual é o meu nome! – falei irritado com a pergunta, eles acham que eu enlouqueci? Então é só você ir para o hospital que você esquece o seu nome? Bando de idiotas. – Eu sou Justin.

- Justin o que?

- Justin Bieber! – disse fungando – Por que diabos estão me perguntando isso? Eu preciso ir buscar a Candi, ela foi sequestrada, minha mulher foi sequestrada!

- Se acalme Senhor Bieber, por favor se acalme! – pediu colocando a mão no meu ombro, isso me deixou mais irritado ainda – Sua namorada está bem, ela está na recepção, você já vai vê-la, mas antes precisamos fazer algumas perguntas.

- Que perguntas? – a olhei com fúria – Por que vocês estão fazendo isso? Não mente pra mim tá, eu sei que ela foi sequestrada, droga!

- Candice Mackenzie está na recepção eu juro! – disse séria – Mas antes de você vê-la precisamos que responda essas perguntas, isso é fundamental para a sua recuperação, você ficou muito tempo aqui então é natural que haja assim, você é um milagre de Deus Bieber!

- E-eu...

- Me diga, em que ano estamos e qual a sua idade?

- Tá falando sério? – ri fraco sem acreditar que aquela mulher estava realmente me perguntando aquilo, na real, aquele bando de médicos vestidos em jalecos brancos me encarando como se eu fosse de outro mundo era assustador. Parei de rir quando percebi que ela estava mesmo querendo saber em que ano estávamos, será que essa velha não tem calendário em casa? – Nós estamos em 2013 e eu tenho 21 anos! – disse como se fosse óbvio e eles se entreolharam como se conversassem em código – Que foi? Queria que eu dissesse que estamos na época de cristo? Qual é, eu só quero sair desse lugar e buscar a minha garota, eu não acredito em vocês, eu ouvi bem quando a Emma disse que levaram ela.

Ela suspirou.

- Nós não estamos em 2013 Sr. Bieber! Hoje é 19 de Abril de 2015 e você tem 23 anos!

Como é que é?

- Desculpa, o que você disse? – comecei a rir – 2015? 23 anos? – a minha ironia fez com que cada palavra que ela disse se transformasse em uma piada interna, aliás era só isso que elas representavam pra mim – A senhora já está precisando se aposentar hein, não tá sabendo mais nem olhar uma data.

- Converse com ele! – um dos médicos sussurrou calmo e saiu do quarto junto com os outros que pareciam presenciar algo inacreditável.

- O que vocês querem? – perguntei impaciente assim que a porta foi fechada, a mulher pegou um comprimido e encheu um copo de água. Então colocou o copo e o comprimido em minhas mãos, pensei em recusar mas sabia que se fizese isso não obteria respostas para a minha pergunta. Tomei o remédio e ela pegou alguns papeis que estavam em cima da mesinha ao lado da cama, onde também estavam os aparelhos, cubos e agulhas que estavam enfiadas em mim quando acordei hoje mais cedo.

- Inacreditável! – ela murmurou maravilhada vendo o que eu creio que eram exames. Meus exames. – Você só se lembra que sua mulher foi sequestrada, e mais nada?

- Espera ai, que papo é esse de 2015? Me explica? Eu não estou entendendo nada doutora, porra vocês me deixaram confuso. – ela riu fraco. Só queria saber aonde está a graça

- Você ficou dois anos em coma! – ela continuava sorrindo – E agora você está aqui, é quase como se nada tivesse acontecido, a ciência, a medicina, ninguém nunca vai conseguir explicar isso.

Ok, agora eu estava definitivamente confuso.

- O que você está dizendo? – encarei aquele par de olhos verdes.

- Amor! – alguém sussurrou abrindo a porta, eu reconheceria aquelas voz até mesmo em milhas de distância. Eu estava completamente sem palavras, eu nunca na minha vida tinha visto ela tão linda. Seus cabelos louros estavam soltos e bem maiores desde a última vez que a vi. Ela estava diferente, eu não sei explicar, parecia aquele tipo de pessoa em que você bate o olho e já pode dizer que essa pessoa tem muitas histórias pra contar, muitas experiências pra compartilhar. Ela estava com mais corpo, digamos que exageradamente gostosa. Suas sobrancelhas incrivelmente bem desenhadas estavam arqueadas naquele momento, sua boca rapidamente abriu um sorriso de canto e os seus olhos azuis da cor do oceano deixavam com que uma lágrima escapasse e escorresse pelo seu rosto de porcelana. Ou eu estava sonhando ou estava no céu e aquele era o Paraíso.

