Gangster Love - Capítulo 37 - Justin is not the father

"Quando está com raiva, você tem o direito de expressar sua raiva, mas não tem o direito de ser cruel"

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Meus olhos ainda não acreditavam no que viam.

Justin pareceu ao mesmo tempo assustado e envergonhado.

- Você tá ferrado Bieber! – minhas mãos involuntariamente pegaram a chave do carro na mão dele – Você tá muito ferrado! – empurrei ele pra trás com brutalidade e fúria no olhar –Você já era!

- O que você está fazendo? – ele perguntou enquanto eu abria a porta do carro pronta para adentra-lo. 

- CALA A BOCA SEU MERDA! – empurrei ele de novo – EU NÃO QUERO OUVIR A SUA VOZ!

- Você não sabe de nada. – disse ele, ainda em choque.

- NÃO SEI? VOCÊ ACHA QUE EU SOU BURRA? MAS É CLARO QUE SIM, ERA VOCÊ O TEMPO TODO, POR ISSO ELA NÃO QUERIA ME CONTAR, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO CARAMBA? POR QUE? EXISTEM TANTAS VADIAS POR AI, POR QUE VOCÊ FOI SE APROVEITAR LOGO DA MINHA IRMÃ? ELA É SÓ UMA CRIANÇA JUSTIN, UMA CRIANÇA INOCENTE, VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO, DE SE APROVEITAR DELA! MEU DEUS, VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE EU ESTOU SENTINDO AGORA?

- E eu? Você já se colocou no meu lugar? Já se perguntou como é que eu me sinto todo maldito dia da minha vida?

- VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! – gritei irada – PORRA JUSTIN, VOCÊ NÃO SE DÁ CONTA DO MERDA QUE VOCÊ É? EU TENHO NOJO DE VOCÊ, NOJO! MEU DEUS, TUDO QUE EU SINTO AGORA É QUE VOCÊ A PIOR COISA QUE JÁ ME ACONTECEU, ANTES DE VOCÊ A MINHA VIDA ERA A MESMA COISA SEMPRE, MAS AGORA, AGORA EU TENHO CERTEZA QUE EU PREFERIA MIL VEZES AQUELA VIDA, EU TE ODEIO, TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS, VOCÊ É TUDO O QUE EU NUNCA VOU QUERER PRA MIM, SE VOCÊ PUDESSE IR PRO QUINTO DOS INFERNOS EU FICARIA AGRADECIDA, VOCÊ NÃO TEM SENTIMENTOS, VOCÊ NÃO SABE NEM MESMO O QUE É  AMOR, OLHA SÓ COMO VOCÊ TRATA A SUA MÃE SÓ POR QUE ELA QUER RECOMEÇAR A VIDA COMO O SEU PAI FEZ, VOCÊ SEMPRE SE PREOCUPOU MAS EM SER UM BABACA QUE QUER TOMAR O LUGAR DE OUTRO DESGRAÇADO DO QUE EM SER UM HOMEM DE BEM, UM HOMEM DE VERDADE! EU ODEIO VOCÊ, ODEIO VOCÊ SEU MERDA, SEU OGRO, SEU NOJENTO IDIOTA CRÁPULA!

Ele apenas me encarou sem saber o que dizer. Prossegui:

- Não importa se você conheceu ela em um dia em que você nem imaginava que eu existia, não importa como aconteceu e muito menos se ela queria ou não, nada vai mudar o que você fez, e não é só isso, você também matou o meu professor, ele era importante pra mim e pra um bando de gente, você transou com uma vadia enquanto eu otária demais estava te esperando lá fora, você mentiu pra mim quando não me disse que era um gangster e você me criticou quando eu tentei te ajudar a encontrar a grana, você riu quando eu inventei o nome só por que tinha amor no meio, você me manipulou diversas vezes, você Justin, você acabou com a minha vida, você zoava o Bob só por que ele é gay e ele é sempre a primeira pessoa a te defender quando eu estou querendo te dar um tiro, você é um idiota, você é nojento e se tem uma coisa que eu me arrependo é de ter limpado a sua barra hoje de manhã. Você não merece isso, você não merece nada além de apodrecer na cadeia.

Justin olhou rapidamente para Julie, as lágrimas em seu rosto não eram mais tão evidentes. Eles pareciam conversar apenas pelo olhar, e era como se ela temesse por algo. Então ele tornou a olhar pra mim.

- Tudo bem, faz o que você quiser.

- Eu vou fazer mesmo. – murmurei sentindo a garganta secar, por que diabos ele não me dava uma explicação, qualquer uma, eu só não queria me sentir tão burra, tão estúpida.

- Ótimo. – ele de repente abraçou Julie com muita força, quase a quebrando em pedacinhos, eu senti ódio de ver aquela cena, ódio misturado com ciúmes, e com raiva, com muita raiva – Fica bem pequena, fica bem.

