Gangster Love - Capítulo 36 - I mean it

Ontem eu acreditava em todas as mentiras, hoje eu duvido de todas as verdades.

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- Obrigado! – Justin sussurrou em meu ouvido assim que saímos da diretoria, tinha sido um sufoco e tanto e eu me sentia mal por ter mentido.

- Isso doí sabia? – olhei pra ele enquanto caminhávamos para fora da escola.

- Eu...

- Doí muito, por que você me agradecendo... eu realmente pensei que talvez eu pudesse estar enganada.

- Eu só agradeci por não ter dito que foi eu, não é como se eu dissesse que foi, eu só...

- Sim, você já me disse, e várias vezes.

- Tudo bem. – ele deu de ombros – Eu não me importo.

- É claro que não, você é um babaca.

- Ainda está em tempo de voltar lá e contar a sua verdade.

Eu ri fraco.

- Você só diz isso por que sabe que eu jamais voltaria.

- Não Jessica, eu digo isso por que eu não quero que você se sinta obrigada a fazer tudo pra me proteger, olha só pra mim, eu sou o Justin Bieber, eu não preciso de uma garotinha como você me defendendo, eu posso muito bem lidar com o que as acusações que as pessoas fazem sobre mim.

O olhei incrédula.

- Você é um mal agradecido. – continuei andando – Bastava eu dizer um nome e você estaria atrás das grades Bieber.

- E não passaria nem mesmo uma noite lá. – se gabou ele, convencido.

- A justiça não pode ser tão burra.

- Burra eu não sei, mas com certeza não são mais espertos que eu.

- Por favor, não me faça se arrepender de ter feito isso.

- Tá. – disse ele passando seus braços pelo meu ombro – De qualquer forma, obrigado de novo.

Eu ri, e ele também, como se já esperasse por isso.

- Palhaço!

As pessoas ao nosso redor estavam com os olhos arregalados, era bem incomum os alunos andarem assim com os professores, mesmo que eles se pegassem, todos sabem que é contra as regras e tem que ser as escondidas.

Mas Justin é um idiota e eu faço tudo que ele quer.

Ele não se importa.

Eu não me importo.

Até por que ele nunca foi um professor mesmo.

- Me promete que não vai fazer nada? – ele perguntou de repente me fazendo parar de andar.

- O que? – fitei ele confusa.

- Só me promete.

- Mas por... DESGRAÇADA! – Courtney estava entrando no corredor junto com o seu trio de escravas que fazem tudo que ela quer, aquela vagabunda ia pagar por tudo que tinha feito.

- Jessica você prometeu! – ele bufou ao sentir suas mãos perderem o controle sobre o meu corpo que foi jogado para cima da vadia.

- CACHORRA! – gritei puxando o cabelo oxigenado dela, as garotas ficaram pasmas e se afastaram com a mão na boca assistindo tudo – VAI SE ARREPENDER DE SE METER NA MINHA VIDA!

- Mas o que...

- CALA A BOCA! – resmunguei conseguindo jogar ela no chão, prendi suas mãos com uma e usei a outra para dar vários tapas na cara dela, ela se contorcia mas isso só me dava mais prazer em socar a cara dela – AINDA VAI SAIR INVENTANDO MERDA DE MIM VACA, VAI?

- PARA! PARA! – implorou aos prantos – JESSICA, POR FAVOR!

- MEU NOME NÃO É OSSO PRA TÁ NA BOCA DE CACHORRA ENTÃO VÊ SE PRESTA ATENÇÃO, O JUSTIN, O CHRIS E QUALQUER OUTRO CARA DO UNIVERSO, ELES SEMPRE VÃO PREFERIR A MIM POR QUE GATA ISSO AQUI É ORIGINAL E NÃO TEM PREÇO DE VALIDADE SACOU? – cuspi na cara dela – ESPERO QUE VOCÊ TENHA ENTENDIDO.

Seu nariz estava sangrando, seus cabelos bagunçados e grande parte no chão. Até seu olho eu tinha acertado, estava roxo ao redor e as bochechas vermelhas. Eu tenho estado muito violenta nesses últimos dias, que é isso.

Justin me encarava perplexo assim como a maioria das pessoas que tinham se acumulado ao nosso redor.

- Que foi? Tá querendo apanhar também? – as pessoas me deram espaço entre elas e eu sai batendo o pé com força, claro que antes pisei na vagabunda de novo, ela merecia ir pro quinto dos infernos.

- Porra Jessie, que orgulho! – Justin sorria e me acompanhava – Meu Deus, eu estou realmente impressionado.

- Pisa na bola que você vai ser o próximo.

Ele riu.

- Que medo!

- É pra ter mesmo. – de repente me peguei rindo também.

- Mulher macho! – ele destravou as portas e desligou o alarme de sua Range Rover, naquele dia eu tive certeza de que ele jamais voltaria naquela escola.

- Não sabe o quanto! – indaguei me jogando no assento de passageiro.

Logo ele ocupou seu lugar no banco de motorista.

- Seu carro tá lá em casa, né?

- Sim.

- Então você vai pra lá, correto? – ele ligou a chave de ignição.

- É meio óbvio né Justin.

Ele riu, de novo.

- Tá muito estressada, que é isso.

- Você me dá nos nervos!

- Mulheres. – ele suspirou como se estivesse cansado.

Estávamos no meio do caminho quando minha mãe ligou e me disse que precisava falar comigo urgentemente, eu não fazia ideia do que era, mas com certeza ia levar um sermão por ter saído sem dar notícias. Pedi pro Justin me deixar em casa e pra ele levar o carro depois.