- Ela não desistiu de você, ela nunca desistiu de você! Só com dois anos poderiam desligar os cubos, o prazo venceu e ela insistiu, ela fez barraco e nada e nem ninguém poderia fazer isso com você, ela teve esperança, ela é sem dúvidas a namorada mais fiel de que eu já ouvi falar, nos tornamos boas amigas afinal ela praticamente morou aqui – a médica passou por Candi sorriu e tocou levemente seu ombro – Acho que vocês tem muito o que conversar! Droga, eu estou chorando também, é isso? – ela limpou uma lágrima e a Candi sorriu pra ela – Tudo bem, eu vou deixar vocês a sós! – ela abriu a porta e saiu.

Quando vi que a barriga dela tinha voltado ao normal meu coração ficou acelerado de novo. Isso significava que ela tinha perdidos eles não era? É tudo por minha culpa, por que eu não salvei ela. Eu ainda queria saber como tinha ido parar ali e por que os médicos estavam dizendo coisas tão confusas pra mim. Mas o mais importante naquele momento era a culpa que eu sentia por não ter feito o máximo que podia para que tudo acabasse bem. E Candice, aquela garota linda tinha desaparecido, tudo que eu via na minha frente era uma mulher incrível e guerreira. Eu não sei, só tinha a leve impressão de que a minha garotinha tinha crescido.

- Me desculpe! – sussurrei em um fio de voz.

- Oh meu Deus, eu não acredito nisso! – as poucas lágrimas agora se transformavam em um choro intenso, e como se fosse a primeira vez Candi veio correndo na minha direção e pulou em cima de mim, não senti dor alguma, pelo contrário, eu me sentia mais vivo do que nunca. Era assim que eu me sentia... vivo. Ela me enchia de beijos pelo pescoço e por todo o meu rosto, suas mãos passavam pelo meu abdômen  pelas minhas costas, seus olhos estavam cheios de alegria, eles me olhavam sem acreditar no que viam – Eu sabia, eu sabia que você ia acordar! – ela finalmente encontrou meus lábios, meu Deus, e foi como se eu não os sentisse há anos, aqueles doces lábios rosados – Vai ficar tudo bem, agora vai ficar tudo bem! – ela segurou meu rosto com as mãos, eu a encarava sem entender o que estava acontecendo, por um momento eu não me importava em saber, parecia que simplesmente estava onde precisava estar e que seja lá o que tenha acontecido, era assim que era pra ser.

- Eu sinto muito por eles! – disse soltando o ar.

- Por eles? – aqueles lindos olhos azuis se arregalaram a medida que ela abria um sorriso. Isso é pra eu não me sentir culpado? – Do que você está falando?

- Do James e da Juliet! – falei baixo.

- Eu tenho uma surpresa pra você! – o sorriso ficou mais largo, a culpa dentro de mim ficou mais branda, que surpresa poderia ser melhor do que ver ela ali viva?

Antes que eu questionasse as suas palavras ela soltou minhas mãos, nesse momento eu me senti incompleto, eu tinha certeza que elas tinham sido feitas exatamente para serem encaixadas. Candice, ela sempre será a última peça do meu quebra-cabeça, sem ela eu nunca estarei realmente completo. Ela abriu a porta do quarto e acenou para alguém chamando para vir. Quem poderia ser? Minha mãe? Meu pai? Chaz? Eu não fazia ideia.

De repente adentraram a sala Ryan, Chaz, Emma, Alfredo, Spencer, Stacy, e espera... duas crianças seguravam as mãos de Chaz. Um garotinho branquelo dos olhos azuis chupava seu dedão e me olhava com curiosidade, a garotinha tinha os olhos arregalados e surpresos. Eles eram tão lindos, tão lindos. Meu coração se encheu de alegria ao vê-los, eram as mesmas crianças das fotos que estavam espalhadas pelo quarto. Olhei atentamente para elas, eu não podia acreditar que era o que eu estava pensando. Honestamente, não fazia sentido pra mim. Porém a vibração, a mistura de sentimentos que eu sentia dentro de mim me fazia ter certeza de que aquelas... Meu Deus, eram meus filhos. Desviei o olhar em direção a Candi e ela me enviou o mesmo sorriso doce de antes, ela assentiu com a cabeça confirmando o que eu estava pensando.

Me sentei na cama alta quase conseguindo alcançar os pés no chão, as pessoas ali estavam sorrindo, tão ansiosos que pareciam que poderiam explodir de felicidade. Sem parar de olhar para os pequenos anjos a minha frente caminhei até eles, ambos pegaram um buquê de flores amarelas que estavam nas mãos da Stacy e da Emma e então voltaram a olhar pra mim. Eu me agachei na frente deles, minha garganta ficou seca, todas as palavras sumiram, eu sentia um amor pulsando dentro de mim, mas sabe um amor diferente, um amor insano, um amor tão grande, tão profundo que eu queria estra vazar  era como se eu fosse explodir de tanto amor, de tanta vida, de tanta alegria. Toquei com carinho o rosto dos dois, foi um momento mágico, foi como se fosse apenas nós três ali.

