Gangster Love - Capítulo 29 - Que tal você ficar na sua?

“As vezes acho, que no meu coração tem uma plaquinha escrita: Entre, quebre tudo, e saia sem dizer adeus.”

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Justin Bieber P.O.V

Pra mim nada era mais gratificante do que aquele olhar assustado, aquele pavor que estava estampado e evidente no rosto da Jessica. Enquanto todos sorriam e curtiam o novo professor, ela e seus amigos – os que me conheciam – eles piscavam várias vezes ainda sem acreditar que era mesmo verdade.

Eu estava disposto a ir até o quinto dos infernos para fazê-la pagar por aquela noite, por ela ter me ignorado, me feito de idiota. Ela acha mesmo que eu vou cair nessa história de que o Chaz passou a noite toda na casa dela e eles não fizeram nada? Apenas conversaram como bons amigos que até iam sair pra jantar? Mesmo com aquela saia curta que mais parecia uma calcinha e aquela blusa com o decote maior do que a cara de tapada que ela tinha naquele exato momento?

Eu não sou burro.

Eu sou Justin Bieber, e as pessoas deveriam pensar muito bem antes de entrarem no meu caminho.

- Nós vamos treinar hoje? – perguntou uma líder de torcida, loirinha, voz sexy e manhosa – É que eu tenho uns movimentos novos.

- Ah, você tem é? – entrei na brincadeira, mas só por que a Jessie revirou os olhos, sinal que não gosta da garota – Eu vou adorar ver você me mostrando cada um deles.

Ela mordeu os lábios, carinha de safada.

- Mal posso esperar.

- Achei que estava aqui pra dar aula e não pra ficar aceitando insinuações sexuais de alunas como a vadia da Courtney! – ao levantar os olhos pude ver que era a Duda que estava dizendo isso, essa garota sempre falou demais mesmo.

- Qual o seu nome? – perguntei sarcástico.

- Eduarda Nery! – respondeu no mesmo tom.

- Então Eduarda – dei alguns passos me aproximando do lugar onde ela estava sentada do lado da Victoria – Quando eu pedir sua opinião ai você pode abrir a boca, tudo bem? – lhe lancei um sorrisinho cínico.

Todos, aluno por aluno. Eles ficaram chocados.

Ela me olhou furiosa.

Mas a tal Courtney parecia estar adorando tudo.

- Não liga pra ela profê, ela gosta de se meter na vida de todo mundo.

- É mesmo? – percebi a garota ajeitar o decote, deixando-o mais visível.

- Um hum – ela garantiu – Você só precisa ignorar.

- É o que eu vou fazer – voltei ao lugar de antes – Mas e você – apontei para o Chris – Qual o seu nome?

Ele me olhou incrédulo.

- Christian – ele gaguejou quase sem voz.

Queria rir daquilo, mas me contive.

- Belo nome! – me encostei na mesa e cruzei os braços – Meu tio tinha esse nome, eu adorava ele, sabe, todo mundo adorava.

- Legal. – sua voz ainda soava tremula.

- Vai por mim, não tem nada de legal nisso. – agora tinha colocado uma perna em cima da outra também – Ele morreu em um acidente de carro e um mês depois, quando lemos o testamento dele, descobrimos que ele tinha sido casado, e vai por mim não era com uma mulher.

Todos os alunos soltaram uma gargalhada que ecoou por todo o ambiente, de repente todos estavam zoando ele, e eu me senti quase satisfeito. Ainda mais depois dos olhares da Jessie, Victoria, Duda e alguns amigos do idiota do Chris.

- Não que você seja, é claro! – eu disse reforçando minhas últimas palavras de tal forma que as pessoas continuaram a rir.

Mas o cara é tão viadinho que não disse nada. Simplesmente nada. Que otário, como ele pode deixar uma pessoa questionar sua masculinidade dessa forma? Pensando bem eu não devo me preocupar com ele, não é possível que a Jessie fosse o preferir do que a mim.

- Já chega! – foi ela mesma quem se levantou fazendo com que todas as risadas cessassem.

- Algum problema, garota? – questionei com um sorrisinho cínico.

- No momento? – ela franziu a sobrancelha – Você.

- Eu? – apontei meu dedão para mim mesmo – O que tem de errado?

