Gangster Love - Capítulo 18 - The Gangster Girl

“Eu quis me perder por aí, fingindo muito bem que eu nunca precisei de um lugar só meu.”

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Justin Bieber P.O.V

- Eu adoro esses biscoitos! – Jessie disse pegando três pacotinhos e colocando dentro do carrinho de super mercado, aliás nós eramos os únicos clientes ali.

- Duas pastas de amendoim por favor! – murmurei colocando dois potes.

- Já comeu esses cookies? Tem um recheio de chocolate dos deuses! - ela pegou quatro pacotinhos.

- Não gosto muito de chocolate! – falei procurando pela área de doces.

- Tem certeza que podemos comprar o que quisermos?

- Sim Jessie, nós podemos.

- Se você pensar bem cem mil dólares não é quase nada.

- Você acha? – a olhei incrédulo – Foi mal, esqueci que a princesinha costuma gastar isso em uma hora no shopping.

- Isso não é verdade! – ela fez bico – Meia hora e a grana já era!

Dei risada.

- Você é demais mesmo!

Ela me lançou um sorriso sínico.

- Já peguei tudo que eu queria!

- Hum, eu só quero mais uns doces! – falei com os olhos na fileira de produtos.

- Posso pegar umas balas ali no caixa? – questionou.

- Precisa perguntar? – arqueei a sobrancelha achando que essa garota é doida.

- Posso ou não posso?

Bufei.

- PODE JESSIE, VOCÊ PODE! – meu tom de voz assustou o senhor que assistia aos noticiários da TV sentado em sua cadeira do outro lado do caixa.

- Obrigada! – ela sorriu sínica se encaminhando até lá.

Permaneci procurando pelos South Patch Kids, são os meus doces preferidos e eu não conseguia encontrar em lugar nenhum. Que espécie de mercado não tem esse doce? Ele é tipo um disco do Michael Jackson, tem que ter em todo lugar.

E tudo corria bem até eu ouvir palavras que me deixaram chocados ao ponto de eu deixar os doces que eu tinha na minha mão caírem no chão.

- PASSA A GRANA CARALHO, PASSA A PORRA DA GRANA! – Jessie apontava a arma para o senhor que abria o caixa as pressas para lhe entregar o dinheiro.

- MAS QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – corri até ela ainda meio assustado, essa garota perdeu a noção do perigo.

- VAMOS PORRA, EU MANDEI VOCÊ PASSAR A GRANA! – ela continuava a gritar – ISSO MESMO, COLOCA TUDO NESSA SACOLA, EU QUERO TUDO AI!

- Jessie para com isso! – falei alterado.

- CALA A BOCA BIEBER! – ela disse mandona – NÃO VAI ME AJUDAR?

- Disgrama! – disse derrotado.

Peguei uma das três sacolas de dinheiro enquanto o homem nervoso continuava enchendo mais sacolas. As veias em seu pescoço estavam quase saltando, ele estava tremendo de medo dela. Eu olhava aquela garota gritando com uma arma apontada para um senhor que devia ter um sessenta anos e não acreditava que era a mesma Jessie de algumas semanas atrás.

- Obrigada tio! – ela sorriu ainda apontando a arma para o homem e pegou as sacolas, inclusive a da minha mão.

- Que foi? – falei irritado – Vai pegar a grana, a chave do carro, e vazar é?

Ela deu risada.

- Seria um boa né? – fiz cara feia – Brincadeirinha, pega lá o carrinho de compras que eu cuido do resto.

- Que resto? – perguntei confuso.

- As câmeras, der! – ela começou a atirar em todas as câmeras do local, o homem colocou as mãos no ouvido completamente em pânico.

- Você é doida! – peguei o carrinho e sai arrastando lá pra fora.

Ela abriu o porta-malas e foi jogando tudo lá dentro, eu a ajudei. Aliás que outra opção eu tinha uma vez que ela tinha se transformado em uma louca sem escrúpulos e eu estava desarmado? Acho que subestimei sua inocência.

- Entra na porra do carro! – falei fechando o bagageiro.

- Ui, tá bom! – ela levantou os braços em sinal de paz.

Ocupei meu lugar no banco de motorista e pisei fundo no acelerador, precisava sumir dali antes que a polícia chegasse.

- Que diabos você estava pensando garota? – a encarei furioso batendo com força no volante.

- Aprendi com o melhor! – ela sorriu animada como se o que tivesse acabado de fazer fosse a melhor coisa de toda a sua vida.

- Sabe quais eram as chances daquilo dar errado e nós irmos parar na cadeia?

- Não aconteceu nada disso.

- Mas poderia ter acontecido, você...

- Eu consegui mais uns oitenta mil dólares e ainda um monte de comida! – disse sorrindo convencida.

- Maluca! – murmurei balançando a cabeça.

- Eu peguei a arma enquanto você me esperava trocar de roupa! – ela disse histérica – Foi incrível não é? Pode falar, eu sou a melhor.