Êxtase puro.

 Foi então que o garotinho tirou o dedinho da boca e sorriu pra mim, eu tenho certeza que uma lágrima escorreu sobre minha face naquele momento. Ambos colocaram as flores na minha mão e eu os abracei forte. Tão forte que quase quebrei as pequenas costelinhas daquelas criaturinhas que eu tinha acabado de conhecer mas tinha certeza de que faria tudo por elas. Tudo. Qualquer coisa.

- Vocês sabem quem eu sou? – perguntei ansioso demais.

- Papai, papai! – A garotinha disse ofegante – Você é o nosso papai!

[...]

Aperte play na música 6 da play list *-*

Uma semana depois.

- Coda coda papai! – Juliet puxava meu ombro gritando no meu ouvido, eu só queria dormir até meio dia e olhe lá – Coda coda!

- Deixa o papai dormir Juliet! – tampei a cabeça com o travesseiro.

- Vamu cumpa buneca papai! – logo senti alguém puxar minha perna, e em seguida meu edredom – Papai di cueca, papai de cueca!

- Cueca malela, cueca malela! – ouvi a voz de James dizer rindo.

- Ah, seus pestinhas! – dei risada mostrando o rosto, os dois estavam me olhando ansiosos para que eu disesse que os levaria para comprar brinquedos, sabe, eles são uns malandrinhos.

- Mãmã já foi tabaia! – James disse.

- É mesmo? Ela nem deu beijo no papai! – fiz bico.

- Sabe puquê papai?

- Não sei não Juliet, me diz você, por que?

- Ela vai beja o tio Zach!

Eu fiz cara feia.

- Quem disse isso?

- A Tia stacy, ela falou pa mim! – Juliet falou com raiva – Ai eu pusei o belo dela cum foça !

- Essa é a minha garota! – apertei as bochechinhas dela rindo.

- Ai ti sono! – James bocejou.

- Mas vocês acabaram de acordar seus preguiçosos!

- Puiquê nois dumiu só depois, só de maduigada! – ele explicou de um jeito engraçado, essas crianças aprendendo a falar é uma graça.

- Como é que é? Eu mandei vocês desligarem o vídeo-game aquela hora, não mandei?

- Mas sinhor e a mamã não foi dumi tamem! – reclamou Juliet.

- Quem disse que a gente não foi dormir? – questionei.

- Puquê vocês fico fazendu barui té manhecer u dia.

- Ah meu Deus, achei que vocês estavam dormindo! – falei boquiaberto, como assim eles ouviram tudo? – Olha aqui, quando o papai e a mamãe mandar vocês irem dormir vocês tem que ir tá bom?

- Puiquê a mamãe tava guitando o sinhor di noite papai? – a menina curiosa perguntou, não sei da onde veio tanta esperteza. Ela realmente me pegou de surpresa, quer dizer, ela tem pouco mais de dois anos e me faz uma pergunta dessas?

- É que o papai tem uma coisa que deixa a mamãe doidinha! – disse dando uma piscadela – Ai ela fica tão animada que fica gritando o nome do papai entendeu? O James também tem, daqui há uns anos ele vai poder usar e ai as outras garotas vão gritar o nome dele.

- Eu tamem tenho papai? – Juliet quis saber cruzando os braços emburrada.

- Não Juliet, você não tem! – coloquei ela no meu colo – Deixa o papai te dizer uma coisa, você tem que ficar longe de todos os garotos tá bom? O único que presta é o seu papai e o James.

- E o padinho Ryan e tio o Chaz?

- Ah, eles são uns vagabundos também! – disse rindo – Tudo bem, você pode falar com eles, mas só com eles ok? Os garotos não prestam, não é pra dar bola pra eles nunca ok? Ai se quiser virar uma freira eu deixo.

- Freira não! – ela fez cara feia – Puquê a roupa é feia.

- Não se preocupe princesinha, eu mando fazer uma bem linda pra você.

- Eu vou ser padi? – James perguntou curioso.

- Não filhão, você nasceu pra pegar todas, honrar essa família! – peguei a mão dele – Olha aqui, você vai ter que proteger a sua irmã tá bom? Quando vocês forem pra escolinha daqui uns anos não deixa nenhum menino chegar perto dela combinado?

