Gangster Love - Capítulo 40 - Eu te amo

“Eu me declarei pra você milhares de vezes, da minha maneira… Só você que não viu.”

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A arma estava na minha mão, diretamente apontada para a cabeça do Trevor.

O jeito que a Jessica estava só me dava mais vontade de arrebentar os miolos da cabeça daquele filho da puta.

Havia sangue por todo o rosto dela, como ele teve coragem?

O pescoço cheio de mordidas e hematomas.

Porra só de pensar naquele crápula passando a mão na minha garota eu sentia vontade de espancar ele e jogar pros lobos.

Só que também havia uma arma apontada pra cabeça dela, e eu sabia que não poderia lidar com isso. Eu jamais permitiria que ela morresse por causa de uma vingança.

Só que ali estava a minha oportunidade. Afinal tudo começou por causa disso não é? Meu objetivo sempre foi acabar com o Trevor Maddox desde o inicio, essa sempre foi a minha prioridade. Eu queria matar ele e assumir o seu lugar, vingar o que ele tinha feito pro meu pai. Pronto, era mais do que simples, era só puxar o gatilho e tudo estaria acabado.

Tudo mesmo.

Eu tinha a chance de matar ele, mas não podia matar.

Por que eu queria que a Jessica vivesse.

Mas se eu não o matasse ele nos mataria de qualquer jeito.

Então eu mato ele e ela morre também ou eu não mato ele e nós dois morremos?

A resposta era simples e estava dentro do meu coração.

- Atira Bieber, atira que a sua putinha morre! – aquele maldito roçava a arma na cabeça dela, o pânico no rosto dela era evidente.

- Justin mata ele! – gritou ela – JUSTIN MATA ELE!

- Eu não posso... – sussurrei com as mãos tremulas – Eu não posso.

- Você consegue! – disse ela chorando – Eu acredito em você, lembra?

Flash Back ON

- Olha aqui Biebs, vai lá e mostra pra ele quem manda nessa porra! Ninguém melhor do que você pra colocar ele no lugar. Só me promete uma coisa? Promete que vai continuar com aquela promessa de não agredir mulher nenhuma? Eu acho isso horrível e confio em você. Não deveria, mas confio.

- Eu nem sei como te agradecer, porra você...

- Eu tenho que ir! – ela se levantou cortando o clima antes que ela se entregasse a mim tanto quanto eu queria tê-la em meus braços.

- Jessica, espera! – a puxei pela cintura, nossos lábios tão próximos, mas quando tentei beija-la ela virou o rosto deixando com que o beijo fosse dado em sua bochecha que estava fria pelas lágrimas derramadas.

- Eu confio em você. – ela sussurrou bem próxima ao meu ouvido – Nunca se esqueça disso.

Flash Back OFF

- É por isso Jessica, é por isso que eu não posso.

Joguei a arma no chão fechando os olhos com força.

- NÃO! – ouvi ela gritar – NÃO JUSTIN, VOCÊ NÃO...

- CALADA PORRA! – abri os olhos a tempo de ver Trevor a empurrando pra parede.

- Não faz isso com ela caralho! – grunhi diabólico depois que ele guardou a minha arma na sua cintura ficando apenas com a Calibre.

- Está com medo da sua vadia morrer é? – ele deu um chute no estômago dela.

- FILHO DA PUTA! – fui pra cima dele com muita raiva – VOCÊ VAI SE DAR MAL, VAI SER MUITO MAL DESGRAÇADO!

De repente alguns homens entraram na sala e me tiraram de cima dele.

- Agora vai assistir uma coisa muito interessante. – ele largou a arma e segurou a Jessica, ele começou a passar a mão pelo corpo dela, seus lábios roçavam em todo os lugares que ele sentia vontade, meu coração estava se quebrando em pequenos pedaços a cada vez que me forçava a ver aquela cena.

Jessica chorava descontroladamente.

Eu tentava me soltar dos homens mas era impossível.