- É que como você disse, hoje não é um dia fácil pra ninguém aqui, então seria interessante se você pudesse dar a porra da aula em vez de ficar fazendo piadinhas com os seus alunos.

Ninguém conseguia acreditar no que ela tinha acabo de dizer.

 Apenas dei uma risada completamente sem humor.

- Que tal você ficar na sua? – sugeri apoiando minha mão no queixo.

- Eu...

- Na sua! – repeti a deixando completamente irritada.

Ela revirou os olhos e voltou a se sentar. Boa garota.

- Como ele pode ser tão idiota? – ela resmungou baixinho.

- O que você disse?

- Eu não disse nada – ela estava quase vindo dar uma na minha cara, mas eu adorava o controle que tinha sobre ela, querendo ou não ela sempre seria submissa a mim, mesmo negando, ela me ama, isso está bem claro.

- Foi o que eu pensei – sorri, cínico – Mas então pessoal, o que vocês querem fazer hoje? Eu não sei o que costumam fazer aqui, vocês preferem futebol americano ou basquete?

- Posso sugerir uma coisa? – era uma ruivinha, porra como não tinha reparado nela antes? Que gostosa.

- Qualquer coisa! – dei uma piscadinha, eu tinha certeza que os ovários daquelas adolescentes deviam estar quase explodindo, eu sentia cheiro de excitação desde que coloquei os pés aqui.

- As meninas poderiam jogar vólei e os meninos futebol, sem ser americano, pelo menos por hoje, pelo que aconteceu.

- Eu acho uma ótima ideia! – concordei – Vamos pra quadra?

Eles assentiram se levantando e começando a sair da sala. Eu estava prestes a sair quando fui interrompido.

- Justin! – aquela voz era indiscutivelmente da Jessica.

- Sim? – me virei para encara-la com meu melhor sorriso.

- O que você pensa que está fazendo?

- Dando aula ué! – disse óbvio.

- Não, você não está, você nem é professor, você é...

- Sinto muito, adoraria ouvir o seu discurso do quanto você me ama mas tem umas gatinhas ali morrendo de vontade de aprender uns movimentos novos, e você sabe como é, eu vou ter que ensinar.

Podia imaginar a cara dela quando dei as costas a deixando ali falando sozinha. Eu sabia que ia me divertir muito nesses dias. Eu não estava de plano ficar ali muito tempo, era só uma vingancinha de nada, eu sentia que não conseguiria seguir em frente se não fizesse isso, se não tivesse aquela sensação de que eu sai ganhando no fim das contas.

Foi muito legal, quase todas as garotas fingiam não saber sacar a bola para que eu pudesse ensina-las, é claro que eu me aproveitava, a maioria eram gostosas, algumas magras demais, porém nada que eu não comeria. Mas ainda assim nenhuma se comparava a Jessica, por que ao menos pra mim ela tinha sido feita na medida certa. Sem tirar nem por.

Ela não estava jogando, estava sentada na arquibancada com uma cara de quem comeu e não gostou, é claro que era ciúmes das garotas se esfregando em mim. Eu me sentia cada vez mais vitorioso.

Me aproximei dela só pra provocar.

- Não vai jogar lindinha?

Ela bufou.

- Se eu quisesse já estaria jogando.

- Que pena – dei de ombros – Achei que ia te ensinar como é que faz.

- Você é nojento! – ela revirou os olhos.

- A-hã, você sabe o quanto – dei uma piscadinha.

 Nem me dei o trabalho de ver como os meninos estavam jogando, eles que se entendessem  pra lá. Quando faltava apenas alguns minutos pra acabar a aula mandei todo mundo voltar pra sala.

- Você é o melhor professor que eu já tive! – Courtney sussurrou bem próximo ao meu ouvido enquanto todos iam saindo da quadra.

- Minha sala. Intervalo! – murmurei de volta dando um tapa na sua bunda.

Ela assentiu mordendo os lábios com uma cara de safada que me lembrava muito a Leticia. É claro que a minha cara não estava muito diferente, mal podia esperar para torar aquela loira inteirinha.

- Sério mesmo que vai se meter até mesmo nos meus estudos agora? – não tinha notado que a Jessie ainda estava no mesmo lugar de antes.