- Cotu pinto dele! – disse me fazendo rir.

- Ah, little biebers são o orgulho da família! – puxei eles para mim abraçando-os apertado, quase sufocando de tão forte – Eu amo vocês, amo vocês seus pestinhas.

- Ora, ora, o que temos aqui... – Candi murmurou entrando no quarto com um sorriso daqueles. Ela estava com uma roupa que a deixava mais sexy do que nunca, colocou sua bolsa na mesinha. O que ela estava fazendo ali aquela hora? Ela geralmente trabalha até as três da tarde. Aliás eu volto a trabalhar daqui duas semanas caso achem que eu virei um vagabundo sustentado pela mulher.

- Mamã! – James gritou.

- Guerra de Travesseiro! – gritei e taquei um na Candi, então as crianças entraram na guerra e começaram a tacar também, ela gritou rindo revoltada por ter sido pega desprevenida.

- Seu idiota! – ela tacou um de volta em mim.

- Estamos em maior número gata, perdeu essa! – ela riu.

- Que absurdo, no dia em que consigo uma folga eu chego em casa e sou recebida com um monte de travesseiros? – fez beicinho fingindo estar decepcionada.

- Ah meu Deus que injustiça cometemos crianças! – falei dramático.

- Mamã Mãmã! – Juliet gritou.

- Que foi princesinha? – ela pegou dois travesseiros no chão.

- Utê que o papai tem que dessa a sinhora nimadinha?

- Como é que é Juliet? – Candi arqueou a sobrancelha confusa e eu tive que segurar a risada.

- Papai qui disse! – explicou a fofoqueira.

- Arrombado! – Candi murmurou indignada começando a tacar os travesseiros em cima de mim – Trocamos de jogo pessoal, agora vamos acabar com o papai!

- Eu sou inocente, eu sou inocente! – gritei tentando me defender, mas em alguns segundos todos estavam pulando em cima de mim com uma guerra super injusta se me permitem dizer.

Nós brincamos por algum tempo. Nunca ri tanto em toda a minha vida e sabe, são esses os momentos que guardamos na memória, os pequenos e simples momentos em que passamos com as pessoas com quem amamos e por quem daríamos tudo. Juro que quando a Candi me contou que eu pulei na frente dela e levei três tiros eu mal acreditei, eu sabia que faria isso de novo, mas ainda assim eu não conseguia acreditar que tinha feito isso a tempo. Porém eu não me sentia o herói da história, pelo contrário, não fiz mais que a minha obrigação. O dever de um homem é proteger a sua família, eu fiz isso muito bem, admito. E hoje eu sei que sou o paraíso deles, sempre serei e sempre os protegerei, por que eu sou o tipo de cara que é tão apaixonado por sua família que faria tudo, exatamente tudo para nunca vê-los sofrer.

Ao acordar abri os olhos com dificuldade. Eu não conseguia me mexer por que tinham três obesos em cima de mim. Seria impossível sair dali. Fiquei admirando cada um deles todo bobo. Como eles podem ser tão lindos, tão perfeitos, tão pestinhas? Bom, eles terem o meu sangue já explica muita coisa. Juliet estava bem aconchegada no meu peitoral e a Candi também do outro lado. James estava presos nas minhas pernas com o dedinho na boca. Ergui meu corpo com cuidado mas acabei acordando a Candice, ela sorriu ao ver a minha cara de idiota tentando tirar as crianças de cima de mim. Involuntariamente selei nossos lábios, aquela carinha de sono era a mais linda do mundo. Candi se levantou e pegou James no colo, então peguei a Juliet e ela encostou sua cabeça no meu ombro.

- Vamos levar eles pro quarto! – disse já saindo para o corredor.

- Nem sei que horas eles foram dormir ontem, a Juliet tava caindo de sono, nós temos que ver isso, eles estão ficando viciados nessa coisa.

- E ela ainda quer um tablet, vê se pode! – Candi riu e colocou o pequeno príncipe no seu berço azul – Sabe, ela agora inventou que quer um quarto só pra ela.

- Interesseira! – disse rindo alto.

- Fala baixo idiota! – Candi me deu um soco no braço após eu colocar a Juliet em seu berço amarelo – Até você chamando a sua filha de interesseira?

- Mas é a verdade! – dei de ombros – Acredita que eu pedi pra ela me trazer um copo de água ontem e ela largou o vídeo-game pra pegar pra mim?

- Isso prova que ela é educada.

- Nada disso, por que depois ela disse que queria um iPhone igual ao do Ryan em troca! – ela riu.

- A Juliet é muito peralta!