Eu sentia as lágrimas querendo surgir no canto dos meus olhos, porra eu nunca tinha sentido nada parecido. Eu finalmente me dava conta de que ela era a mulher da minha vida, eu queria que ela fosse minha pra sempre, eu amava ela, e se eu tivesse ela eu não ia precisar de mais nada.

Por que poder é bom mas não é mais importante do que ter alguém no mundo que te faça sorrir, que te faça sentir único.

E agora eu me sentia um fraco.

Um fraco por nunca ter dito isso a ela.

Então não importa quem esteja lendo sobre a minha história, eu digo uma coisa a você, nunca deixe de dizer a uma pessoa o quanto ela é importante pra você.

Por que quando eu estava ali a beira da morte foi como um filme de toda a minha vida se passando na minha cabeça. 

Eu percebi que eu devia ter dado mais valor a minha mãe.

Que eu tinha que ter aprendido os valores que o meu pai me ensinou.

E que eu devia ter dado mais valor a Jessica.

Ela nunca desistiu de mim.

E ela nunca me disse que eu não era capaz.

Mesmo eu fazendo um monte de merda ela sempre acreditava no melhor que eu poderia ser.

Mas que eu nunca fui.

E que agora era tarde demais pra ser.

Jessica é a única pessoa pela qual eu seria capaz de morrer.

- O que está acontecendo aqui? – a voz de Shelby me fez despertar, ela entrou no escritório com as mãos na cintura e os olhos arregalados – Trevor o que está fazendo com essa garota?

- Amor... – ele soltou a Jessica e eu suspirei aliviado – Imagina que essa vadia veio até aqui dizendo que queria dar pra mim.

- É MENTIRA! – gritei tentando convence-la, seria a única forma de sair dali – ELE ESTAVA ABUSANDO DA MINHA NAMORADA NA MINHA FRENTE ASSIM COMO ELE ABUSOU DA IRMÃ DELA E DA AMIGA DELA, ASSIM COMO ELE FAZ TODOS OS DIAS PELAS SUAS COSTAS SHELBY, TODOS OS DIAS.

- Não... – ela ficou confusa, se tem uma coisa que ela não admite é traição, e ele fazia isso com ela o tempo todo mas ela simplesmente não via.

- É mentira amor! – afirmou Trevor – Você sabe que é a única.

- Trevor... – sua voz saiu ríspida.

- Você não confia em mim? – ele estava próximo a ela – Eu nunca trairia você, nunca meu amor, nós somos únicos, nós somos pra sempre, se lembra do Justin? Ele sim é o traidor, se lembra do que ele me disse outro dia? Ele veio até aqui e me ameaçou, você se lembra bem, ele quer acabar com a gente Shelby.

- Não pode acreditar nele! – falei desesperado.

- Que decepção Bieber! – ela balançou a cabeça em reprovação – Esperava mais de você, era um bom gangster!

- Vem meu amor, deixa os meus homens cuidarem dele um pouquinho e depois nós terminamos o serviço. – ele olhou pra mim e sorriu – Te vejo no inferno Bieber!

- Filho da puta. – falei enfurecido enquanto ele saia.

Depois disso os homens começaram a me espancar. Eles me chutaram de todas as formas e jeitos possíveis. Meu rosto estava coberto por hematomas, o sangue escorria em várias partes do meu corpo. Eu sentia mais dor em ouvir os gritos da Jessica do que nas porradas em si.

Quando eles se cansaram pegaram duas cadeiras e colocaram de costas.

Jogaram a Jessica e eu em cada uma delas e amarram nossas mãos e pernas passando a corda ao redor.

Eu não tinha nenhum comando sobre o meu corpo.

Tudo estava anestesiado pela dor.

Quando eles saíram um silêncio tomou conta do ambiente.

Só ouvia as lágrimas de ambas as partes.

- Justin você também tá chorando?

- Sim. – sussurrei baixinho.

- Você vai me perdoar algum dia?

- Eu já esperava por algo assim.

Pude ouvir ela rir.