Ele resmungou um monte de coisas, mas acabou concordando.

- Nos vemos depois? – questionou ele após parar o carro na entrada.

- Acho que sim.

- Estamos bem, não é? – ele parecia ansioso pela minha resposta.

E eu respondi da única maneira que sabia.

Coloquei minha mão em sua nuca puxando seus lábios pra mim.

Seu cheiro ainda era uma das sete maravilhas do mundo.

Ele rapidamente apertou minha coxa aproximando nossos corpos, isso me fez arrepiar de tal forma que intensifiquei o beijo.

Nossas línguas exploravam cada canto com agilidade, era como se elas estivessem dançando entre si, um jogo selvagem e ainda assim divertido, era quase como se nós fossemos dois namorados passando algum tempo juntos.

Quase.

- Vou sentir saudades. – sussurrou ele baixinho afagando meus cabelos com força, nossas testas encostadas, parecia mágica.

- Eu também. –  mordi seu lábio inferior e então dei um selinho rápido, ele de repente me abraçou bem forte, como se aquilo fosse o fim, eu me senti estranha.

Talvez não fosse o fim, talvez fosse só o começo.

Eu só não queria ir, também não queria que ele fosse.

Mas não disse nada, apenas dei um pequeno sorriso e fechei a porta.

Observei  ele desaparecer ao dobrar a esquina e só então adentrei a minha casa.

- A mamãe está ai! – Kevin disse assim que eu entrei na sala, ele estava jogando videogame.

- Não te perguntei nada. – resmunguei irritada, eu não estava a fim de falar nem com ele nem com a Julie.

- Pode começar a me pedir desculpas irmãzinha. – apesar de soar convencido, sua voz tinha um tom de decepção.

- Eu nunca vou te pedir de desculpas.

- Vai sim! – minha mãe apareceu escada a cima, enfeitada de joias caras como sempre –Por que ele não é o pai da sua irmã.

- O que? – dei risada – Ele conseguiu enganar a senhora?

- Nós fizemos um exame ontem Jessica, ele não é o pai.

- Mas... – eu estava perdida, confusa.

- Eu nunca faria isso com a Julie, eu achei que você soubesse disso, eu amo ela, ela é a minha irmã, como você, só por que eu tenho essa doença, essa coisa, não quer dizer que eu seria capaz disso.

- Kevin... – minha voz falhou.

- Eu só não estava conversando com ela por que caramba, eu sei quem é o pai dessa criança, mas ela me pediu pra não dizer e...

- Quem é? – questionei em choque, ele estava a beira das lágrimas.

- Eu não posso. – disse com a voz fraca.

- Nós precisamos saber.

- Ela não me perdoaria se eu dissesse. Além do mais eu não acho que você conseguiria lidar com isso.

- Por quê? Eu conheço?

- Todo mundo conhece. – ele deu de ombros – Esse é o problema.

- Cadê a Julie? – perguntei desistindo dele por que ele jamais diria.

- Ainda não chegou da escola.

- Ela vai ter que me contar.

- Ela nunca vai dizer.

- POR QUÊ? – gritei, eu estava perdendo a razão.

- Se acalma meu amor! – minha mãe me abraçou de lado.

- Me solta, eu quero saber quem é!

- Eu já disse que não posso.

- Por que ela não confia em mim?

- POR QUE ELA DEVERIA CONFIAR?

Aquelas palavras me fizeram calar a boca.

As lágrimas insistindo pra rolar, a dor começando me consumir.

- Eu sei que eu desisti de vocês, me desculpa por isso.

Corri novamente para a porta por onde eu sempre acabava saindo.

Eles não tentaram me impedir, eles sabiam que eu precisava de um tempo.

Mas como se a minha vida já não estava acabada o suficiente, eu dei de cara com uma cena que marcaria toda a minha existência.

Na frente da minha casa, do outro lado da rua.

- ME SOLTA, ME SOLTA! – Julie gritava se debatendo, ela estava aos prantos, chorava descontroladamente e tentava sair dos braços de ninguém mais ninguém menos que o Justin.

- Se acalma porra, eu só tô querendo te ajudar! – ele tentava fazê-la parar, mas ela insistia em se contorcer, como se estivesse com medo, em pânico.

- NÃO, NÃO! VOCÊ NÃO PODE ME AJUDAR, VOCÊ SABE DISSO, A MERDA JÁ TÁ FEITA, AGORA NÃO ADIANTA PORRA, ME DEIXA!

- JULIE PARA! – ele insistiu a abraçando com força, fazendo ela se render a ele, da mesma forma como ele fazia comigo, ela descansou seu rosto no peitoral dele e foi acalmando aos poucos, encharcando sua camiseta enquanto ele afagava seu cabelo e alisava suas costas – Vai ficar tudo bem.

- Eu tô com medo. – ela murmurou com a voz embargada.

- Não precisa ficar, eu tô aqui.

- Justin... – disse quase sem voz me aproximando de onde eles estavam. Eu não conseguia me esconder nem por mais um segundo, eu sentia que todo o meu mundo tinha desabado sobre a minha cabeça, era uma dor tão grande que eu não desejaria nem pro pior dos meus inimigos, pra ninguém.

Por que se um carro passasse ali agora eu me jogaria na sua frente.

- Jessica? – ele me olhou chocado como se tivesse sido pego no flagra.

- Eu te odeio.

E pela primeira vez eu estava sendo sincera.

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POSTEI DOIS CAPÍTULOS HOJE POR QUE VOU VIAJAR E QUERO TERMINAR A FIC ATÉ TERÇA-FEIRA! Beijinhos da dricka ♥

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