Gangster Love - Capítulo 26 - I don't wanna be with you

“Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados.”

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 Justin Bieber P.O.V

Ela achou mesmo que eu ia deixar ela sair com o Chaz assim numa boa? Eu não estaria sendo  eu se isso acontecesse. E pensar que eu achei que ele fosse meu amigo, mal pisquei e o cara já tá querendo furar meu olho. A verdade é que me deu uma puta raiva de ver a garota que eu amo abraçando um dos meus melhores amigos, ela parecia tão feliz com ele, de um jeito que eu talvez nunca pudesse fazê-la sentir. Ele era um idiota, mas ele não chegava nem aos meus pés quando se tratava de ser o pior canalha de todos os tempos. Ainda assim, eu odiava só imaginar que eles pudessem ficar juntos, que ele pudesse a tocar, e o resto eu realmente não quero pensar.

- Como assim Justin? – Chaz se virou para trás confuso, após ouvir a voz tremula e assustada de Jessie. Eles finalmente se soltaram, já era hora.

- Charles você pode até ter me roubado a ideia do buquê de flores – me aproximei em passos lentos até a Jessica, havia um sorriso imenso nos meus lábios, um sorriso que eu nunca pensei que fosse soar tão verdadeiro – Mas eu duvido que você sabia que ela gosta de Margaridas.

Ele abriu a boca pra dizer algo, mas não havia nada a ser dito.

Coloquei as flores na mão dela, ela as segurou completamente confusa, foram poucos os segundos em que nossos olhares se encontraram, ela fez questão desvia-los. E só pra constar, depois que eu percebi que a amo, que gosto de verdade dela, parece que toda vez que eu a vejo eu fico mais bobo e mais indignado por ela ser tão linda, quer dizer, não é algo que eu prestava tanta atenção antes.

- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou seca, tentando esconder seus sentimentos.

- Não vai acreditar no que aconteceu – comecei, tentando parecer o garoto mais convincente da face da terra – Eu estava dirigindo aqui por perto, e ai do nada o meu carro apagou, vê se pode! – dei de ombros – Eu arrastei ele até aqui com a ajuda de uma garota que estava passando na rua, ela era uma delicia mas eu disse que tinha namorada.

Os dois me olharam como se eu fosse o pior mentiroso de todos.

Eles não estavam errados.

- Hum, e ela também te deu essas flores pra você trazer pra mim é?

- Eu ia trazer de qualquer forma.

- Você mente muito mal.

- Eu não estou mentindo amor! – protestei.

- O que você disse? – ela quase riu.

- Amor! – repeti percebendo o quanto aquilo era estranho.

Ela suspirou, tentando recobrar a consciência.

- Eu adorei as flores, amei a sua visita, de verdade, obrigada mesmo.

- Não tem de quê. – sorri pra ela.

- Agora pode ir embora? – ela deu dois tapinhas nas minhas costas – Eu vou sair com o Chaz, até mais Justin.

- Sério? Pra onde vocês vão? – fiz de tudo para não parecer sínico.

- Vamos jantar. – Chaz respondeu, tentando se controlar.

- Não diga! – falei histérico – Eu estava mesmo morrendo de fome.

- Justin você não vai...

- É claro que eu aceito jantar com vocês Jessie!

Ela colocou a mão na testa sem acreditar no que estava acontecendo.

- Sério isso? – Chaz estava desacreditado.

- Eu imagino o quanto você deve estar feliz, insistiu tanto pra que eu viesse hoje mais cedo. – disse com um sorrisinho sínico.

- É verdade! – ele usou o mesmo tom que eu.

- Então vamos?

- Só se for agora.

Jessie não disse nada, apenas passou pela porta para sair de casa.

- Que diabos você pensa que está fazendo? – Chaz resmungou sem que ela pudesse nos ouvir.

- Eu só estou cuidando do que é meu! – dei uma piscadela e apressei os passos para encontrar Jessica – Como estão as coisas com a sua família?

- Vai ficar tudo bem. – foi tudo o que ela disse.