- Obrigada. – gaguejou ela bem próximo ao ouvido dele.

Justin nem fez questão de pegar a chave nas minhas mãos.

Ele simplesmente saiu andando, provavelmente pegaria um táxi.

- Obrigada? – repeti incrédula – Esse vagabundo te engravida e é isso que você diz pra ele? Uau Julie, pelo que vejo eu não sou a única otária dessa família.

- Espero que Deus te perdoe! – ela disse balançando a cabeça e correndo para o portão.

Que ótimo, agora a culpa é minha.

Ela é só mais uma iludida, enganada pelo Justin.

Aquele desgraçado.

Entrei no carro e dei partida prestes a fazer o que eu deveria ter feito a tempos.

Parei o carro em frente ao prédio enorme e tive que limpar uma lágrima antes de ter a coragem que eu precisava para seguir adiante.

Mas eu não tinha outra alternativa.

- Eu quero fazer uma denúncia. – eu disse a moça da recepção da delegacia.

- Ah, Certo, você pode esperar ali? – ela apontou para o sofá preto onde haviam apenas três pessoas sentadas.

Fiquei esperando pelo menos uns quarenta minutos. Eu já tinha roído todas as unhas e tido todos os pensamentos que poderia se passar pela minha cabeça. Revivi todas as cenas dos últimos tempos, desde quando conheci o Justin até hoje. Meu Deus, quantas coisas haviam mudado.

Quando em sã consciência eu poderia imaginar uma coisa dessas?

Eles deviam ter se conhecido em uma balada, assim como eu o conheci.

Ele devia ter envolvido ela com aquele jeitinho dele e dado o bote.

Eu conheço algumas amigas da Julie, elas são muito travessas, não é difícil convencer ela a sair nesses lugares perigosos como o Brooklyn.

Eu sentia vontade de me matar só de pensar naqueles dois juntos.

E isso era bom, isso me dava forças para fazer o que era certo.

- Pois bem, qual é a denuncia? – eu estava de frente para um homem forte e assustador, na boca ele tinha um palito de dentes que ele mexia de um lado para o outro.

- É um cara, o nome dele é Justin Bieber. – comecei, sentindo minha mãos tremerem de forma agonizante – Ele estuprou a minha irmã, ela só tem 14 anos e agora ela está grávida.

Eu não fazia ideia se tinha sido um estupro, mas eu sabia que ele tinha envolvido ela, enganado ela, então isso pode ser a mesma merda.

- Hum, certo. – ele fez um sinal para que o homem do outro lado digitasse tudo que eu estava falando – Essa é a única denuncia contra ele?

- Não. – limpei a garganta me perguntado se eu teria mesmo coragem de falar aquilo – Tem mais coisas, ele...

- Ele?

- Ele matou o meu professor de educação física, o Sr. Robbinson.

- O professor que foi assassinado no Domingo? – seus olhos se arregalaram abruptamente.

- Sim.

- Você... espera, tem certeza do que está me dizendo?

- Eu tenho.

- Me conte essa história direito.

- Ele é um gangster. Ele só fez isso por que queria ficar mais perto de mim, na minha escola, ele não presta Senhor.

- Qual o seu nome?

- Jessica Baker.

- Jobs?

- Sim, senhor.

- Oh meu Deus! – ele se levantou – Imprima isso Dex, agora.

- O que você vai fazer? – perguntei quase me arrependendo do que havia dito.

- Justiça. – ele disse pegando o papel na impressora – Vamos, assine aqui.

- Por que?

- Se não assinar, não podemos fazer nada.

- Tudo bem. – minha assinatura saiu mais tremula do que tudo.

- Obrigado garota, você fez a coisa certa.

- Eu sei. – falei baixinho sentindo as lágrimas surgirem.

Sai da delegacia sabendo que Justin poderia ser preso a qualquer momento.

Aquilo me assustava, eu não conseguia imaginar ele em uma cela com um bando de bandidos.

Além do mais dizem que eles maltratam os pedófilos, fazem muito mal a eles.

Enquanto dirigia sentia que minha cabeça ia explodir. Eu não conseguia controlar as lágrimas e elas estavam começando a embaçar a minha visão. Eu dava alguns socos no volante me odiando mortalmente por ter me deixado envolver pelo charme dele.

Seria tão mais fácil se eu simplesmente tivesse ignorado sentir qualquer coisa.

Peguei o celular, eu precisava de uma amiga, das minhas melhores amigas.

- Alô? – a voz de Victoria soou animada – Para Ryan, para amor! – ela riu.

- Vic, você tá ocupada? – eu estava chorosa.

- Jessica? O que aconteceu?

- Eu preciso de você. – gaguejei incapaz de controlar as lágrimas.