- Você estava ai? – dei uma risadinha – Nem percebi.

- Cala a boca palhaço! – ela grunhiu – Eu tô falando sério com você, espero que você não fuja como um cachorrinho de novo.

- Eu não fugi porra nenhuma! – grunhi – E não me manda calar a boca caralho!

- ME OBRIGUE! – gritou, furiosa.

- Não me peça pra fazer uma coisa dessas Jessica! – pulei os pequenos degraus que nos afastavam e segurei seu braço com tamanha força – Você não quer ter o mesmo fim que o seu professor, quer?

Ela ficou calada por alguns instantes como se tentasse organizar seus pensamentos, ela queria qualquer coisa menos acreditar que eu teria coragem de fazer isso, de matar o professor dela.

- Você não... – ela não conseguia terminar a frase, mal sentia a força extrema que eu usava em seu braço.

- Eu não seria capaz? – ri, sem humor – Já se esqueceu que eu sou um Gangster Jessica?

- FILHO DA PUTA! – ela puxou seu braço e começou a esmurrar o meu peitoral descontroladamente, ela tinha perdido a controle – EU NÃO ACREDITO PORRA, NÃO ACREDITO, VOCÊ... VOCÊ, DESGRAÇADO!

- CALA A BOCA PORRA! – segurei seus dois braços fazendo com que ela parasse de agir como uma louca e ela continuou a se remexer agora usando suas pernas.

- VOCÊ É UM OGRO, UM MONSTRO, EU ODEIO VOCÊ BIEBER!

- Tem certeza? – minhas mãos desceram ao seu cotovelo que eu inclinei de tal forma que ela teve que olhar nos meus olhos – Eu não acho que você me odeie Jessica – aproximei meus lábios dos seus – Você não faria nada contra mim, sabe por que? – agora minhas palavras saiam quase como um sussurro, ela estava completamente submissa a mim – Por que você me ama, me ama.

Ela desviou os olhos.

- Eu não, eu não...

- Não me ama? – dei risada – É isso? Eu quero ouvir você dizer.

- Por que você fez isso? – ela deixou lágrimas quentes escorrerem pela sua face angelical.

- Pra você aprender que com Justin Bieber não se brinca.

- Ele era um inocente Justin, ele não tinha culpa de nada...

- E eu tenho culpa se o velho resolveu bater as botas do dia pra noite? Eu só aceitei o emprego, sabe como é hoje em dia não tá podendo se rejeitar trabalho não.

- Desgraçado! – ela grunhiu aos prantos – Isso não vai ficar assim, você vai pagar por tudo que está fazendo.

- Hum, e como pretende fazer isso?

- Você não é professor porra nenhuma Justin, você mal entrou pra faculdade, você é um Gangster, um ninfomaníaco, um monstro sem coração, alguém que merece todo o desprezo do mundo.

Voltei a rir, agora mais alto do que antes.

- O que mais?

- Eu vou até o diretor, eu vou contar tudo pra ele e você vai apodrecer na cadeia, e os seus companheiros de cela vão te torturar até você morrer, e ainda assim não vai ser o suficiente pra pagar todo o mal que você fez.

- Esse é o seu grande plano? – ri sarcástico – Meus parabéns, você é mesmo um gênio! Então vai lá Jessica, vai lá no diretor e diz pra ele que eu matei o professor queridinho, diz pra ele que eu sou um Gangster e que eu trabalhava pro Trevor, fala pra ele que eu te ensinei a atirar e que você me viu matar um cara na sua frente, conta tudo, vamos, vai na delegacia e manda os tiras virem me prender, acaba com a minha vida como você fez quando contou pro meu pai pra que eu queria aquela grana! VAI PORRA!

Ela não disse nada, ela estava em pânico.

- O que você está esperando? – me aproximei novamente – Não tem coragem não é? Eu sei. Você não vai fazer nada disso, por que você me ama, por que você me quer, me deseja, por que por mais que você se odeie mortalmente tudo em que você consegue pensar é em mim, e em como eu sou a única pessoa capaz de te dar prazer, de te fazer sentir uma mulher de verdade.

Limpei a lágrima que escorria levemente em sua face e sorri de um jeito bem diabólico, era como se o sofrimento dela fosse a única coisa capaz de preencher a raiva que eu sentia dentro de mim.

