Danger in Vegas - Capítulo 3

Agora ela está se sentindo tão para baixo, desde que ficou sozinha. Há um buraco no meio do meu coração como um polo. E isso não é brincadeira para mim.

Justin P.O.V - Aviso no fim do capítulo

O roubo tinha sido um sucesso, tinha corrido tudo do jeito planejado e talvez melhor ainda. Além de roubar uma boa grana da casa daquele safado do governador ainda pegamos mais de 50 quilos de ouro que ele tinha em sua conta no banco. Ele é muito trouxa mesmo.

Agora dirigíamos todos de volta ao galpão que estava a apenas uns oito minutos de onde já estávamos. Abri o porta-luvas procurando pelo carregador do meu celular e sorri malicioso ao ver todas aquelas camisinhas esparramadas, hoje eu ia fazer uma festinha com a Mari.

Molhei os lábios, estava tudo indo tão bem, e eu sentia que estava cada vez mais perto o dia em que eu teria David Malik nas mãos e o faria pagar por tudo que fez contra o meu irmão. Esse dia ia chegar, estava mais perto do que ele poderia imaginar.

Eu fui o primeiro a chegar, mesmo de Lamborghini o Chris conseguia demorar mais que eu, aliás eu estava odiando o fato de ter que tocar fogo naquele Fisker Karma, mas eu sabia que era necessário. Desci do carro e joguei as chaves nas mãos do primeiro segurança que vi perto do portão.

Eu: Tira todo o dinheiro, depois leva pro lugar de sempre e taca fogo. - ordenei e em seguida passei pelo portão.

Coloquei as camisinhas no meu bolso, aonde também coloquei o meu celular. Meus passos foram largos até colocar os pés no Galpão. Havia algumas malas bem na entrada, achei estranho mas deveria ser de algum dos seguranças, eu sei lá.

Os passos se transformaram em uma corrida até a sala onde Ryan e Mari estavam, a essa hora deviam estar dando pulos de alegria assim como eu estava. Fala serio, cada vez que algo da certo eu me imagino mais e mais perto de ter a cabeça de David em minhas mãos. E não existe nada mais satisfatório do que isso pra mim.

Eu: PORRA FOI DEMAIS! - gritei empolgado entrando desesperadamente na sala.

Mas de repente eu parei de sorrir, parei de me mexer, meus olhos se arregalaram, minha garganta estava seca, minhas pernas completamente sem movimento, e a minha boca de um formato de um 'O'. Isso só podia ser um sonho, quer dizer, quando aconteceu?

Era ela, a mesma garota sexy dos cabelos castanhos e olhos verdes. Eu senti uma coisa tão estranha quando vi ela, era como se o meu mundo inteiro estivesse sobe os meus olhos mas nada fizesse sentido. Ela não devia estar ali, ela não devia estar no meio de tudo isso. Como ela chegou até aqui? Quem contou pra ela? E porra, por que ela tinha que saber que eu sou um criminoso agora? Eu não quero que ela conheça essa parte de mim, eu não quero.

Mari: Essa garota disse que é sua amiga. - ela disse com indiferença sentada em uma cadeira.
Ryan: Mari eu já disse, ela é ex dele. Fica na sua porra!

Jen me olhava com desprezo, eu imaginava como ela se sentia em ver aquele cara que ela jugava ser um príncipe roubando pessoas, traficando, usando drogas e fumando.

Eu: O-oi ! - gaguejei saindo daquele transe.
Jen: Fala Bieber. - ela disse quase num sussurro de cabeça baixa.
Eu: Uh... será que eu poderia conversar com ela a sós?
Chaz: BIEBER DO CÉU, ACABEI DE VER A MILEY CYRUS , CARALHO! ISSO FOI UMA MIRAG... PORRA, VOCÊ NÃO É AQUELA ANGEL DA VS? MEU DEUS, JUS VOCÊ CONTRATOU ELAS? VAMOS FODER PRA CARALHO HOJE. - o tapado chegou quase gritando na sala, eu queria estrangular aquele idiota.
Ryan: Chaz não viaja, pelo amor de Deus! Vamos sair daqui...
Anne: Amor ! - ela exclamou entrando na sala pulando no pescoço do Ryan.- Foi incrível.
Ryan: Mandou bem?
Anne: Dois tiros no coração.
Ryan: Essa é a minha garota. - ele disse vitorioso enquanto saiam dali arrastando Chaz pelos cabelos.
Eu: Mari tem como você dar licença?
Mari: Eu? - ela tinha sua melhor cara de inocente.- Claro que sim Bieber. - ela se levantou e envolveu seu braço direito no meu pescoço aproximando seu rosto do meu e beijando o canto da minha boca.- Vou te esperar lá fora pra fazermos uma festinha no seu carro.