- Amiga o que aconteceu? Onde você tá?

- Eu tô indo pra sua casa, amiga eu fiz... eu fiz amiga.

- O que? O que você fez? Eu to indo pra lá agora, ei, fica calma tá?

- Eu denunciei ele Vic, eu denunciei o Bieber!

- O QUE? – ela quase gritou.

- Eu não tive outra escolha, ele é o pai do filho da Julie.

- Mas... NÃO JESSICA! – ouvia o barulho de seus passos e a tensão em sua voz a medida que ela falava.

- Sim Victoria, eu tenho certeza.

- Faz assim, vai pra minha casa, eu chego lá em cinco minutos.

- Tá. – disse e desliguei o celular jogando-o no banco de passageiros e caindo novamente em um mar de lágrimas.

A casa dela ficava há apenas dez minutos de onde eu estava e quando eu cheguei lá avistei ela do outro lado da rua saindo do carro após dar um selinho no Ryan. Eu não sabia se devia odiar ele também, na verdade eu só queria proteger todas as pessoas que eu amo de qualquer crápula que seja amigo do Justin. Nem mesmo o Chaz eu sabia se era legal mais.

- Amiga! – esbravejei aos prantos a abraçando apertado – Amiga eu preciso muito de você, preciso muito de você.

- Droga Jessie, você não devia ter feito isso.

- Eu não tinha escolha.

- Sim, você tinha, você o ama.

- Ele não presta!

- Olha pra mim... – ela se desvencilhou do meu abraço e segurou meu rosto com as mãos começando a limpar as lágrimas que pareciam querer surgir cada vez mais – Eu gosto do Justin, ele é um idiota mas é uma pessoa legal.

- Você não sabe o que está dizendo Vic.

- Jessica o Justin não é o pai do filho da Julie.

- O que? Não, você não viu o que eu vi, você...

- Eu sei quem é o pai do filho dela, e não é o Justin.

- Como você poderia saber? É o Ryan não é? Ele está fazendo a sua cabeça só por que ele é amigo do Justin, mas não adianta, eu...

- É o Trevor!

Engoli em seco sentindo meu coração acelerar e a boca ficar seca.

- Não, não, não... – abaixei a cabeça tentando afastar aquelas palavras.

- Você sabe por que eu não gosto nenhum pouco dele? – ela acompanhou os meus movimentos com os olhos – Eu sei que é difícil ouvir isso, mas foi ele quem seduziu a sua irmã. Olha Jessie, você sabe por que eu sou tão santinha no meio de todas nós? Sabe por que eu sou a que sempre quer fazer tudo certo? E você sabe também por que eu concordei em ajudar a assaltar a loja? Acha que eu Victoria Candelario faria isso se não odiasse o Trevor com todas as forças? Foi ele quem tirou a minha virgindade, ele me seduziu, nessa época eu andava com a Courtney e ela sabe disso. Ele abusou de mim e depois simplesmente fingiu que eu não era ninguém, na época eu não fazia ideia de quem ele era, sabe o que é você sentir que um cara que você achou que era o amor da sua vida na verdade é um Gangster que só faz mal as pessoas? – algumas lágrimas escorriam livremente em sua face – É a pior sensação de todos os tempos, eu juro que não desejo isso pra ninguém. É por isso que eu me fechei pra muitas coisas, eu mudei, eu... isso, é isso... eu, eu não sei.

- Amiga... – eu sentia que não tinha mais forças.

- A Julie me contou logo depois que eles ficaram, ela estava assustada por que sua menstruação não chegava, ela fez o teste, mas ela não me contou que tinha dado positivo até eu ficar sabendo quando você voltou. Eu fui até ela, porra ela estava péssima, o Kevin acabou ouvindo toda a conversa e ele queria matar o Trevor, ela nos convenceu a não contar nada, mas ela tinha que pelo menos dizer que estava grávida. Eu sei que é difícil, mas é a verdade, o Justin não tem nada a ver com isso, depois que você me ligou eu falei com a Julie, o Trevor foi atrás dela na sua casa hoje de manhã.

- O que? – fiquei pálida, atônita.

- É, ele tentou agarrar ela, com a mesma ladainha de sempre, mas ai ela não deu bola pra ele, ela tentou se soltar mas ele forçou com ela, eu acho que ele não sabe que ela está grávida e queria se aproveitar mais, eu não sei porra, eu não sei, eu só sei que o Justin chegou lá e deu um soco no Trevor, ele bateu nele, ele defendeu a Julie, ela nem sabia quem o Justin era, ela só ficou assustada, ele ajudou ela Jessica. Ele ajudou ela.

- Não... Não... Não...

- Você precisa retirar a denuncia o mais rápido possível.

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beijinhos da dricka ♥ http://ask.fm/JBieberHorny