- Você me ensinou a ser inteligente mas esqueceu de me avisar quando ser.

- Tem razão, culpa minha.

- Não importa. – ela fez uma pausa – Obrigada por ter vindo.

- Eu me atirei aos lobos.

- Por que você fez isso?

- Por que – expliquei – eu não poderia deixar você sozinha nessa.

Eu sentia meu coração desacelerar aos poucos.

A surra tinha sido feia e eu estava perdendo os sentidos.

Como se a morte estivesse bem ali na minha frente.

- Mas...

- Jessica não diz nada, será que você pode me ouvir só um minuto?

- Sua voz – disse ela – está saindo fraca, você está bem Justin?

- Eu preciso te dizer uma coisa, por favor me ouve.

- Eu não quero ouvir nada, quando sairmos daqui você me conta.

- Jessie nós não vamos...

- Não diga isso! – ela me cortou – Nós vamos sim. E vivos.

A dor começava a percorrer meu corpo, sentia tudo desfalecendo.

Fechei os olhos.

- Promete que vai me ouvir até o fim?

- Eu não quero perder você. – disse ela entre lágrimas – Eu não quero.

- Eu tenho que te contar uma coisa. – falei com dificuldade.

- Não Biebs, eu não quero ouvir isso, eu quero que você me diga que eu não vou te perder, me diz isso, eu preciso ouvir.

- Você é linda sabia? – eu me sentia um idiota – Desde a primeira vez que bati os olhos em você eu notei isso, porra você é muito gostosa, você é loucura loucura, e esses seus lábios caramba, isso chama a gente sabe? Eu fico pensando coisa errada só de olhar, nossa o jeito que você fica de calça jeans, que é isso, é só pra me provocar não é? – dei risada – Não tem graça, eu fico de pal duro.

- Idiota. – ela riu.

- No começo era só pra ser a minha namorada de mentira, mas depois eu fiquei querendo que fosse de verdade, desde o dia em que nós transamos no escritório do meu pai eu quis que você fosse minha, só minha. Eu não suportaria ver você com outra pessoa, por isso fiquei tão puto quando começou a sair com o Chaz e esse tal de Chris, eles não são melhores do que eu Jessie, sabe por que? Por que eu sou o homem da sua vida, é só a mim que você tem que amar, você me entendeu? Só eu. Somente eu. Mais ninguém.

- Dá pra parar de ser babaca?

- Eu... eu te amo.

Ela ficou em silêncio durante um tempão.

Dava pra ver que ela ainda estava processando aquelas palavras.

- O que você disse?

- Eu disse que eu te amo.

Mais alguns segundos de silêncio.

- Você não...

- Sim, eu sei que não sou o melhor homem do mundo mas eu juro que tentei demonstrar isso, só você parecia não ver. Você acha mesmo que eu já fiquei com uma garota por mais de dois dias? Você deveria ter percebido Jessica, que mesmo eu fazendo esse monte de besteiras eu sou louco por você, sabe por que? Por que você é diferente de qualquer outra, você é a minha vadia, a única que eu amo, você me satisfaz de tal forma que eu não preciso de mais ninguém. – suspirei profundamente procurando fôlego – Você Jessica, é a minha metade. Se eu não tenho você eu não funciono direito.

- Justin, eu...

- Naquele dia na balada no Canadá, se lembra como eu fiquei puto quando vi você com outro cara? Eu te arrastei pro carro e te levei pra casa, eu não suportei ver você se esfregando em outro, eu não consegui. Você me deixa pirado, e esses dias quando saiu com o Chaz, sabia que eu bebi metade de cada gole de whisky que você tomou? É, eu fiz isso. Por que eu não tava nem ai se eu ia amanhecer em um porre daqueles, não me importava se eu ia vomitar e passar mal, eu só não queria que acontecesse o mesmo com você por que do meu jeito, eu me importo.

- Idiota, você é um idiota!