Ao chegarmos no portão Chaz desativou o alarme e as portas do carro com o controle que ele havia tirado do bolso. Do outro lado estava a minha Range Rover que obviamente não tinha estragado coisa nenhuma, é um dos melhores carros do mundo.

- Entra ai amor! – murmurei abrindo a porta de trás pra Jessica, aos poucos ia me acostumando a chama-la assim, na verdade não conseguia pensar em outra forma de descreve-la.

- Por que você não vai no seu carro? – Chaz bufou impaciente.

- Ele está estragado brother. – disse sarcástico – Não se importa se eu ir ao seu lado não é? Você sabe, homens na frente e as damas bem confortáveis aqui atrás.

- Na verdade você está completamente enganado! – ele deu de ombros – O carro é meu e eu estou dizendo que você não vai se sentar na frente.

- Eu me sento onde eu quiser! – quem estava perdendo a paciência era eu, o cara rouba a minha garota e ainda vem dar um de mandão.

- Então vai se sentar na puta que... – ele parou de falar – Eu não ia dizer isso.

- Você é um idiota. – resmunguei.

Jessica bufou como se tivesse vendo duas crianças brigando e quando estava prestes a se sentar no banco de trás alguém gritou seu nome. Tirei a mão da porta e me virei para ver quem era.

Um garoto.

Eu não o conhecia.

- Chris? – não consegui distinguir se ela estava surpresa, confusa ou feliz.

- Ah meu Deus, até que em fim te encontrei! – ele correu para abraça-la e dessa vez eu não fui o único a ficar irritado.

- Você me ligou? Eu mudei de chip, deve ser isso.

Na verdade ela estava te ignorando seu idiota.

- Deve ser ! – ele concordou sem conter sua animação – Olha eu estava louco pra ver você, estava com saudades.

- Eu também estava com saudades branquelo! – agora eu tinha certeza, ela estava muito feliz de vê-lo.

Dei uma tosse irônica para lembra-la que eu ainda estava ali.

- Ah, esse são meus amigos, Justin e Charles! – ela rompeu o abraço, mas ainda mantinha suas mãos ao redor da cintura dele – Nós estamos indo jantar.

- E ai caras! – ele sorriu exageradamente simpático mas eu fiz questão de não retribuir o apertão de mão, mesmo que Jessica tenha me olhado feio.

- Ele é Christian! – ela disse, após ele e Chaz se cumprimentarem – Meu branquelo idiota.

Dei um sorrisinho tão sem graça que acho que ela ficou envergonhada.

- Você andou malhando? – ela perguntou toda sorridente – Olha só o tamanho desses braços garoto!

Qual é, meu braço é mil vezes maior do que o desse baitola.

- Pouquinho. – respondeu se gabando, opa, percebi uma troca de olhares ai.

Forcei a tosse novamente, aquilo era torturante.

- Então Chris... – ela deslisou suas mãos levemente sobre o peitoral dele – Você não quer se juntar a nós três?

Não, calma ai... isso já é demais!

- Tem certeza? – ele parecia indeciso – Não quero atrapalhar nada.

- Então vai embora! – rosnei.

- Oi? – ele fingiu não ter ouvido.

- Eu disse pra você...

- Ele disse que vai adorar se você for! – Jessica me interrompeu com seu melhor sorriso, ela estava conseguindo me deixar puto, e agora eu percebia, ela só estava querendo provocar.

- Sendo assim, tudo bem. – o baitola sorriu pra ela todo feliz.

- É melhor a gente ir! – eu disse puxando Jessica para perto de mim – E já que o Chaz disse que não quer que eu me sente no banco da frente só me resta ficar aqui atrás com você amor!

- Mas...

- Mas nada Chaz! – empurrei a Jessie para dentro do carro e pude ouvir meu melhor amigo pisar forte no chão enquanto dava a volta pra ocupar seu lugar no banco de motorista.