- Parece com alguém que eu conheço sabe! – falei sarcasticamente puxando ela pela cintura.

- Eu não sou mais aquela garota de três anos atrás!

- Eu tenho certeza que não! – falei sério encarando aqueles olhos azuis mais brilhantes que as estrelas do céu – Você é bem melhor.

- Bobo! – ela me deu um selinho e deu a língua – Eu senti a sua falta.

- Vem aqui! – segurei suas mãos, saímos do quarto e logo entramos no meu.

No nosso.

- Você não está querendo...

- Foder? – dei risada – Não amor, eu quero te mostrar uma coisa.

- Que coisa? – perguntou curiosa me seguindo até a porta da varanda que eu rapidamente abri.

- O sol está se pondo! – disse sorrindo lindamente.

- E a lua está começando a dar sinal de vida bem lá no alto! – ela tocou suas mãos nas grades da varanda e eu a abracei pela cintura.

Ela sorriu e olhou pro céu.

- Isso é lindo não é? – disse levantando os olhos até mim.

- E você mais ainda.

- Besta! – ela voltou a admirar o céu.

- Sabe amor, ainda não tive tempo de te agradecer! – apertei ela mais forte contra meu corpo causando diversos arrepios.

- Pelo quê?

- Por me esperar por tanto tempo, por não desistir de mim, de nós.

- É que não têm vida sem você! – disse suspirando – É que eu acordava todos os dias, olhava para o lado da cama vazia e sabia que faltava algo, é que sem você tudo fica ruim, tudo perde a cor, sem você não tem graça Justin.

Eu sorri.

- Você se lembra de quando nos conhecemos há uns três anos atrás e eu te achava uma pirralha maluca? – ela riu.

- Lembro.

- A pirralha cresceu e virou uma mãe incrível! – sussurrei em seu ouvido.

Ela virou-se para mim e eu segurei seu rosto com as mãos e beijei levemente os seus lábios. Nossas línguas dançavam em sintonia, suas mãos deslizavam com força pelas minhas costas, eu me sentia vivo ao sentir ela assim tão perto. Eu sabia que por um determinado momento nada poderia ser melhor que aquilo. Nada nunca seria melhor que nós dois juntos. E eu me peguei lembrando de todas as coisas que tivemos que enfrentar. Foram uns mal bocados, eu sei. Mas eu faria tudo de novo se fossemos ter esse fim. Por que valeu a pena cada lágrima, cada sufoco, cada dor, cada vez que senti meu mundo desabar. Tudo vale a pena se a recompensa vem depois, tudo vale a pena por que no fim é o só o amor que importa.

Afinal o que levamos dessa vida a não ser as lembranças?

E o mais importante é você fazer com que as pessoas sorriam e tenham orgulho quando lembrarem de você, o mais importante é você se sentir bem e sentir que fez tudo certo, sentir como se tivesse a missão cumprida.

E muito bem cumprida.

E no fim o que eu sei é que devemos sempre pensar que amanhã pode ser um dia melhor, se hoje tá ruim, não desiste não, amanhã você pode acordar e o sol lá fora vai estar brilhando tanto que você mal vai sentir vontade de ficar na cama. Se hoje a chuva tá forte e os raios estão de fazendo chorar talvez amanhã você acorde sentindo que o mundo está gritando seu nome. Além do mais que graça tem o mundo das pessoas que você ama se você não estiver nele? Todo mundo é importante, todo mundo tem um papel para se encaixar perfeitamente na vida de outra pessoa, tão perfeitamente como as nossas mãos se encaixam formando um elo inseparável.

Jandice.

Você nasceu para quê? E para quem?

Eu nasci para ser o paraíso dela.

Eu nasci para colocar um sorriso no rosto dela.

Eu nasci para protegê-la.

Eu nasci para fazer os filhos mais lindos do mundo, fruto do nosso amor.

A verdade mesmo é que eu nasci para ama-la.

- Eu.

- Você.

- James.

- Juliet.

- Para sempre.

Eu demorei dois anos para conseguir publicar esse capítulo haha sério, foi uma das fanfics que eu mais gostei de escrever, ela é definitivamente importante pra mim. Eu queria pedir que TODO MUNDO que leu comentasse, até você leitora fantasma que passou a fic inteira sem comentar haha por favor, é muito importante pra mim saber o que vocês acharam, o que sentiram, a parte que mais gostaram hihi! E amanhã ou depois posto o primeiro capítulo de Gangster Love, a nova fanfic haha aliás postei os personagens, vocês viram? Só clicar em "Gangster Love" no menu hihi E se puderem curtir a sinopse (aqui) no ask eu ficaria feliz pq vai ajudar a divulgar hehe