- Eu sei. – dei de ombros sentindo dor – Mas um idiota que te ama e que agora não tem vergonha de dizer isso, na verdade é a única coisa boa sobre mim.

Ela não disse nada, e eu continuei:

- Eu desisti de tomar o lugar do Trevor por que você me mostrou que isso não era tão importante quanto ser uma pessoa boa. E tudo o que a gente passou, caramba o nosso amor é tão bandido que me dá câncer. – isso me fez rir – Parece que a gente só funciona quando tem perigo no meio.

- Babaca! – ela gargalhou – Eu odeio você, odeio você.

- Não era exatamente o que eu estava esperando mas tudo bem, pelo menos você sente alguma coisa.

- Tem noção do quanto eu te odeio por só ter me dito isso agora que estamos a beira de sermos assassinados por um desgraçado?

Eu não conseguia mais enganar a mim mesmo, o fim estava próximo.

- Pelo menos eu disse isso a tempo. Eu acho que iria pro inferno se não te dissesse isso antes de morrer.

- Você vai pro inferno de qualquer jeito.

- E você vai queimar junto comigo.

Ela gargalhou.

- Eu não matei ninguém.

- Ah não? E o que pretendia fazer aqui?

- Eu sou burra. – admitiu.

- Muito. – concordei – Mas só pra constar eu não matei o velho do seu professor.

- Para de mentir! Deus tá vendo.

- É verdade, eu não matei.

- Então quem matou? Muita ironia não acha?

- Eu não sei quem matou. – confessei – Na verdade eu queria dar aula de Inglês sabe, minha matéria preferida, mas quando cheguei lá fiquei sabendo que eles estavam precisando de Educação Física, eu nem precisei dar um jeito de despedir a professora de inglês, aliás ela é uma gostosa.

- Filho da puta! – grunhiu ela – Você me fez pensar que você era um bandido esse tempo todo e na verdade você é um bostinha?  –  e então ela riu – Eu acho que não sou a única que não nasceu pra ser Gangster.

- Nós somos Gangsters. – retruquei – Gangster Love.

Ela riu.

- Achei que não tinha gostado do nome.

- Eu já disse que odiei.

- Justin! – ela parou de rir soando chorosa – Que merda, por que você esperou eu me jogar pra cima de um bandido pra se dar conta de tudo isso?

- Não sei.

Ficamos em silêncio.

- Jessie...

- Que foi?

- Eu queria olhar no seu olho agora, queria poder te dizer olhando nos seus olhos, queria que você realmente acreditasse no que eu sinto, eu queria muito te pegar de jeito e fazer um sexo selvagem, daqueles de entrar pra história sabe? Tipo aquele da sala de aula, ou aquele do escritório...

- Cala a boca! – ela riu.

- Jessica eu acho que estou morrendo.

- Não fala merda.

- É sério, meu corpo inteiro parece estar perdendo as forças.

- Não faz isso Justin, não desiste.

- Você me perdoou não é?

- Claro que sim.

- Jessica!

- Que?

- Eu te amo.

Ela riu.

- Agora vai ficar repetindo isso pra sempre?

- Eu te amo.

Ela riu, de novo.

- Eu também.

- Jessica!

Ela suspirou.

- Diz Bieber!

- Tamo fodido né?

- Muito.

- Mas Jessica...

- Hum? – ela estava rindo de novo.

- Só não esquece que eu te amo. – minha voz falhou, foi sumindo – Eu te amo mais do que você...

- Justin? Justin fala comigo seu moleque!

Eu não ia dizer mais nada.

Nunca mais.

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Sabe isso (aqui) me deixou muito muito muito triste, e todas as outras asks e pá, mas eu confesso que o amor que eu recebi, o carinho, a preocupação, caramba eu tô sem palavras até agora, ontem eu chorei depois que recebi aquelas asks, minha mãe até me tirou do computador, mas cara eu tenho as MELHORES leitoras do mundo, só tenho a agradecer a cada uma de vocês por tudo que fizeram por mim, todas as palavras, eu amo vocês, muito <333