Sorri sem graça e ela saiu rebolando. Jen estava a beira das lágrimas e eu me sentia horrível, eu nunca fui o tipo de cara que parte o coração de uma garota, e agora a Jen estava ali com o coração partido, eu imagino o quanto ela deve ter se sentido sozinha desde que tudo aconteceu. Seu olhar estava tão sem vida, era como se apenas o corpo dela estivesse ali, e mais nada.

Eu: Você está bem? - me sentei ao lado dela.
Jen: Eu pareço estar?

Fitei o chão por um tempo. O que eu falaria pra ela? Nada, eu não tinha nada pra falar. Estava tudo ali diante dos olhos dela, esse era o meu novo eu. E por mais que não fosse aquele que ela costumava conhecer era algo que não ia mudar. O melhor a fazer seria acabar com isso de uma vez, dar a Deus e seguir em frente. Por que não adianta eu amar aquela garota com todas as minhas forças, eu não posso escolher entre ama-la e vingar a morte do meu irmão. Da mesma maneira que não posso deixa-la se envolver no meio disso tudo, da mesma maneira que ela jamais se envolveria.

Eu: Eu vi algumas fotos suas na internet esses dias.
Jen: Teve tempo pra isso? Achei que estava muito ocupado com a faculdade e a empresa do seu pai. - havia decepção em cada palavra que ela dizia.
Eu: Jenny eu sinto muito por isso, mas pensa comigo, foi melhor assim.
Jen: Melhor assim? Você me deixou sozinha, eu achei que ia suportar, eu achei que você precisava de um tempo, achei que você estava desabando e tudo que você estava fazendo era se tornando um criminoso, pelo amor de Deus, acha mesmo que é melhor assim?
Eu: O que você quer que eu faça? Que eu eu siga em frente e esqueça que mataram o meu irmão por minha culpa?
Jen: A culpa não foi sua.
Eu: Eles queriam matar a mim e não ele.
Jen: Eles só queriam isso por que ele matou o irmão desse David. Não entende o quanto isso é perigoso? Você não é o Jason, nunca vai ser então será que dá pra parar com isso?

Agora ela estava mexendo com meu orgulho.

Jen: Sabe qual é o seu problema Jen? Você não acredita que eu posso ser bom em alguma coisa. Serio, você nunca acreditou que eu pudesse ser algo além de um príncipe idiota que faz tudo para uma garota. Acontece que além de o namorado dos seus sonhos eu também sou homem, eu penso como homem e tenho as mesmas vontades que um homem deve ter, então... então será que dá pra parar de me ver como um idiota sem graça e começar a me enxergar como você vê agora? Por que esse sou eu, e isso não vai mudar nunca mais.
Jen: Pois saiba que eu odeio esse novo você.
Eu: Então você me odeia Jen, você me odeia.
Jen: Eu não entendo por que você mudou tanto.
Eu: E você acha que eu entendi quando você desapareceu da minha casa na noite em que eu te pediria em casamento e voltou dizendo que tinha beijado o meu irmão? Você acha que eu entendi quando você me disse todas aquelas coisas? Eu tenho aquelas palavras guardadas no meu coração até hoje e eu nunca vou esquecer nenhuma delas.
Jen: É da sua vida que estamos falando Justin.
Eu: E eu estou falando dos meus sentimentos Jen. Mas desde quando você se importa com isso não é?

Ela se levantou da cadeira afundando os dedos em seus cabelos que estavam bem maiores desde a última vez que eu a vi. Só então parei para analisa-la melhor. Ela estava tão mais bonita, quer dizer, ele sempre foi bonita, mas agora ela estava mais essencialmente sexy, ou talvez só agora eu comecei a olha-la com olhos tão famintos. Ela levantou os olhos encarando os meus com uma tristeza inexplicável.

Jen: Eu senti a sua falta.

Eu senti uma vontade insana de abraça-la.

Eu: Eu também senti a sua falta.

Ela tateou cada canto daquela sala sem olhar pra mim, era como se ela fosse desabar a qualquer momento. Me levantei instantaneamente caminhando até onde ela estava encostada em uma das mesas de computadores.

Eu: Não queria que as coisas fossem assim.
Jen: Por que você foi embora?
Eu: Não fazia diferença se eu ficasse.
Jen: Faria toda a diferença Justin, porra, eu te amo. - ela abaixou a cabeça, uma mistura de raiva com decepção, lágrimas quentes jorrando pela sua face.
Eu: Não faz mais sentido Jen.
Jen: Não faz? Então me diz por que eu não consigo parar de sentir, me diz por que a dor é tão grande que eu sai de Nova Iorque pra vir até aqui.
Eu: Isso nunca vai dar certo Jen.
Jen: Eu juro que não te entendo.
Eu: Eu nunca vou estar bem se você estiver no meio disso.
Jen: E você fica ótimo sem mim não é ? - sua voz transparecia a dor de seu coração partido.
Eu: Eu fico ótimo sabendo que você está segura.
Jen: Segura, e infeliz.
Eu: Jen, facilita as coisas pra mim, pelo amor de Deus!