- Você é minha Jessica, minha.

- Não... – ela virou a cabeça tentando inutilmente recobrar a sanidade.

- Sim – repeti segurando seu rosto com as mãos – Você é só minha, só minha e de mais ninguém – forcei ela de me encarar – Então você só tem uma opção, ou você fica comigo, ou não fica com ninguém.

- Você não tem esse direito. – ela disse ríspida, as lágrimas escorrendo de forma cruel.

- Shhh – agora meu dedão passava levemente sobre seus lábios os calando, retomando o poder, mostrando quem manda nessa porra – Minha, minha, minha.

- Justin...

- Você me quer Jessica – levei uma mão até a sua cintura e já pude vê-la estremecer por completo, a outra mão acariciava seu rosto com leveza.

- Não...

- Sim – corrigi hipnotizando-a com o olhar, prendendo-a de tal forma que ela nem mesmo conseguia se dar conta do que acontecia – Você me deseja, você me quer como nunca quis alguém antes... – aproximei nossos lábios e soprei de leve roçando nossos narizes, ela se arrepiou fechando os olhos – Eu sou o único homem da sua vida.

Estava prestes a juntar nossos lábios, era tudo o que eu mais queria em toda a minha vida, nem mesmo eu conseguia mais manter o controle, por que ali havia uma chama, algo muito maior do qualquer ódio, qualquer rancor.

Mas antes que eu pudesse fazer tal ato senti minha bochecha formigar.

Eu tinha acabado de levar um tapa estalado, me acertou em cheio.

- Eu nunca vou te perdoar Justin.

- Que porra você pensa que está fazendo garota? – segurei seu braço com muito mais força do que antes, eu estava prestes a perder a cabeça.

- Você mereceu idiota, me solta!

- Vai se arrepender de ter feito isso.

- EU MANDEI VOCÊ ME SOLTAR! – ela começou a se contorcer como alguns minutos atrás.

- NÃO OUVIU O QUE ELA DISSE PORRA? – precisei olhar duas vezes para ter certeza de que o viado do Christian estava mesmo se intrometendo naquilo.

- Fica na sua por que eu não tô falando com você. – disse ríspido lhe lançando um olhar mortal.

- Você não manda em mim! – beleza, daí o cara já tá pedindo pra apanhar.

- O que você disse?

- Eu disse – ele se aproximou – que você não manda em mim.

- Desgramado! – soltei a Jessie e fui pra cima dele.

- PARA COM ISSO! – ela gritou nos separando depois que eu dei um soco em cheio na cara dele – PAREM AGORA, VOCÊS DOIS!

- Não Jessie, eu vou acabar com ele! – o garoto estava furioso.

- Achei que a bichinha não falava! – murmurei sarcástico ainda sentindo a minha mão formigar por causa do soco.

- Bichinha é a sua mãe! – ele grunhiu tentando vir pra cima de mim.

Quando coloca minha mãe no meio a coisa já muda de jeito.

-  Já perdeu o nariz, quer perder os dentes também?

- Já chega! – Jessie ainda estava no meio de nós dois – Chris vamos sair daqui, esquece isso!

- Mas...

- Mas nada Chris, vem comigo! – ela puxou ele pelo braço – Vem comigo bebê, nós precisamos ir pra enfermaria.

Bebê? Ah qual é.

- Você não vai a lugar nenhum! – disse ríspido.

Ela continuou andando.

- VOCÊ É SURDA PORRA?

Ela se virou de repente.

- Eu acho melhor você ficar caladinho! Se eu souber que você fez alguma coisa com qualquer pessoa que eu amo, que eu me importo e que faz parte da minha vida eu vou te procurar até no quinto dos infernos e eu juro por Deus que eu não vou sozinha.

Gargalhei alto.

- Eu não tenho medo de você Jessica!

- Pois deveria Bieber, pois deveria.

+120 Comentários

ihul, tá pegando fogo essa fic muahaha o que acham que vai acontecer? O que estão achando? muahaha comentem, e venham debater sobre a fanfic na ask comigo pq eu amo e as vezes acabo deixando um spoiler passar kkkkkk em fim (aqui) and i love you so much <33