Gangster Love - Capítulo 24 - What?

E tudo está caindo enquanto você vai embora. E está tudo em mim, enquanto você se vai. Assim você vira, pega seu coração e vai embora.

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Justin Bieber P.O.V

- Trevor disse que você pode entrar! – murmurou um de seus capangas depois de cinco minutos de espera.

- É claro que eu posso! – grunhi adentrando o velho túnel que me levaria até o seu escritório.

A mala de dinheiro estava em minhas mãos e eu confesso que estava meio ansioso para o que iria acontecer dali a poucos minutos. Ainda assim, eu sabia que não ia voltar atrás nem por um segundo.

Os dois habituais seguranças que ficavam na porta assentiram com um breve sorriso reconhecendo-me de longa data e deram passagem para que eu entrasse.

Diferente da última vez, não havia nenhuma vadia com ele. Mas ele também não estava de frente, sua cadeira estava virada para a prateleira de vinhos importados e ele vestia uma regata preta que deixava todas as suas tatuagens espalhadas pelos braços a mostra.

- Hey! – o chamei, mesmo sabendo que ele já tinha notado a minha presença.

- Finalmente Bieber! – ele girou sua cadeira para encontrar meus olhos e o sorriso sarcástico que brincava em meus lábios – Se bem que de acordo com o meu calendário você ainda teria dois ou três dias.

- Eu sou o melhor Maddox! – disse firme apoiando minhas duas mãos em sua mesa após colocar a mala de dinheiro na cadeira – Você deveria saber disso.

Ele riu fraco virando a cabeça pro lado.

- É uma das razões por eu ter escolhido você.

- Realmente, você já deve saber que essa coisa vem de família.

- O que? – ele se mostrou confuso – Do que você está falando?

- Eu não sei – dei de ombros – Do que eu estou falando?

Um silêncio se abateu.

- Eu não entendi porra nenhuma do você que está insinuando ou tentando me dizer, mas o lance que temos pra resolver aqui é da grana. Você conseguiu os um milhão de dólares?

- Não Trevor. – me aproximei mais de seu rosto, meu olhos fixos nos dele com um domínio inacreditável, minhas mãos ainda sobre a mesa – Eu consegui três milhões de dólares.

- Esse é o Bieber! – havia um sorriso malicioso em seus lábios.

- Gostou? – dei risada – Olha que incrível, agora você tem como braço direito um dos melhores Gangsters já existentes.

- Só por que você conseguiu toda essa grana não quer dizer que... – ele parou de falar por um segundo – Calma ai, o que está acontecendo aqui?

- Eu não sei. – dei de ombros de novo – O que está acontecendo aqui?

- Você deveria saber que eu não faço o tipo que joga palavras cruzadas.

- Exatamente porra! – eu estava quase gritando – Você é um filho da puta!

- O que você disse? – ele se levantou com violência, seus olhos pareciam duas bolas de neve de tão grandes – Você me chamou de que?

- Eu sei sobre tudo, e eu nunca vou esquecer! – coloquei a mala com a grana em cima da mesa – Acha mesmo que eu seria tão idiota de te trazer essa grana e ficar trabalhando pra você? Eu não vou ser o tipo de cara que vai fazer o que você daria tudo para que o meu pai tivesse feito, porra, você é... você é um desgraçado, um corno, e eu? Eu só quero que você apodreça no quinto dos infernos.

- Não é como você diz. – ele murmurou tentando ignorar as minhas difamações.

- Ah não? – ri irônico – Então quer dizer que inventaram toda essa história? Quer dizer que se você está aqui hoje não é por que o meu pai teve que cair? Quer dizer que não foi você quem armou pra ele e ainda o ameaçou? Faça-me o favor caralho, seja homem pelo menos uma vez na tua vida.

- Você não tem o direito de falar assim comigo.

- Vai fazer o que? – questionei – Me matar? – olhei ao redor – Faça isso!

- Eu não...

- Eu tenho certeza que o meu pai te caçaria até no inferno.

- Justin as coisas não são fáceis assim, se você quer sobreviver nesse mundo você tem que passar por cima de algumas coisas e isso inclui pessoas, não é como se eu quisesse ter feito aquilo, eu precisava, eu não tinha outra opção, se eu quisesse estar aqui hoje e ter conquistado tudo que eu conquistei, eu tinha que fazer aquilo, eu tinha que estar no topo, a qualquer custo.