As lágrimas, as lágrimas em seus olhos partiam meu coração em pedacinhos.

Jen: Por favor não me deixa, de novo. - ela implorou, havia raiva e dor em seu olhar.

Suspirei.

Eu: Você vai embora amanhã de manhã, tudo bem?
Jen: É isso que você quer?
Eu: É assim que tem que ser. Agora vem, vamos pra minha casa.
Jen: Achei que você morava aqui.
Eu: Não, eu moro em Las Vegas.
Jen: Que fica a dez minutos daqui.
Eu: Na verdade aqui também é Las Vegas, foi o único lugar que encontramos afastado da cidade.
Jen: É bem escondido.
Eu: É, bem escondido mesmo.

Ela pegou sua bolsa em cima da mesa e colocou no ombro esquerdo.

Jen: Mas Miley e eu vamos para um Hotel. - ela limpou as lágrimas com as costas de sua mão.
Eu: De jeito nenhum. - protestei.
Jen: Eu realmente não quero dormir ouvindo aquela piranha gemendo na sua cama hoje. - ela saiu sem me deixar dizer uma palavra.

Bufei e sai correndo logo atrás dela que já estava arrastando Miley pelo braço. Luke estava levando uma das malas, e outros seguranças as outras três.

Eu: JENNY ESPERA! - gritei.
Mari: Que foi bebê? - ela disse abraçando meu pescoço.
Eu: Mari me solta. - pedi tirando seus braços de mim.-
Mari: Qual é, não vamos nos divertir hoje?
Eu: EU DISSE ME SOLTA! - gritei irritado, ela se assustou e me soltou.- Desculpa, depois a gente conversa.
Chaz: Não se preocupa Mari, a gente faz a festa sozinho. - ouvi ele murmurar.

Jen estava na porta junto com a Miley que estava com uma cara de sono daquelas. Aliás ela estava diferente, tinha passado prancha no cabelo, nunca tinha visto ela de cabelos lisos. Miley é realmente muito bonita. Ela escorava nas malas sem conseguir dizer uma palavra para Jen, ela estava sonolenta. Jen estava a beira das lágrimas batendo o pé impaciente provavelmente esperando pelo táxi.

Eu: JEN ESPERA, POR FAVOR!
Jen: Sai daqui, sai daqui. - ela revirava os olhos.
Eu: Vamos conversar, fica lá em casa, os hotéis aqui são muito caros, por favor Jen.
Jen: Não se preocupe, nós temos dinheiro, e só pra constar não é dinheiro roubado.

O táxi parou na porta do galpão. O homem desceu e a Miley indicou que ele colocasse as malas no porta-malas. Ela nem falou comigo, acho que nem notou a minha presença de tanto sono que ela estava. Entrou no banco de trás e deixou a porta aberta para que a Jen entrasse.

Eu: Jen, espera, vamos conversar. - pedi segurando a porta.
Jen: Você já disse o que você pensa, eu acho não temos mais nada pra conversar.

Seus olhos tão tristes, vazios e perdidos agora umedecidos pelas lágrimas carregavam uma decepção inexplicável. Eu não queria que ela fosse, eu sempre ia querer ela, sempre ia ama-la... mas quando nós amamos nós precisamos deixar as pessoas partirem, temos que fazer o que é melhor pra elas.

Soltei a porta e a pontinha de esperança que havia em seu rosto desapareceu, ela entrou no táxi e bateu a porta com força. Uma misera lágrima escorreu pelo meu rosto.

Por que estar ao lado de um criminoso nunca seria o melhor pra ela.

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Perguntas (aqui)

Cara tem muita gente comentando em anônimo sem se identificar, ás vezes é a mesma pessoa SEMPRE, por isso não posto quando dá 120, eu quero PESSOAS DIFERENTES, entende? '-'

Gente me mandaram uma música que tem TUDO haver com essa ib, na boa, foi feita pra Jen e pro Jus, ela vai ser trilha sonora da ib, ok? olhem a tradução (aqui) tem tudo haver cara  *-*

Aviso importantíssimo: Vou mudar o layout a QUALQUER momento então se entrarem e tiver diferente não se assustem ok? kk.Vou fazer uma play list nova com mais músicas perfeitas ,-, Sejam bem vindas as leitoras novas, fiquem para sempre suas lindas s2