Durante todo o caminho pude ouvir Jessica me dizer de todas as formas e em todas as línguas que eu era o garoto mais idiota da face da terra. Eu até tentei fazer algumas gracinhas mas ela não me dava moral, ficava bancando a difícil, como se eu não me lembrasse de quando ela abriu as pernas pra mim. Aliás, ela me beijou logo no dia em que nos conhecemos e mais do que isso, nós quase transamos no sofá daquele escritório do Trevor. Por que ela tem que bancar a santa agora? E ainda ficar me provocando com esse viado do caralho. 

Vez ou outra eu alisava sua coxa, ela estava com uma saia tão provocante que me bateu uma insegurança quanto as suas intenções para com Chaz nessa noite. Ele não ia conseguir se controlar com uma gostosa dessas vestida assim, por mais que ele fosse meu amigo, vamos combinar ela é exageradamente perfeita. E eu nunca vou me cansar de dizer isso. Eu só sinto que é ela, é ela que eu quero pra mim.

- Até que em fim! – ela disse ajeitando a saia após descer do carro, esperei alguns segundos pra sair, primeiro assisti de camarote os movimentos que seu traseiro fazia enquanto ela saia do carro.

Essa garota ainda vai me deixar louco.

- Nossa, não tinha reparado o quanto você está linda! – Chis passou o mão pelo ombro dela e isso foi o ápice pra mim.

- Que tipo de cara não repara na Jessica? – murmurei pra mim mesmo.

- Babacas como ele. – Chaz parecia concordar comigo pela primeira vez.

Eles ficaram conversando e eu o vi puxar a cadeira para que ela se sentasse depois de escolherem uma mesa de quatro pessoas. Chaz e eu não trocamos uma palavra mas tudo que eu podia dizer era que aquilo não ia ficar assim. Quem esse filho da puta pensa que é pra estragar tudo assim? Eu sou o Justin. Eu nunca perco. Nunca.

-  E ai Chris, o que você faz da vida? – impedir que eles trocassem qualquer tipo de palavra era a  minha prioridade agora – Assalta bancos? Mata pessoas?

Eu estava rindo, mas nem todos entenderam a minha piada.

- Na verdade eu não trabalho. – disse, ele – Estou pensando em ir pra Harvard ano que vem, vou fazer medicina.

Ele parecia tão orgulhoso de si mesmo, que vontade de socar ele.

- Que ótimo. – resmunguei.

- E você, já está na faculdade?

- Não. – dei de ombros – Meu trabalho não precisa de faculdade.

- Entendi. – um de seus braços estavam no ombro da Jessie, isso não o impedia de olhar pra mim que também estava bem ao lado dela – E de que você trabalha?

- Eu sou um Gan...

- Ele é um gerente de uma empresa de UFC, é do pai dele. – Jessica se apressou a dizer, quase sem fôlego.

Isso me fez rir, eu sempre tiro o fôlego das garotas.

- Legal! – o garoto sorriu enquanto ela me mandava um olhar matador – E você luta ?

- Olha Chris – me aproximei um pouco, mais perto da Jessica e também mais perto dele – Só quando tem algum babaca abraçando a minha namorada e cantando ela na minha frente.

Ele engoliu em saco.

- Me desculpe! – sua voz tremia, observei ele tirar o braço da Jessica de imediato – Eu não sabia que, oh meu Deus! – ele balançou a cabeça – Sinto muito mesmo.

- O que? Mas eu não...

- Você ainda não tinha falado pra ele amor? – peguei a mão dela alisando, mantendo meu sorriso sarcástico nos lábios – É claro, temos passado tanto tempo juntos que não deve ter tido tempo.

Chaz por mais furioso que estivesse não conseguiu conter uma risadinha.

- Parabéns pra vocês dois. – Chris disse ainda chocado e envergonhado.

- Ah muito obrigada! – abri um sorriso gigantesco enquanto abraçava Jessica de lado, até dei um selinho rápido nela, aproveitei que ela estava chocada demais para dizer alguma coisa – Nós estamos tão apaixonados que já pensamos em nos casar, passamos duas semanas no Canadá, ela conheceu os meus pais, minha mãe quase não deixou ela voltar de tanto que gostou dela.

Jessica abriu a boca para dizer algo, mas ela não conseguia.