- Ótimo! – indaguei – Pois também é a qualquer custo que você cair do topo direto pro inferno.

Ele riu.

- E quem é que vai fazer isso? Você acha que consegue sobreviver lá fora sem a minha ajuda? Contra mim ainda?

- Eu tenho ótimas pessoas do meu lado.

- Já começou mal. – ele riu – Se quer ser alguém a primeira regra é não confiar em ninguém, não amar ninguém, é tudo um jogo de poder.

- Talvez seja por isso que você acabou sozinho.

- Eu tenho a Shelby.

- Ah, tem? – dei risada – Você deve ser mais corno que...

- Já chega! – ele grunhiu – Eu não sou obrigada a ficar aqui vendo você me insultar, isso é uma calúnia.

- Quem é você pra falar em calúnia? Aliás, quem é você pra ter a porra da cara de pau de me pedir pra ser um dos seus sendo que você destruiu a vida do meu pai, você acabou com tudo que ele tinha.

- Eu já te disse por que fiz isso.

- E eu já te disse que você não vai durar muito. – peguei a mala em cima da mesa – Anota ai Trevor, seu fim está bem próximo.

Foram as últimas palavras que eu disse antes de dar as costas, ainda pude ouvir o barulho de várias garrafas sendo jogadas contra a parede. Isso é bom, se ele está se doendo tanto é por que no mínimo ele tem medo do que eu posso fazer.

Liguei pro Lil imediatamente.

- Aonde você tá cara? – perguntei assim que ele atendeu.

- Tava comendo a duda até o celular tocar. – ele bufou e isso me fez rir.

- Até agora? Isso é um recorde.

- Cala a boca! Por que essa animação toda?

- Não precisamos mais trabalhar pro Trevor.

- O que? – ele parecia estar finalmente acordado.

- Reunião com a galera no apartamento. – disse abrindo a porta do carro e me jogando no assento de motorista – Eu mandei ele se foder.

- O QUE? – ele repetiu agora gritando, desliguei antes de poder lhe contar tudo que tinha acontecido.

Antes de ir pra casa eu precisava fazer uma coisa.

♀

Parei o carro na frente da mansão onde a Jessica morava só que em vez de tocar a campainha, mandei uma mensagem avisando que estava ali. Ela não demorou muito pra aparecer como pela manhã, ainda vestia a mesma roupa que como sempre me fazia encarar suas coxas com malicia.

- Justin! – disse ela ao atravessar a rua vindo ao meu encontro, eu estava encostado na minha Range Rover de braços cruzados.

- Jessica! – murmurei abrindo um sorriso instantâneo e poderia dizer até meio bobo – Obrigado por ter vindo.

- O sol está quase se pondo.

- E você está linda. – puxei-a pela cintura colando nossos corpos e quando fiz menção de beija-la ela virou o rosto exatamente como algumas horas atrás.

- Obrigada.

- Vai ficar assim pra sempre?

- Assim como?

- Chata.

- Eu não estou chata, eu só estou sendo eu.

- Não sabia que você era tão chata.

- E eu sempre soube que você era um canalha.

- Por que eu vim até aqui mesmo? – afastei ela de perto de mim.

- Eu ia te fazer a mesma pergunta.

- Caralho Jessica! – ela estava mesmo conseguindo me irritar.

- Você faz merda e ainda quer que eu fique de boa.

- Você mesmo disse que estava tudo bem.

- Mas isso não quer dizer que você tem o direito de vir na minha casa a hora que você quiser que vou te atender, e muito menos que pode me beijar quando bem entender! – seus nervos estavam a flor da pele – E não Bieber, não está nada bem.

- Eu não sei o que eu...

- Será que você não percebe porra? Eu gosto de você caralho, gosto pra porra e isso é uma merda por que você não presta, entendeu? Nunca vai prestar, isso é um fato consumado. Eu já te disse, minha vida está um caos total, eu não quero ficar perto de você, eu quero esquecer tudo que aconteceu. Você ajudaria muito se fosse embora e nunca mais voltasse.

- E-eu também...