- Nossa, com certeza! – eu não poderia estar sendo mais sarcástico.

~*~

- Qual o nome dessa cidade? – Jessie perguntou logo após eu deixar minha Ferrari no aeroporto, tínhamos colocado toda a grana na mala da Jessie, foi bem difícil convencer ela a deixar boa parte de suas roupas.

- Não interessa! – respondi, frio. Ainda estava com raiva do seu surto repentino de Gangster Girl.

- Vai ficar chato assim pra sempre? – questionou batendo os pés no chão com impaciência, esperávamos o nosso voo sentados em um banco perto da área de embarque a pelo menos uma hora e meia.

- Jessie eu adoraria ver você calando a sua boquinha e me deixando aqui de boa, sabe?

- M-mas!

- Chega! – me levantei tirando o celular do bolso.

- Aonde você vai? – perguntou apreensiva.

- Eu vou fazer uma ligação! – ela fez menção de se levantar – E você vai ficar sentadinha cuidando da sua grana!

Ela bufou mas obedeceu.

Thanks god.

Disquei o número do Lil as pressas.

- Alô, dude? – ele atendeu no primeiro toque – Até que em fim caralho, por que tu não atendia esse celular?

- Tá na maconha? – ironizei– Eu tentei te ligar um milhão de vezes.

- Sorry buddy mas eu nunca recebi nenhuma ligação sua.

- Tá, foda-se. O que importa é que deu tudo errado.

- O que deu errado? Sua mãe me ligou umas vinte mil vezes.

- Minha mãe te ligou? O que ela disse?

- Não sei, ela mais gaguejava do que falava, eu disse que não sabia de você, porra você não estava em Toronto? O que aconteceu?

- Meu pai descobriu tudo, fodeu a para toda.

- Oh shit! – ele grunhiu – E agora mano?

- Na boa? – suspirei – Eu não sei.

- Trevor já estava animado por que você conseguiu a grana tão rápido.

- Eu sei, foi um vacilo e tanto. Mas de qualquer forma eu estou voltando pra Nova Iorque hoje, sim, com a patricinha. – ele deu uma risada do outro lado da linha – Aliás tem umas coisas sobre ela que você não acreditaria se não visse com seus próprios olhos.

- Hum, mal posso esperar para ver buddy!

- Cala a boca! – comecei a rir – Não é nada disso.

- Mas eu não disse nada! – ele protestou.

- Falou Twist, o nosso voo é o próximo, te vejo mais tarde e fica na boa por que eu vou dar um jeito, eu sempre dou.

- Esse é o meu Justin.

- Yay, isso foi bem gay! – ele desligou na minha cara.

- Idiota! – resmunguei.

- Vamos entrar na porra do avião ou não? – Jessie me assustou.

- Você e os seus super poderes de aparecer do nada.

- Vem logo seu idiota, vem logo! – ela puxou meu braço e nós caminhamos para finalmente pegarmos o avião – Acabei de falar com a Vick, ela me disse que está morrendo de saudades e que está de castigo para sempre, sério ela não pode mais nem mesmo fugir por que o pai dela contratou seguranças, mó saco sabia? Ainda bem que o Bob pode ir pra lá pra eles ficarem arrumando as unhas e ...

Algo me dizia que seria uma longa viagem.

~*~

- Bieber dá pra me dizer quando você vai devolver essa aberração da natureza de volta para o seu precioso lar em Manhattan? – Lil estava com os olhos arregalados enquanto Jessie atirava nos alvos da parede.

Detalhe: ela estava usando uma arma pra isso.

- Eu te disse que você precisava ver com os seus próprios olhos. – dei risada e me sentei no sofá, tinha acabado de pegar uma cerveja na geladeira.

Nós chegamos em Nova Iorque há duas horas e a Jessica não parou quieta um segundo se quer. Ela não para de falar ou atirar ou se mexer, chega a ser angustiante tamanha empolgação. Ela definitivamente tem sérios problemas.

Estava passando um jogo de hóquei maneiro, apesar de o meu time preferido não estar jogando até que estava legal. Até o Lil me lançar aquele olhar.

- Já sei, já sei! – bufei – Trevor não pode saber que eu já voltei.

- Ele acha que você conseguiu a grana. – ele disse preocupado – Não estamos lidando com qualquer pessoa Biebs, é o Trevor Maddox.

- Ele me deu duas semanas ok? Ainda faltam alguns dias, eu vou dar um jeito de conseguir toda essa grana, eu prometo, vai dar certo, tudo que planejamos bro, nós ainda vamos assumir o controle.

- Tomara mesmo! – ele disse dando um tragada no cigarro em suas mãos – Por que na boa, esse cara é um pé no saco, ele acha que eu sou um escravo.

- Chute as bolas dele! – brinquei aumentando o volume da tevê.

- Acredite dude, é a primeira coisa que eu vou fazer.