- Casar? – ele tossiu como se tivesse entalado – Nossa!

- Quando o amor é assim tão grande não vejo por que esperar! – a apertei mais forte e reforcei o sorriso.

- Também acho. – a decepção evidente nele era o melhor prêmio do universo inteiro, é sério, eu estava me sentindo um máximo.

- Será que a gente pode ir embora? – ela perguntou do nada.

- Como assim? – questionei meio bravo – Nós acabamos de chegar bebê.

Ela me olhou como se estivesse prestes a vomitar.

- Simplesmente perdi a fome.

- Amor você não está grávida não é? Eu tenho certeza que usamos camisinha!

Senti os olhos arregalados sobre nós.

- Nossa, dessa vez você conseguiu ultrapassar todos os limites! – ela se levantou irritada, jogou o guardanapo na mesa, pegou sua bolsa e se retirou.

- Eu me esqueci completamente – ainda mantinha o sorriso – Ela odeia quando eu fico falando sobre nossa intimidade, mas sabe eu sinto vontade de falar isso o tempo todo, por que cara, ela é demais, não dá pra explicar.

Chris assentiu com um sorrisinho e Chaz estava indignado. Ele saiu logo depois da Jessica.

- Eu acho melhor ir atrás deles. – falei me levantando.

- Vou ligar pro meu pai vir me buscar. – disse o playboy que tinha perdido todas as esperanças em relação a Jessica, totalmente frustrante.

Ao chegar lá fora Chaz e Jessica estavam quase entrando no carro.

- Por que você vai embora? – perguntei irritado.

- Chaz eu vou na frente com você! – ela disse me ignorando e entrando no carro, nenhum dos dois falava comigo e se eu não entrasse no banco de trás eles me deixariam.

Durante todo o caminho ninguém falou absolutamente nada. Era tão torturante que chegava a doer. Eu não tinha feito nada demais, só estava defendendo o meu território. Eu não ia entregar ela de bandeja pra qualquer um, eu não ia desistir assim tão fácil. Eu estava amando pela primeira vez, por que motivo razão ou circunstância eu a deixaria escapar assim tão fácil?

O carro finalmente parou em frente a sua mansão e todos descemos do carro.

- Amor, não vai falar comigo? – segurei seu braço a fazendo parar de andar em direção ao portão.

- PARA DE ME CHAMAR DE AMOR CARALHO! – ela gritou irritada tirando minha mão de forma bruta – Eu não sou nada sua, NADA.

- Mas...

- Quem você pensa que é pra fazer isso? Eu queria me divertir hoje, eu queria sair e ter uma noite normal como eu costumava ter antes de você aparecer. Por que você estragou tudo? Aliás, por que você SEMPRE estraga tudo? Desculpa Justin mas você tem um péssimo problema, você acha que tudo gira em torno de você, mas acontece que não é assim. Qualquer um pode viver sem você, não é como se você fosse essencial pra mim ou pro resto da porra do mundo, eu queria sair com o Chaz, só com ele, você não estava incluído nos meus planos.

Engoli em seco, ela sabia que tinha me magoado, mas ela não se importava.

- Vai embora, me deixa em paz! – ela estava furiosa, a beira das lágrimas – Eu não quero mais saber de você, eu já te disse isso um milhão de vezes porra!

- Jessica eu acho que...

- Não adianta falar nada Chaz! Você sabe que eu tenho razão. O Justin acabou com a minha vida, eu só queria que ele entendesse de uma vez que ela não gira em torno do umbigo dele. – ela olhou pra mim, era como se eu pudesse ver o oceano inteiro dentro de seus olhos – Eu amo você Justin.

Suas palavras foram como um choque para todo o meu corpo, ela deixou com que as lágrimas escorressem livremente em sua face gélida.

- Mas eu não quero ficar com você.

+120 comentários

E ai , o que estão achando? muahah me diverti muito escrevendo esse capítulo kkkkkk Bom, se quiserem falar comigo vou adorar hihi (aqui) bjbj amo vocês <33 

By: @jbieberhorny