- Também o que Justin?

- E-eu... – suspirei e ela riu.

- Exato. Você não sente nada.

- Mas é que...

- Eu estou te pedindo por favor pra ir embora.

- E se eu não quiser ir? E se eu...

- Não tem mais nada a ver com você, agora é sobre o que eu quero. Então faça o favor de se mandar.

- Jessica eu fui lá, eu falei com o Trevor e eu disse tudo pra ele. Isso não teria acontecido sem você, nada na minha vida estaria melhor se você não estivesse nela, por que você está me pedindo algo tão difícil?

- Que bom que você foi lá, agora fica mais fácil você se tornar um Gangster, destruir a vida das pessoas é bem a sua praia mesmo.

- Eu achei que você queria que eu conseguisse isso.

- Eu achei tantas coisas. – ela tinha suas mãos no bolso de trás do short – E olha só onde eu vim parar por isso.

- Eu não entendo Jessie, o que você quer que eu faça?

- Eu nunca vou querer que você seja alguém tão ruim.

- Será que você não percebe que nós não funcionamos se não houver perigo, se não tiver adrenalina e todas aquelas coisas excitantes?

- Talvez, talvez seja tudo sobre um amor bandido... espera, amor? Vindo de você? – ela gargalhou – Não mesmo, nunca.

- Eu não estava falando disso.

- Você nunca está falando disso.

- Porra Jessie, você está me confundindo.

- Eu já deixei bem claro, eu quero que você vá embora.

- Se é assim. – suspirei – Espero que você me perdoe um dia.

- Eu também espero. – ela gaguejou dando as costas pra mim, era óbvio que haviam lágrimas escorrendo pela sua face enquanto ela corria de volta a sua casa, e era mais óbvio ainda que estava cada vez mais claro o quanto eu amava aquela garota.

♀

- Justin você perdeu a cabeça? – Lil estava quase explodindo de tanta raiva.

- Você falou tudo isso pro Trevor? – Chase não conseguia acreditar.

- Isso é serio? – Ryan estava chocado.

- Até a parte que ele é corno? – Chaz conseguiu me fazer rir.

- Palavra por palavra.

- E o tio Bruce foi embora nem nem dar um oi.

- Eu juro que não entendi essa parte. – franzi a testa, quando cheguei aqui há poucos minutos atrás meu avô já tinha voltado pro Canadá.

- Que porra é Bruce numa hora dessas? – Lil se debatia – Caralho olha só o que você fez!

- Eu fiz o que eu deveria ter feito, ainda bem que a Jessie me abriu olhos.

- É claro que tinha que ter o dedo dessa garota nessa história!

- Eu não vou mais admitir que você fale alguma coisa dela.

Lil riu alto.

- O que você vai fazer? Calar a minha boca?

- Se for preciso. – sorri sínico.

- Se toca Justin, olha só no que você nos meteu por causa da opinião de uma patricinha.

- É por causa dela que nós temos toda essa grana.

- Nós não íamos precisar de nenhum centavo se ela não tivesse falado demais.

- Eu não estou nem ai pro que você pensa patinho. – me espreguicei no sofá – Se quiser ficar fique, se não.

- Então é assim?

- Exatamente assim.

- Que ótimo. – ele riu – E qual é o seu plano brilhante?

- Eu ainda estou pensando em algo.

- Ah entendi...

- Não seja irônico.

- Como não? O cara mais perigoso desse país é nosso inimigo e você ainda está pensando em alguma coisa? Qual é! Devia ter pensado muito antes.

- Olha aqui Lil quando sua TPM passar a gente conversa tá bom? No momento eu estou querendo ir comprar uma flores, eu preciso arrumar alguma forma da Jessie me perdoar, você pode não concordar comigo mas... mas eu acho que eu preciso dela.

- Que horas você vai falar com ela? – Chaz perguntou.

- Só vou tomar um banho e comprar as flores. Por que?

- É que ela não vai estar em casa.

- Ah não? E como você sabe?

- Por que ela vai sair comigo.

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Foi mal pela demora e por esse capítulo horrível é que eu estava viajando e tenho um monte de trabalho pra fazer pra amanhã :c Em fim,amo vocês. Se quiserem falar comigo, qualquer coisa (aqui)