- E a Shelby delicia? – questionei me lembrando daquela bunda grande, aqueles peitões, oh céus.

- Ela já está em New York, gostosa como sempre. – mordeu os lábios – Sabe de uma coisa? Eles transam a cada cinco minutos, é sério dude, eu já peguei eles no flagra umas vinte vezes só essa semana, eu juro.

- Oh my fucking god! – gargalhei – Isso deve ter sido... nojento.

- Totalmente nojento! – ele concordou – Mas pelo menos eu vi aquele traseiro que parece o paraíso.

- Você não tem MTV nessa porcaria? – Jessie estava mudando de canais.

- Cansou de destruir a parede do meu apartamento? – Lil perguntou irônico.

- Eu queria ouvir música de verdade e não assistir esse jogo sem graça.

- Eu aposto que na sua casa em Manhattan tem ótimos canais, aliás os seus preferidos e com certeza a televisão deve ser no seu quarto, com HD, Blu-Ray e tudo o mais, quer que eu te leve até lá? – ele pegou as chaves do carro em seu bolso para deixar aquilo mais engraçado.

- Não dessa vez punheteiro! – ela desligou a tevê enquanto eu tentava conter a risada, só de imaginar a Jessie vendo o Lil se masturbar assistindo pornô.

- Eu já disse que aquela foi a única vez, e a culpa foi sua! – ele se defendeu.

- Sou muito sexy pra você né? – ela deu um sorrisinho pouco convincente.

- Eu não costumo me sentir atraído por traidoras! – ele disse sério jogando o resto do cigarro no chão e pisando em cima dele – Essas eu costumo mandar pro quinto dos infernos.

Jessie ficou paralisada. Ela certamente não estava esperando por essa.

- Vocês dois deem uma trégua, ok? Só mais quatro dias e ela vai embora. Eu prometi que seriam duas semanas, você sabe que eu não sou do tipo que quebra promessas. Eu sou homem porra!

- Que eu me lembre o acordo era duas semanas no Canadá,  e ela deveria fingir ser a sua namorada e não contar para o seu pai que você é um Gangster a procura de dois milhões de dólares para um dos caras mais temidos no mundo inteiro! – ele praticamente cuspiu aquelas palavras – Essa garota é ridícula, no começo eu até pensei que ela poderia ser útil, mas depois do que você me contou, sinceramente? Eu já teria metido uma bala nessa piranha.

- CALA A BOCA SEU MERDA! – Jessica deu um tapa na cara dele.

- Você não queria ter feito isso! – Lil riu sem vida e se levantou pronto para acabar com a pequena Jessie, mas eu como sempre o super herói, o impedi de fazer qualquer besteira.

- Para Lil, se acalma porra! – empurrei-o de volta para o sofá.

- Então tira ela daqui! – grunhiu irritado.

- Eu sei que a culpa é minha tá legal. Mas eu duvido que você acharia normal ter uma vida perfeita e de repente se vê andando com um Gangster, um cara que mente pros seus pais e mata pessoas. Isso aqui é novo pra mim, eu não sabia que diabos estava fazendo quando contei pra ele, eu só achei que fosse a coisa certa, e ótimo, talvez não tenha sido, mas quem nunca errou que atire a primeira pedra tá legal?

- O que adianta você me dizer essas coisas? – ele a olhou com raiva – Vai mudar a situação? Nós estamos planejando isso há dois anos e você não pensou duas vezes antes de estragar tudo.

- Eu achava isso errado, eu achava que eu não pertencia a esse mundo de drogas, de bebidas, e criminosos e roubos... mas ai eu me vi no meio de tudo isso e eu na verdade gostei pra caralho, eu peguei em uma arma, eu vi uma pessoa ser morta e era como se um espirito desse tipo tivesse tomado conta de mim, agora cada veia do meu corpo pede para que eu descarregue uma arma em qualquer coisa, não importa o que seja. E você acha que eu gosto disso? De saber que talvez eu esteja me tornando uma coisa suja, inútil e perigosa quando eu costumava ser apenas a princesinha de Manhattan? Eu fiz coisas horríveis, eu enganei a minha própria família e sai de casa. Você acredita eu apontei a arma para um senhor de sessenta anos e tomei todo o dinheiro que ele tinha? Isso não é um jogo pra mim, eu não quero destruir ninguém. Daqui há quatro dias, eu te juro que saio dessa porra de apartamento. – ela pegou das mãos dele o cigarro que ele tinha acabado de acender e deu uma tragada – Antes eu preciso arrumar um milhão de dólares.

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Continua? Viu, eu não demorei a postar, mesmo que não tinha dado os comentários ainda, eu entendo, fiquei um tempo sem postar regularmente e tudo o mais. Eu tive motivos, em fim :( Mas agora voltei, vou postar SEMPRE ok? Prometo, então preciso que vocês comentem, quando der os comentários eu posto o dezenove! Bjbj, amo vocês <33 Qualquer coisa falem comigo (aqui)